O Cineclube Movimento encerra a Mostra “Anos 90/2000” nesta segunda, 16, com a exibição do filme “Cinderela Baiana”. A sessão é gratuita e começa às 14h, na sala de cinema Germano Alves (213), no Instituto de Artes e Design (IAD). Os interessados em assistir não precisam se inscrever com antecedência, basta comparecer ao local de exibição.
Os temas e filmes exibidos foram escolhidos através de reunião aberta, realizada no final de março. Ao longo do semestre, o Cineclube aborda diversas temáticas através de mostras. Nesta, o objetivo foi recuperar a memória do cinema na virada dos anos 90 para os 2000, quando o uso da tecnologia se expandiu nas produções.
Os filmes exibidos nas semanas anteriores foram “Corra Lola, Corra”(1998), dirigido por Tom Tykwer e “Cidade dos Sonhos” (2001), de David Lynch. O filme desta segunda, “Cinderela Baiana”, é uma biografia semi-ficcional da cantora Carla Perez e foi sugerido com a intenção de levantar o debate sobre o momento vivido pelo cinema brasileiro no período.
A coordenadora do Cineclube Movimento, professora Alessandra Brum, conta que após as sessões acontece uma discussão sobre o conteúdo exibido. “Neste debate, apresentamos informações sobre o filme e discutimos as impressões sobre o que foi visto. É cineclube no sentido clássico da palavra, com o objetivo de pensar criticamente as imagens”, afirma.
Mostra “Memórias do chão de fábrica”
Na próxima semana, o Cineclube inicia a Mostra “Memórias do chão de fábrica”, que trará documentários sobre a luta sindical no Brasil. A curadora da mostra, Monique Alves, é filha de um ex-metalúrgico do ABC paulista e conta que a proposta é identificar a maneira como as manifestações foram retratadas no cinema em diferentes períodos.
A Mostra vai durar um mês e serão exibidos os filmes “Peões”, de Eduardo Coutinho, sobre a história pessoal de metalúrgicos do ABC Paulista; “Memorial da greve”, de Eduardo Coutinho e Sérgio Goldenberg, que mostra a greve dos operários da Companhia Siderúrgica Nacional; “ABC da greve”, de Leon Hirszman, sobre a origem do moderno sindicalismo brasileiro; e “Linha de Montagem”, de Renato Tapajós, que retrata os movimentos grevistas do ABC Paulista durante o regime militar. “Cabe abordar esses filmes tendo em vista sua relevância como construção fílmica e sua importância como registro de processos fundamentais para a história nacional”, pontua Monique.
As sessões sempre acontecem às segundas, 14h, na Sala de Cinema Germano Alves, do IAD. A seguir, os dias das exibições de cada filme:
7/5 – ABC da greve, Leon Hirszman, 1990. Classificação: 14 anos.
14/5 – Linha de Montagem, de Renato Tapajós, 1982. Classificação: Livre.
21/5 – Memorial da greve, Eduardo Coutinho e Sérgio Goldenberg, 1989. Classificação: 14 anos.
28/5 – Peões, Eduardo Coutinho, 2004. Classificação: Livre.