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Observando a gestão empresarial estratégica sob um ponto de vista político

O Administrador Anderson Rocha Valverde, graduou-se em janeiro de 1995. Na UFMG, realizou uma especialização em Gestão Estratégica de Fundações e, na Faculdade Machado Sobrinho, uma especialização em Finanças.
Após uma breve passagem pela Secretaria Municipal da Fazenda da Prefeitura de Juiz de Fora, iniciou sua trajetória na UFJF em 1996, no antigo Departamento de Contabilidade e Finanças (DCE). Em seguida, ao longo da carreira, passou por diversos setores da UFJF, dentre eles pode-se destacar: a) Departamento de Planejamento, Orçamento e Controle (DPOC); b) Coordenação de Suprimentos (COSUP); c) FADEPE; Faculdade de Administração (FACC); e d) PROINFRA.
Atualmente, além de fazer parte do quadro de servidores da UFJF, também leciona em diversas Instituições de Ensino Superior privadas da cidade e região.

Em agosto de 2002, iniciou seu mestrado em Administração na PUC-MINAS, defendendo sua dissertação em Dezembro de 2004. O tema “A Gestão Estratégica sob uma Perspectiva Política: um estudo de caso comparativo entre empresas integrantes do Programa PAEX da Fundação Dom Cabral”, escolhido por ele, se deu devido a sua experiência de muitos anos atuando no setor público, observando interesses divergentes, conflitos e demais dinâmicas organizacionais.
O objetivo de seu estudo foi descrever e analisar o processo de implantação da metodologia PAEX de gestão estratégica da FDC em empresas privadas que integram esse programa. Especificamente, foi analisado o processo decisório, não decisões e eventos (conflitos, controle da agenda política, discussões, interesses ocultos, etc), numa perspectiva política, para verificar como realmente ocorreu o processo estratégico nas empresas integrantes do programa PAEX.
Foi realizado um estudo de caso comparativo em três situações distintas: um atacadista distribuidor, uma empresa de consultoria em engenharia e uma empreiteira. Os resultados do trabalho sugerem que enxergar as organizações como sistemas políticos é importante para entender o processo estratégico nas três empresas estudadas. Observa-se que a divergência de interesses entre indivíduos e grupos é natural e gera conflitos que podem ser amenizados por meio do uso do poder. Nesse contexto, tornou-se fundamental identificar os elementos básicos do jogo chamado poder organizacional, quais sejam: quem são seus principais influenciadores e quais os sistemas de influência que eles usam para desenvolver suas bases de poder. Isso significa dizer que as relações de poder cercam as organizações, permeiam todos os seus processos, definem suas estruturas e influenciam ativamente a formação da estratégia. Os resultados indicam também que o fracasso na implementação da metodologia PAEX de gestão estratégica pode estar associado à falta de comprometimento do dirigente principal e ao uso exagerado do poder aberto. Já o sucesso, talvez esteja fortemente relacionado à alteração dos arranjos internos de poder e ao incrementalismo, isto é, a um planejamento formal flexível e ao uso intensivo do poder discreto.

Aos interessados em obter informações mais detalhadas a respeito do tema, seu livro publicado em 2016 encontra-se disponível no link abaixo: https://www.amazon.com.br/dp/6130172664/ref=cm_sw_r_awdo_navT_g_6AE49J9Z63JWWESDNVF1

Confira a dissertação na íntegra:

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.doselect_action=&co_obra=148396