Qual mundo os adultos estão ofertando aos bebês e às crianças? Quais tempos e espaços estão sendo destinados ao brincar? A partir dessas indagações e a fim de proporcionar um contexto de reflexão crítica sobre o cuidar, o educar e o brincar na infância, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Aliança Pela Infância promovem o 2º Simpósio de Neurodesenvolvimento Infantil. A partir de uma abordagem multidisciplinar, o evento conta com palestras e vivências diversas coordenadas por profissionais de diferentes áreas. Os encontros estão marcados para os dias 1 e 2 de dezembro, com início às 15h, nas dependências da Faculdade de Engenharia da UFJF. As vagas são limitadas, as inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia do evento.
Para discutir o desenvolvimento infantil, os debates serão amparados por profissionais dos campos da Educação, Medicina, Psicologia e Educação Física. De acordo com uma das coordenadoras do evento, Ana Rosa Costa Picanço Moreira, essa forma de condução busca “compreender bebês e crianças em seus múltiplos aspectos: social, afetivo, cognitivo, físico, histórico, simbólico, psicomotor. Por isso é importante pensar a partir de diferentes campos que possam dialogar e fortalecer a integração dos diferentes aspectos do desenvolvimento humano”.
A coordenadora enfatiza a relevância de discutir sobre o assunto proposto nos dias atuais. “Esse debate chama a atenção do papel dos adultos, sejam eles pais ou professores, para o compromisso de ofertar condições que favoreçam o desenvolvimento infantil.” Sobre as contribuições que a participação no evento traz à formação dos envolvidos, ela destaca o fato de o simpósio apresentar um “repertório de experiências variadas que favorecem a integração da teoria com a prática, focando na formação inicial de estudantes e de profissionais de diversas áreas que trabalham com as infâncias”.
Seguindo uma dinâmica teórico-prática, a programação traz atividades que buscam fomentar a construção de ações significativas para bebês e crianças em contextos de educação coletiva, como no ambiente familiar, em creches e pré-escolas. No primeiro dia, a abertura do evento fica por conta de uma roda de dança coordenada por Gisela Pelizzoni, pesquisadora das culturas tradicionais da infância e professora e coordenadora da Escola Municipal José Calil Ahouagi da rede pública de Juiz de Fora.
Já no segundo dia, as atividades terão início com uma mesa de debates, que recebe a educadora, psicopedagoga e membro da Rede Pikler Brasil, Valéria Serrão, para falar sobre os princípios da abordagem Pikler e a importância dos cuidados na primeira infância. Junto a ela, a professora Ana Rosa vai propor um diálogo entre esse método e o trabalho em creches. Ana Rosa explica que o método Pikler foi desenvolvido pela médica húngara Emmi Pikler, em 1946, e diz sobre “criar um ambiente organizado para que as crianças se movimentem livremente e aprendam de forma individual nas situações diárias”.
A programação completa do simpósio poder ser acessada neste link.
Outras informações: (32) 2102-3650 – Faculdade de Educação (Faced)