A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) alcançou a 13ª colocação entre as universidades brasileiras que mais investem em bolsas de permanência estudantil. Segundo o levantamento desenvolvido pelo portal Quero Bolsa, baseado no Censo da Educação Superior de 2019 do Ministério da Educação (MEC), foram listadas todas as instituições que possuem mais de cinco mil estudantes e oferecem o benefício para, no mínimo, 5% do total de matriculados.
De acordo com o ranking, que contempla um total de 30 universidades, a UFJF, em 2019, ofertava o benefício para 1.905 alunos, representando 11% do total de matriculados. Entre as mineiras, a instituição aparece na 2ª colocação, atrás apenas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Ainda figuram no levantamento, a Universidade Federal de Lavras (UFLA), a Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Para a pró-reitora de Assistência Estudantil, Cristina Simões Bezerra, as universidades, de um modo geral, costumavam ser voltadas às pessoas com a situação socioeconômica favorecida. No entanto, desde a criação dos sistemas de cotas, outra parcela da população passou a ter acesso ao ensino público e as políticas de permanência estudantil tornaram-se necessidades e exigências das instituições públicas.
“Democratizar o acesso é importante, mas é fundamental garantir que o estudante tenha condições para uma boa formação e para viver plenamente as experiências universitárias, por meio do ensino, da pesquisa, da extensão e da cultura. É preciso que as políticas de permanência continuem e ganhem mais fôlego, pois sabemos que as necessidades dos estudantes tendem a aumentar neste momento de pandemia. A UFJF tem o desafio de manter as ações que ela já faz atualmente”, afirma Cristina.
Para que as ações da Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae) possam prosseguir, é preciso orçamento. Segundo a pró-reitora, o anúncio do Governo Federal, visando reduzir as verbas destinadas à Educação, pode afetar diretamente as políticas de permanência estudantil. “Precisamos ter em mente que a continuidade dos estudantes nas universidades é algo que impacta toda a sociedade e, por isso, devemos lutar juntos por essa conquista.”
Bolsas e auxílios
Atualmente, a UFJF promove a permanência estudantil por meio da Bolsa do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e mais quatro auxílios: transporte, alimentação, moradia e creche. De acordo com Cristina, esses requerimentos podem ser demandados pelos estudantes a partir do momento em que entram na instituição e têm a matrícula confirmada. “Para garantir o acesso a esses recursos, é preciso que o aluno tenha renda per capita familiar de até um salário mínimo e meio. Atendemos a um número significativo de pessoas que vivem com uma renda muito baixa e que precisam dessas bolsas e auxílios.”
Para obter bolsa, após ingressar na UFJF, o interessado deve procurar a Proae, apresentar a documentação exigida para ter acesso aos benefícios e aguardar a análise socioeconômica, realizada por uma equipe composta pelos profissionais de serviço social alocados na pasta. “O estudante é enquadrado em uma das faixas e passa a receber um dos benefícios, ou mais de um auxílio, caso seja verificada a necessidade. Todas as informações, incluindo a documentação necessária, podem ser conferidas na página da Proae”, orienta a pró-reitora.
Continuidade
Para garantir a continuidade do aluno no ensino superior, é necessário lutar contra alguns fatores, entre eles, a evasão, a retenção, a desistência e o desligamento estudantil. Cristina ressalta que para dar sequência às políticas da Proae, a UFJF está atenta às mudanças encaradas pelas universidades e prosseguirá oferecendo condições de permanência, bolsas e auxílios e os atendimentos sociais, psicológicos e pedagógicos.
Também observa que é preciso fortalecer as atividades realizadas pela Proae, pois o intuito é democratizar o acesso a essas bolsas e auxílios. “Além das bolsas e benefícios, existem outros programas que são destinados para todos os estudantes da UFJF, não apenas para aqueles com renda per capita familiar de até um salário mínimo e meio”, finaliza a pró-reitora.
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Outras informações: Pró-reitoria de Assistência Estudantil
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