Contribuir com uma educação inclusiva que integre as crianças com necessidades educativas especiais e dê oportunidades iguais de aprendizagem nas escolas públicas foi o principal objetivo da dissertação da aluna Gessinéa Raydan Evangelista. Com o título “Propostas para uma educação inclusiva no ensino regular em uma escola do campo”, a pesquisa foi apresentada no Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).  Entendendo a importância da adaptação do ambiente escolar ao aluno,  a mestranda apresentou um Plano de Ação Educacional, que levou em consideração os resultados e as propostas de planejamento educacional inclusivo da escola.  As ideias são baseadas em ações coletivas e de parcerias, com a intenção de apoiar as ações já realizadas.

Segundo Gessinéa, as escolas precisam se adaptar para o atendimento inclusivo já que os alunos apresentam individualidades diversas e, portanto, o professor deve considerar todas essas questões no processo de ensino e aprendizagem. Ela propõe uma reformulação do Projeto Político Pedagógico, formação continuada, capacitação para os professores da sala regular, além  da adequação de espaço e equipamentos disponíveis. 

Gestora de uma escola no campo há 8 anos, Gessinéa Raydan acredita que a participação da família na escola é fundamental para a melhoria da formação e que a inclusão é essencial para a atual realidade das escolas públicas. ‘’Existem leis específicas que asseguram o direito à escolarização dos alunos com necessidades especiais, com recursos destinados à aquisição de material, equipamentos, infraestrutura; recursos humanos para melhor atendimento às crianças e jovens. Pode-se afirmar que ainda há muito para avançar, ou seja, tornar realidade aquilo que consta no âmbito legal por meio de um melhor direcionamento de recursos para essa finalidade. Para que a inclusão ocorra de fato, é necessário não apenas a aceitação de matrícula do aluno em uma classe regular de ensino, mas um trabalho diferenciado, respeitando as limitações dos alunos com necessidades educacionais especiais e valorizando suas potencialidades e habilidades’’

A professora orientadora Ana Rosa Costa Picanço Moreira enfatiza que ‘’tanto as crianças com necessidades educacionais especiais quanto as crianças sem essa necessidade ganham com a educação inclusiva, pois aprendem a respeitar o outro. A dissertação chama a atenção sobre isso, trazendo uma contribuição para a sociedade em geral’’.

Nesse contexto, a segurança com o que os alunos relataram o processo de escolarização e a necessidade de respeito aos seus ritmos foi o que mais surpreendeu a mestranda. ”Ouvir as crianças me fez repensar o meu trabalho como gestora e meu papel de fato na educação de todas as crianças da escola”, conclui Gessinéa.

Contatos:
Gessinéa Raydan Evangelista (mestranda): gessineae.mestrado@caed.ufjf.br
Ana Rosa Costa Picanço Moreira (orientadora): ana.moreira@ufjf.edu.br

Banca Examinadora:
Profª. Drª. Ana Rosa Costa Picanço Moreira (UFJF)
Profª. Drª. Maria Andreia de Paula Silva (CES/JF)
Profª. Drª. Katiucia Cristina Vargas Antunes (UFJF) 

Outras informações: (32) 4009-9322 – Programa de Pós-graduação Profissional – Mestrado em Gestão e Avaliação da Educação Pública