Fechar menu lateral

Dissertações – Ano: 2019

 

José Amilton De Almeida

Título: “A unidade estrutural entre questão agrária e “questão social” no capitalismo brasileiro”

Orientadora: Profª. Drª. Cristina Simões Bezerra

Professores Examinadores: Profª. Drª. Raquel Santos Sant’Ana e Profª. Drª. Mônica Aparecida Grossi Rodrigues.

Data da defesa: 19/02/2019

Resumo: Considerando a questão agrária e a “questão social” como partes indissociáveis de um mesmo processo totalizante, a acumulação capitalista, o presente estudo pretende ater-se à unidade estrutural que o mesmo supõe haver entre elas na formação e desenvolvimento do modo de
produção capitalista, em especial, no capitalismo brasileiro. Com base em pesquisa e análise bibliográfica de caráter qualitativo, e no esforço de realização de um movimento analítico materialista, histórico e dialético, partimos desde a acumulação primitiva para compreender as conexões da questão agrária com a “questão social”, assim como para desvelar as suas imbricações face à revolução industrial e às sociedades urbanas que, potencializando todas as contradições da ordem social do capital, passam a se reproduzir em escala ampliada a partir de então. Para o capitalismo, o apoderamento privado dos bens da natureza é um pressuposto. Por isso, o apoderamento capitalista da terra se apresenta como base da hipótese aqui exposta ao abordar a questão agrária como um fundamento da “questão social”, de modo a determinála e, pelas mesmas razões, por ela ser determinada. Isto particularmente na realidade brasileira, que é para onde se dirigem os estudos dessa Dissertação. Para isso, partimos desde a análise do Brasil Colonial e escravista ao Brasil capitalista do neoliberalismo e do agronegócio.

Palavras-chave: questão agrária, “questão social”, luta de classes, acumulação capitalista, Brasil.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 831 KB)

 

Anderson Martins Silva

Título: “Considerações iniciais para uma crítica do estado de bem-estar social na era PT”

Orientadora: Profª. Drª. Ednéia Alves de Oliveira.

Professores Examinadores: Prof. Dr. Alexandre Aranha Arbia e Prof. Dr. Ronaldo Vielmi Fortes.

Data da defesa: 01/03/2019

Resumo: A dissertação que apresentamos tem como tema a relação estabelecida entre a acumulação capitalista, a força de trabalho e o Estado no Brasil ao longo dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) em tempos de aprofundamento da crise estrutural do capital (MÉSZÁROS, 2002; 2011). Nesta, levamos adiante uma primeira aproximação do debate em torno da relação estabelecida entre a acumulação capitalista, a força de trabalho e o Estado a partir de meados do século XIX e, em particular, ao longo dos governos do Partido dos Trabalhadores no Brasil nesse início de século XXI.
Nossa dissertação é composta por três capítulos. No primeiro capítulo apresentamos uma leitura inicial das categorias marxianas mercadoria, capital, força de trabalho, acumulação capitalista, salários, superpopulação relativa, exército industrial de reserva, concentração e centralização de capitais, queda tendencial da taxa de lucros e suas tendências contra-arrestantes. No segundo capítulo, procuramos delinear em largos traços as características dos padrões de acumulação capitalista liberal, fordista/keynesiano e flexível. No terceiro capítulo, no item 3.1 nos aproximamos do debate acerca da relação estabelecida entre a acumulação capitalista, a força de trabalho e o Estado brasileiro a partir da década de 1930; no item 3.2 apresentamos de maneira sintética as posições de Mercadante (2010), Pochmann (2014) e Singer (2012; 2015) em favor da conformação ao longo dos governos do PT de um novo desenvolvimentismo acompanhado das bases do Estado de Bem-Estar Social brasileiro e; por fim, no item 3.3 a partir das análises de Behring e Boschetti (2009), Filgueiras e Gonçalves (2007), Filgueiras et al (2010), Gonçalves (2011; 2012; 2013), Behring (2004; 2010; 2012), Salvador (2012), Salvador e Teixeira (2014), Oliveira (2017), Arcary (2014), Costa (2013) e Netto (2017) procuramos colocar em evidência elementos que podem contribuir para uma leitura crítica da perspectiva do Estado de Bem-Estar Social no Brasil da era PT.
Por fim, ao longo de nosso estudo observamos que a saúde, a educação e a previdência continuaram divididas entre o setor público, de qualidade inferior e o privado com serviços de melhor qualidade, criando uma dualidade entre quem pode pagar e os que dependem dos serviços públicos. Moradia, transporte, educação, segurança, dentre outros são políticas de mercado, bem distante da universalidade defendida pelos governos PT. O mesmo podemos dizer em relação às políticas de emprego e renda. Estas são focalizadas, parciais, descontínuas e baseadas em programas de transferência de renda,
com valores que não permitem o acesso aos bens de consumo de outros segmentos da população. Por outro lado, são programas conjunturais e que são retirados em função de interesses do capital quando necessário. Assim, concluímos que existem indícios na literatura disponível que corroboram com a hipótese de que não houve a ocorrência de um novodesenvolvimentismo acompanhado da consolidação das bases do Estado de Bem-Estar Social na era PT.

Palavras-chave: Acumulação capitalista; Estado de Bem-Estar Social; Governos PT.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,37 Mb)

 

Gabriele Ponciano da Silva

Título: “O sistema democrático brasileiro: desdobramentos e tendências no pós anos 1980”

Orientadora: Profª. Drª. Maria Lúcia Duriguetto

Professores Examinadores: Prof. Dr. Rodrigo de Souza Filho e Profª. Drª. Marilda Villela Iamamoto.

Data da defesa: 17/07/2019

Resumo: A pesquisa realizada nesse trabalho concentrou-se na investigação do processo histórico do desenvolvimento do sistema democrático brasileiro a fim de apreender os seus desdobramentos e tendências na contemporaneidade. O processo de investigação valeu-se de um resgate histórico e teórico sobre a questão do Estado burguês e as suas formas de dominação a partir das elaborações presentes no pensamento marxiano e na “tradição marxista”. Assim, pudemos apreender o Estado moderno considerando a sua natureza de classe, mas também as incidências dos acirramentos dos antagonismos em seu bojo expresso pelas variados regimes políticos que surgiram/surgem no processo de desenvolvimento do Modo de Produção Capitalista. O acesso às elaborações de Marx (por vezes em conjunto com Engels), Lênin e Gramsci, bem como Poulantzas e Mandel, mas também de outros analistas vinculados a “tradição marxista”, nos permitiu aproximarmos aos elementos determinantes sobre a questão do Estado burguês e suas formas de dominação. Esse resgate histórico e teórico, foi fundamentalmente importante para avançarmos em nossa investigação. Ao aproximarmos da experiência brasileira, considerando nossa formação sócio histórica, pudemos identificar os aspectos que garantem a particularidade da constituição do Estado brasileiro e as nuances que residem no desenvolvimento das formas de dominação que operaram e operam no país. Verificamos que a base de sustentação do Estado brasileiro é marcada pelos elementos autocráticos, autoritários. Aqui, a convivência entre o arcaico e o novo atravessam todas as formas de dominação que emergiram no bojo da República, configurando uma democracia restrita típica (Fernandes, 2006) que chegou a se transformar/metamorfosear em democracia de cooptação (Iasi, 2012), mas que em tempos de aprofundamento de crise do capital sob égide neoliberal contrarreformista alcança seu nível máximo de restritividade evidenciando uma democracia blindada, a qual implica a imunização do Estado em face a presença controles populares (Demier, 2017).

Palavras-chave: Estado; Modo de Produção Capitalista; Regimes Políticos; Democracia

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,43 MB)

 

Jéssica Adriele Tomaz Pereira

Título: “Uma análise dos relatórios do Banco Mundial e a mercantilização da educação nos países periféricos em particular no Brasil”

Orientadora: Profª. Drª. Ednéia Alves de Oliveira.

Professores Examinadores: Profª. Drª. Larissa Dahmer Pereira e Profª. Drª. Alexandra Aparecida Leite Toffanetto Seabra Eiras.

Data da defesa: 30/08/2019

Resumo: Esta pesquisa objetiva analisar as diretrizes do Banco Mundial para a política educacional dos países periféricos, em particular a brasileira, enfatizando o processo de mercantilização da educação. Esse aprofundamento se deu a partir da compreensão do processo de mundialização do capital, da rearticulação do mundo trabalho, com a retomada da perspectiva do capital humano, a pedagogia das competências, as parcerias público-privadas nas várias esferas do ensino, do médio ao superior, são pontos que se entrecruzam e sustentam. A partir desse movimento se dá o processo de mundialização da educação devido à compreensão do ensino como uma mercadoria de interesse dos bancos e grandes empresas de investimento, tanto educacionais quanto financeiras, em que o BM está diretamente relacionado. Para adensamento do tema, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental destacando sobre todos os relatórios do Banco Mundial, com ênfase nos anos de 1986, 1996, 2003, 2008 e o mais recente analisado, de 2017, que vem apontar algumas diretrizes para a educação nos países periféricos, em que o banco vem assumindo cada vez mais o seu caráter político, mediante formulação de sugestões e diretrizes acerca de diversas políticas sociais, ou seja, para além dos empréstimos, aponta os direcionamentos dos recursos a serem investidos. Esta dissertação é composta por três capítulos que se sustentam entre si. O primeiro aborda sobre o processo de mundialização do capital a partir da compreensão de sua fase atual do capitalismo monopolista imperialista. Nessa direção, se dá o movimento de financeirização e o surgimento do Banco Mundial. É destacado o processo de rearticulação das forças produtivas com referência no padrão de produção Fordista ao Toyotista, ao qual demonstra o período da acumulação flexível e mudanças no mundo do trabalho. Diante disso, é posto as principais referências políticas e econômicas que influenciam o mundo como um todo, como o consenso de Washington que trouxe consigo a implantação da política neoliberal. O segundo capítulo é sobre a adequação da política educacional brasileira aos interesses do capital, para tal compreensão foram feitos alguns apontamentos acerca da história e desenvolvimento da educação brasileira. Evidenciando o quanto as mudanças no mundo do trabalho influem na educação. A retomada do conceito de capital humano vem nesta direção, ao dar suporte às reformas que o Estado deveria implantar ao seguir o receituário do Banco Mundial e demais agências multilaterais. Portanto, a educação é posta como capacitação/qualificação para o mercado de trabalho atendendo a tais exigências, o qual acaba 10 por se transformar em uma mercadoria que está em constante valorização, trazendo à tona o processo de mundialização da educação. Porém, este não é um terreno neutro e implica que, para a efetivação destas rearticulações aos interesses do capital, há muita disputa interna devido a perspectivas que vão de encontro aos interesses da burguesia, consolidando-se cada vez mais, contra os interesses da classe trabalhadora. O terceiro e último buscará evidenciar as influências do Banco Mundial na política educacional a partir de seus relatórios. Iniciando pelo processo de mudança de direcionamento do banco para as políticas educacionais desde meados da década de 60 até a atualidade. A partir dos relatórios, pudemos comparar e perceber como as mudanças foram sendo implantadas na política educacional, bem como as últimas contrarreformas educacionais a nível médio e superior de ensino visando a mercantilização e privatização destes níveis de ensino. De acordo com os nossos estudos, podemos identificar uma tendência na adequação da política educacional proposta pelo Banco Mundial, em que se destaca a mercantilização e privatização do ensino médio e principalmente o superior, atendendo aos interesses do capital internacional e financeiro por meio de um discurso alicerçado de que o modelo vigente não atende às demandas de produção e de que é preciso reformar para melhorar com o fim último de garantir maiores possibilidades de acúmulo e controle ideológico do capital.

Palavras-chave: Banco Mundial; Política Educacional; Países Periféricos; Mercantilização; Brasil.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,88 MB)

 

Marcela Mendes Sales

Título: “SAÚDE, SOFRIMENTO MENTAL E TRABALHO: Um estudo sobre as determinações do sofrimento mental dos trabalhadores”

Orientador: Prof. Dr. Marco Jose de Oliveira Duarte.

Professores Examinadores: Prof. Dr. Nilson Berenchtein Netto e Profª. Drª. Sabrina Pereira Paiva.

Data da defesa: 02/09/2019

Resumo: O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre o modo de produção capitalista e as causas de sofrimento mental nesta sociedade. Para isto, foi desenvolvido um estudo sobre a história da relação de trabalho no interior da sociedade capitalista, priorizando as formas de organização do trabalho desde o início do século XX e as lutas desencadeadas pelos trabalhadores em cada um destes momentos. O estudo realiza o esforço em abordar o tema a partir do método da crítica da economia política como apontado por Marx e Engels. Para aprofundamento do objeto, escolhemos a metodologia de pesquisa qualitativa baseando-se em um estudo teórico-bibliográfico, recorrendo a autores que investigaram a relação saúde e adoecimento a partir de uma análise crítica da sociedade capitalista. Portanto, na análise de revisão sistemática dos autores, no processo de pesquisa para a dissertação de mestrado, estudou-se: As análises de Louis Le Guillant que, após a Segunda Guerra Mundial, desenvolveu, na contramão da psiquiatria de sua época, a Psicopatologia do Trabalho, valorizando a história dos pacientes e, principalmente, sua relação com o trabalho; A partir da Psicodinâmica do Trabalho de Christophe Dejours, sua análise sobre a organização do trabalho e como os trabalhadores criam mecanismos de defesa para suportar o cotidiano do trabalho, e, em particular, nos estudos sobre sofrimento mental relacionado ao trabalho; As contribuições de Asa Laurell e os determinantes sociais da doença; O estudo do Modelo Operário Italiano (MOI), que se tornou uma referência para pensar e abordar as questões do adoecimento no ambiente de trabalho; E, por fim, a Clínica da Atividade de Yves Clot, que em sua abordagem insere as contribuições do Modelo Operário Italiano, a Psicopatologia do Trabalho de Le Guillant e teóricos da psicologia soviética como Vigotski. Como resultado do estudo, ressalta-se a importância desse tema, tanto pela necessidade ainda de aprofundar as pesquisas no campo da saúde e sofrimento mental relacionado ao trabalho tendo em vista a superação da sociedade capitalista, como pela contribuição do mesmo não apenas para área do serviço social mas para os saberes científicos que comprometidos ético-politicamente tomam o trabalho, a saúde e o sofrimento mental dos trabalhadores em tempos sombrios de não garantias de direitos, inclusive de trabalho e saúde, visto que esses estão estreitamente ligados às condições de vida da classe trabalhadora.

Palavras-chave: Trabalho; Saúde; Sofrimento Mental; Economia Política; Trabalhador.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,40 MB)

 

Paulo Vitor Moreira da Silva

Título: “População em situação de rua: um estudo sobre os supérfluos no capitalismo contemporâneo”

Orientadora: Profª. Drª. Elizete Maria Menegat

Professores Examinadores: Prof. Dr. Andre Villar Gomez e Profª. Drª. Viviane Souza Pereira.

Data da defesa: 02/09/2019

Resumo: A sociabilidade capitalista vivência um momento de crise estrutural que tem seu cerne na própria dinâmica do sistema produtor de mercadorias. O desenvolvimento desse sistema possibilitou, nas últimas décadas, um revolucionamento das forças produtivas com impactos na esfera do trabalho e, principalmente, nas possibilidades de reprodução e na condição de vida das pessoas que vivem do trabalho. Na atualidade a Revolução 4.0 confirma uma das múltiplas contradições do modo de produção vigente, identificadas por Marx já no século XIX, onde o investimento é cada vez maior em capital constante em detrimento do capital variável. Os processos produtivos estão cada vez mais automatizados, demandando cada vez menos força de trabalho. Este processo significa uma contradição e um entrave à valorização do capital pois expulsa o humano dos processos produtivos e não demonstra sinais de que irá reaproveita-lo em outro momento. Os altos índices de desemprego, associados à informalidade e à superexploração da força de trabalho das pessoas que conseguem se inserir produtivamente são elementos que compõem o quadro da crise. Em grande parte do mundo ocidental o desemprego coexiste com o subemprego, com a fragilidade dos vínculos empregatícios e com rendimentos que inviabilizam a satisfação das necessidades humanas. A disputa pelo fundo público tem sido favorável ao capital. Na realidade brasileira isso se expressa no subfinanciamento e na ineficiência das políticas sociais instituídas. Para além dos desempregados e dos subempregados, identificamos hoje um contingente cada vez mais expressivo de pessoas em situação de rua que impossibilitado de acessar a esfera produtiva, em função da dinâmica sistêmica, é considerado supérfluo do ponto de vista do capital, logo passível de exterminio ou deixado para morrer. A população em situação de rua, expressão humana das múltiplas desigualdades da sociabilidade presente, evidencia dentre outros múltiplos fenômenos, o fracasso da modernidade e a necessidade de superação da sociabilidade do valor.

Palavras-chave: Crise do Capitalismo; Trabalho; Desigualdades; Supérfluos; População em Situação de Rua.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 763 KB) 

 

Raphael Dutra Bazarello

Título: “O retorno necessário a Marx: Postone e a crítica do trabalho”

Orientadora: Profª. Drª. Ednéia Alves de Oliveira.

Professores Examinadores: Profª. Drª. Mariana Costa Carvalho e Prof. Dr. Fernando Gaudereto Lamas.

Data da defesa: 02/09/2019

Resumo: Este trabalho busca apresentar as concepções de duas linhas referentes à centralidade do trabalho: aqueles que se propõem a defende-la e os que acreditam no seu fim. Apresentadas essas concepções a partir de alguns autores, apresenta-se com mais profundidade uma terceira posição, de crítica da centralidade do trabalho, a partir de Postone. Finalmente busca-se, em Marx, respaldar esse debate, entendendo, por meio de uma análise imanente a concepção do próprio autor sobre a categoria trabalho.

Palavras-chave: Marx; Trabalho; Crítica da centralidade do trabalho; Postone.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,03 MB) 

 

Júlia Ferrari Raposo de Moraes

Título: “Juventude, trabalho e minério-dependência: um estudo sobre Mariana-MG”

Orientador: Prof. Dr. Ronaldo Vielmi Fortes.

Professores Examinadores: Prof. Dr. Alexandre Aranha Arbia e Profª. Drª. Ednéia Alves de Oliveira.

Data da defesa: 02/09/2019

Resumo: A presente pesquisa é uma tentativa de conhecer um pouco sobre a realidade da cidade de Mariana/MG no contexto atual. Nosso objetivo é compreender a feição do trabalho na cidade diante do cenário de crise do capital, bem como entender a particularidade de sua crise local após a redução da produção em uma de suas principais atividades econômicas: a mineração. Em 2015, após o rompimento de uma barragem de rejeitos de minério de ferro, Mariana, que se caracteriza por uma dependência em relação à atividade minerária, se vê diante de uma crise local. Assim, diante de um contexto em que envolve os contornos mais gerais de uma crise global, associado à uma crise particular à Mariana, nos colocamos na busca por entender um pouco sobre os impactos sobre o emprego na cidade. Considerando que a classe trabalhadora é caracterizada por uma heterogeneidade, tentamos identificar de que forma esse contexto repercute sobre a condição de trabalho dos jovens, os quais tem sido um dos grupos mais afetados em períodos de crise do capital e intensificação dos processos de precarização do trabalho.

Palavra-chave: Serviço Social.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,28 MB)

 

Tamara Duarte Ramos

Título: “Reflexões acerca da dimensão socioeducativa do trabalho profissional do assistente social: Uma análise crítica a partir do cotidiano profissional nos Centros de Referência de Assistência Social de Juiz de Fora/MG”

Orientadora: Profª. Drª. Carina Berta Moljo

Professores Examinadores: Profª. Drª. Luciana Gonçalves Pereira de Paula e Profª. Drª. Maria Carmelita Yazbek.

Data da defesa: 03/09/2019

Resumo: Esta dissertação tem como objetivo compreender a dimensão socioeducativa do trabalho profissional do assistente social e como ela se processa no cotidiano profissional. Partimos da hipótese de que esta dimensão é constitutiva da profissão e se articula às demais dimensões do trabalho profissional, tendo potencialidade para influenciar nas maneiras de pensar e agir dos sujeitos. Para alcançar tal objetivo e constatar nossa hipótese realizamos uma pesquisa bibliográfica, fundamentada em autores que contribuem para refletir sobre a temática ora em estudo por um viés crítico, assim como foram analisados os dados de uma pesquisa empírica realizada nos Centros de Referência de Assistência Social de Juiz de Fora/MG, a qual foi composta por duas etapas que se complementam – a etapa das observações participantes e a etapa das entrevistas em profundidade. Ademais, ao longo desta dissertação buscamos compreender os elementos que configuram o cenário atual da sociabilidade capitalista, uma vez que trazem impactos para as políticas sociais, para os espaços sócio-ocupacionais e para o trabalho profissional dos assistentes sociais. No estudo da dimensão socioeducativa, também consideramos ser necessário apreender a trajetória histórica da profissão, as dimensões do trabalho profissional, os elementos que perpassam o cotidiano profissional, as ações socioeducativas desenvolvidas pelos assistentes sociais, bem como os limites e possibilidades existentes.

Palavras-chave: Serviço Social; Dimensão socioeducativa; Trabalho profissional.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,70 MB)

 

Jaqueline Miranda dos Reis Santos

Título: “Política de Assistência Social na atualidade: exploração desumana do trabalho, ampliação das organizações da sociedade civil e implicações para o SUAS”

Orientadora: Profª. Drª. Alexandra Aparecida Leite Toffanetto Seabra Eiras.

Professores Examinadores: Profª. Drª.Isabel Cristina da Costa Cardoso e Profª. Drª. Isaura Gomes de Carvalho Aquino.

Data da defesa: 05/09/2019

Resumo: A dissertação que apresentamos, intitulada “Política de Assistência Social na atualidade: exploração desumana do trabalho, ampliação das organizações da sociedade civil e explicações para o SUAS”, se trata de uma pesquisa exploratória e tem por objetivo tecer considerações acerca da Política de Assistência Social na cena contemporânea, considerando sua constituição sobre as determinações da íntrinseca relação entre Capital e Trabalho, por isso, necessitando do Estado enquanto esfera legitimadora dessa relação contraditória e orgânica. Avaliamos que põe-se a necessidade de análise do comportamento do Estado brasileiro em sua forma neoliberal, bem como as questões postas à classe trabalhadora frente as demandas do processo de acumulação, em um panorâma que se apresenta graves implicações para o SUAS – que vem se construindo desde o início dos anos 2000, pelos espaços participativos propiciados pela Constituição Democrática de 1988 e que agora está sofrendo ataques frontais em uma conjuntura antidemocrática em que os gastos sociais estão congelados e há um chamamento dos governos (federal, estadual e municipal) para que o uso das OSC’s seja ampliado e engendrado ainda mais visceralmente à política de Assistência Social, que é onde o SUAS se localiza.

Palavras-chave: Trabalho; Estado Neoliberal; Política de Assistência Social; SUAS; OCS’s.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,16 MB)

 

Lailah Garbero de Aragao

Título: “O estranhamento corporal na sociabilidade do capital: obstáculos e caminhos para a sensibilização do corpo.”

Orientadora: Prof. Dr. Ronaldo Vielmi Fortes.

Professores Examinadores: Prof. Dr. Marco Jose de Oliveira Duarte. e Prof. Dr. Juarez Torres Duayer.

Data da defesa: 05/09/2019

Resumo: O presente trabalho consiste em uma análise que aproxima a categoria do “estranhamento” trazida nos Manunscritos Econômicos e Filosóficos de Marx, desenvolvida posteriormente na obra Para uma Ontologia do Ser Social II pelo autor György Lukács, aproximando-a e demonstrando suas reverberações sobre o aspecto corporal dos sujeitos sociais. Além disso, buscou-se demonstrar qua a incidência dessa categoria condicionou historicamente aspectos que se relacionanam a fragmentação dos sentidos humanos, a perda de consciência sobre aspectos subjetivos e o não desenvolvimento de dimensões sensíveis que se relacionam a personalidade e ao desenvolvimento do gênero humano para si. Nesse sentido, além do caráter crítico direcionado a divisão social do trabalho e a sociabilidade do modo de produção capitalista como geradores e mantenedores desse metabolismo, foi realizado um estudo acerca de práticas corporais que promovem caminhos possíveis para desvelar parte dos estranhamentos que compõem os sujeitos em sua dimensão corporal, além de um estudo de campo a partir de aulas de dança étnica contemporânea (tribal fusion) como instrumentalidade artística e proprioceptiva de uma possível caminho interventivo diante da conjuntura problemática exposta.

Palavras-chave: Estranhamento; Alienação; Marx; Lukács; Corpo.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,23 MB) 

 

Claudia Maria Máximo

Título: “SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO BÁSICA: a construção de uma rede de cuidados no Município de Juiz de Fora”

Orientadora: Profª. Drª. Marina Monteiro de Castro e Castro.

Professores Examinadores: Profª. Drª. Sabrina Pereira Paiva e Profª. Drª. Rachel Gouveia Passos.

Data da defesa: 06/09/2019

Resumo: O município de Juiz de Fora inseriu-se, no processo de reforma da assistência à Saúde Mental de forma tardia, pois a cidade não acompanhou o desenvolvimento do movimento da Reforma Psiquiátrica Brasileira, que insurgiu no país na década de1970. Somente, a partir de 2010, o município começa a desenvolver um processo de mudança no campo da Saúde Mental, a partir da IV Conferência Municipal de Saúde Mental. Apesar de tardio, o município desenvolveu um processo acelerado de mudanças na assistência em Saúde Mental, que garantiu o fechamento de todos os hospitais psiquiátricos públicos em menos de cinco anos. Na intenção de compreender este processo, com seus limites e possibilidades, este trabalho pretende analisar a relação da Saúde Mental com a Atenção Básica no município de Juiz de Fora, que a partir do ano de 2010 ganhou um novo contorno. Para efeito desta reflexão foi realizada uma revisão bibliográfica resgatando o processo histórico em que se pensou a intervenção das ações de Saúde Mental na atenção básica no município e uma pesquisa documental, que buscou compreender o que está posto no município no âmbito da articulação da Saúde Mental com a atenção básica. Para complementar as informações e ensejando cotejar com os documentos pesquisados, foi realizada uma pesquisa de campo com oito profissionais inseridos em seis Unidades Básicas de Saúde do município, sendo quatro gerentes e quatro assistentes sociais. Para a pesquisa de campo, foi utilizado o método de pesquisa qualitativa e o instrumento para a coleta de dados foi a entrevista com roteiro semiestruturado. O estudo mostrou, que a articulação da Saúde Mental com a ABS é uma realidade que se encontra permeada por muitos desafios e que o município opera uma rede de atenção psicossocial frágil e muito fragmentada. Depreende-se com isto, que é urgente a necessidade de fortalecimento da rede de assistência à Saúde Mental em Juiz de Fora, como forma de garantir aos usuários desta política a universalidade do direito à saúde e a integralidade das ações de assistência dentro do proposto pela reforma psiquiátrica. Com este estudo buscou-se fortalecer o debate acerca da importância das ações da Saúde Mental na atenção básica e, a reflexão e busca constante de aprimoramento dos profissionais, gestores e todos aqueles envolvidos com a temática da saúde mental. Diante do resultado deste trabalho, conclui-se que a inserção da Saúde Mental na atenção básica, é uma estratégia fundamental para a construção do cuidado em saúde dos usuários em sofrimento psíquico. Assim é importante fortalecer a rede de atenção psicossocial e investir amplamente na Atenção Básica.

Palavras-chave: Neoliberalismo; Saúde Mental; Atenção Básica.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,40 MB) 

 

Nelson Machado Pinho Junior

Título: “Neodesenvolvimentismo ou Modelo Liberal Periférico: interpretação dos governos brasileiros à luz do orçamento federal e de indicadores sociais e econômicos de 2003 a 2016”

Orientador: Prof. Dr. Rodrigo de Souza Filho

Professores Examinadores: Prof. Dr. Eduardo Antônio Salomao Condé e Prof. Dr. Cláudio Roberto Marques Gurgel.

Data da defesa: 06/09/2019

Resumo: Economistas brasileiros e demais intelectuais do Brasil contemporâneo enfrentam um dilema: a classificação do modelo de desenvolvimento adotado nos governos do Partido do Trabalhadores nas duas primeiras décadas do século XXI. De um lado, defensores da adoção de novo padrão de acumulação, herdeiro do nacional-desenvolvimentismo: neodesenvolvimentismo. Contudo, no interior desse núcleo coexistem duas vertentes teóricas: novo desenvolvimentismo e social desenvolvimentismo. Do outro lado, intelectuais afirmam a implementação de uma política econômica pautada nos princípios centrais do Consenso de Washington: o modelo liberal periférico. Reconhecemos o novo desenvolvimentismo enquanto uma versão do neoliberalismo, portanto filiado ao modelo liberal periférico. No que se refere ao objetivo central deste trabalho, a classificação dos governos do PT – e das dimensões estrutura social e regime de política macroeconômica – em relação ao padrão de desenvolvimento predominante durante frações do referido governo e do período como um todo, o mesmo é realizado a partir da análise de dados orçamentários e de indicadores econômicos e sociais. Em sua parte final, avançamos para classificação do período recente enquanto continuação da política econômica iniciada em 2015.

Palavras-chave: Modelos de desenvolvimento; Governos do Partido do Trabalhadores; Social desenvolvimentismo; Modelo liberal periférico.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,64 MB) 

 

DAIANE GOMES MARCONATO

Título: “Panorama Socioeconômico de Países da América Latina no Período 2003-2014”

Orientador: Prof. Dr. Rodrigo de Souza Filho

Professores Examinadores: Profª. Drª. Laura Tavares Ribeiro Soares e Prof. Dr. Cezar Henrique Miranda Coelho Maranhão.

Data da defesa: 19/09/2019

Resumo: Este trabalho almeja analisar dados do orçamento público e indicadores sociais e econômicos de países latino-americanos, entre eles: Argentina, Brasil, Chile e México, a fim de entender o debate contemporâneo, sobre as análises de enquadramento do Brasil e outros países da América Latina, ao longo dos governos estruturados nos anos de 2003 a 2014. Delineia este debate, o ideário de que alguns países latino-americanos romperam com o modelo neoliberal adotado na região nas décadas de 1980 e 1990 e incorporaram um novo modelo sociaeconômico, que ficou conhecido como novo-desenvolvimentismo. Assim, cabe a este trabalho, contribuir para a demarcação da posicionamento adotados pelos países supracitados, nessa nova conjuntura que se apresenta.

Palavras-chave: América Latina; Neoliberalismo; Novo-desenvolvimentismo.

Dissertação (formato .pdf, tamanho 1,81 MB)