De acordo com os números apresentados pela Sinopse Estatística da Educação Superior 2018, realizada pela Ministério da Educação, 76.653 estudantes aspiraram às vagas dos 96 cursos de graduação, oferecidos pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) no último ano. Entre o total de candidatos, 72.967 inscreveram-se para os cursos presenciais e 3.686 candidataram-se para graduações a distância, os dados representam concorrência média equivalente a 15,8 e a 4,9 pessoas por vaga, respectivamente. A série histórica da sinopse indica crescimento na procura estudantil pela UFJF cerca de três vezes maior do que em 2008.
Em comparação com o censo realizado há 10 anos, no último ano houve interesse de 47.879 candidatos a mais, considerando que em 2008, a UFJF recebeu 28.774 inscrições para uma das 35 graduações ofertadas na época. Além disso, houve implementação de 61 cursos e criação de 3.239 novas vagas, representando crescimento percentual maior do que 150%.
O censo destaca ainda que 2.585 estudantes obtiveram a certificação da conclusão da graduação em 2018 e estão aptos para atuar no mercado de trabalho. Entre eles, 2.476 finalizaram as graduações presenciais e 109 os cursos a distância. Além disso, o levantamento ressalta que o somatório de todas as graduações da instituição – incluindo novas vagas, vagas remanescentes e vagas especiais – ofereceram 5.373 vagas para que novos estudantes pudessem iniciar o estudo no ensino superior.
O reitor em exercício da UFJF, Eduardo Salomão Condé, explica que os dados representam o reconhecimento da excelência do ensino da UFJF pela sociedade e apresenta dois motivos principais para o crescimento das vagas ofertadas: o programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e o aumento da procura pela Universidade. “A UFJF passa por um momento positivo no ponto de vista da qualidade do serviço prestado à comunidade e da entrega de profissionais qualificados ao mercado de trabalho. É fundamental ressaltar o quanto a instituição atrai os jovens da cidade e região, tanto que tivemos número recorde de inscritos para o Pism deste ano.”
Melhoria na graduação
O relatório demonstra aumento na quantidade de cursos, vagas e na procura da UFJF pelo corpo estudantil. Segundo a pró-reitora de Graduação, Maria Carmem de Melo, os dados mostram o quanto a instituição tem se firmado no cenário regional e nacional. “Quando a comunidade reafirma o interesse por esta Universidade, avança com a nossa expectativa em fortalecer as condições de acesso, permanência e desempenho estudantil. Junto a esse crescimento, há muitos cuidados necessários que precisamos tomar para resultar na formação qualificada destes discentes.”
Maria Carmem reafirma o empenho da Pró-reitoria de Graduação (Prograd) em cuidar das questões relativas ao ingresso dos estudantes, considerando a alta demanda e as características específicas de cada aluno. “Avançamos muito na política de ingresso para que todos possam conquistar uma vaga com igualdade. É preciso resguardar os discentes por meio das reservas de vagas e políticas de apoio e condições especiais. O desafio é atender a todos da melhor forma possível. Além disso, vamos acolhê-los e oferecer uma educação de excelência com didáticas dentro e fora das salas de aula.”
Mais de 92% dos professores têm doutorado ou mestrado
Para atender aos 96 cursos de graduação oferecidos, em 2018 a UFJF contava com 1.788 professores para lecionar nas diferentes áreas. Nesta perspectiva é demonstrado que entre eles, 92,6% possuíam certificação de doutorado ou de mestrado. Do total, 1.320 eram doutores; 336 mestres; 89 pós-graduados; e 43 tinham o título de graduação.
O número e a qualificação de professores também aumentou. Em 2008 havia 1.103 profissionais da classe, sendo que apenas 65,5% eram mestres ou doutores. No período, as titulações estavam dispostas entre: 539 doutores; 187 mestres; 82 especialistas e 295 graduados. Além disso, em comparação ao Censo de 10 anos atrás, foram contratados 685 novos docentes.
“Quando temos um corpo docente formado com mais de 90% entre doutores e mestres, isso reforça os campos da pós-graduação e da pesquisa. Ao mesmo tempo, nos traz uma perspectiva de universalização de professores mais bem preparados. Por mais que haja professores sem essas titulações, os números são menores. Mas o preparo acadêmico dos nossos profissionais é um número bastante significativo”, afirma Condé.
Taes mais qualificados
Entre os técnico-administrativos em Educação (Taes), 83,1% dos 1.276 servidores são no mínimo graduados. O censo demonstra que 35 têm doutorado; 307 mestrado; 438 especialização e 281 graduação. O somatório de profissionais com ensino médio e fundamental representa 215 Taes, o que equivale a 16,9% do total. Em comparação a 2008, o aumento é significativo, pois à época, apenas 43,1% dos servidores tinham no mínimo o diploma de graduação e os outros 56,9% possuíam ensino médio ou fundamental.
Sinopses Estatísticas da Educação Superior – Graduação
A Sinopse Estatística da Educação Superior é produzida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) desde 1995. Os dados apresentados fazem referência a instituições, recursos humanos, cursos de graduação presenciais, processos seletivos, matrícula, concluintes, cursos de graduação a distância, cursos sequenciais presenciais e a distância, além das instituições federais, com base nos resultados do Censo da Educação Superior.
A Sinopse de 2018 foi divulgada nesta quinta-feira, 19.
Outras informações: Sinopses Estatísticas do Ensino Superior – Graduação