O professor e flautista David Castelo apresenta-se neste sábado, 29, às 20h, no Cine-Theatro Central, com o Concerto de Flautas Doces. No repertório, obras de Telemann, Scarlatti e Bach. O músico conta com a participação especial do cravista Robson Bessa. O evento integra a programação artística do 28º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, organizado pela Pró-reitoria de Cultura (Procult) e pelo Centro Cultural Pró-Música, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A entrada é franca, mas os convites devem ser retirados no Centro Cultural Pró-Música (Avenida Rio Branco 2.329) ou no Cine-Theatro Central (Praça João Pessoa, s/n, Calçadão da Rua Halfeld) uma hora antes do início do espetáculo.
O concerto será precedido ainda de palestra, às 19h, ministrada pelo professor da UFJF, Rodolfo Valverde.
David Castelo – Flauta Doce
Professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e doutorando pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), David Castelo graduou-se em flauta doce pela Faculdade Santa Marcelina (SP), na classe da professora Isa Poncet. No período de 1998 a 2003, estudou no Conservatório Real de Haia (Holanda), orientado por Reine-Marie Verhagen e Peter van Heyghen. Nesta instituição, obteve o “The Post-Graduate Certificate for Advanced Studies”, o “The First Phase Diploma” e o “The Seconde Phase Diploma” (Master’s of Music – Soloist Diploma) – essa última a mais alta titulação em performance dada a um instrumentista na Europa. Ao longo de sua formação, foi aluno regular de Valéria Bittar, Cléa Galhano e Sébastien Marq e frequentou masterclasses com Hélcio Müller, Ricardo Kanji, Kees Boeke, Dorothea Winter, Hugo Reyne e Marion Verbruggen.
Castelo tem atuado no Brasil, Holanda e Estados Unidos, destacando-se os seguintes eventos: Festival Internacional Bach de Rotterdam, Orquestra Barroca do Conservatório Real de Haia – solista, (dir. Jaap ter Linden), Holanda, 1999; Festival Internacional Bach de Amsterdam, Orquestra Colegium Musicum – solista (dir. Tini Mathot), Holanda, 2001; Concerto Barroco, Orquestra Sinfônica Nacional – solista (dir. Ligia Amadio), Niterói (RJ), 2003; Festival Internacional de Música de São Caetano do Sul – Professor, 2000, 2001, 2004 e 2005; Festival de Música de Londrina – Professor – 2007; Projeto Música Sacra e de Devoção – Curador, Centro Cultural Banco do Brasil, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), 2005 e 2006; Projeto Os Jesuítas e sua Música para Catequese – Diretor Musical, Fortaleza (CE), 2008 a 2010; Curso Internacional de Música de Brasília – Professor e concertista, 2009 e 2012; II Festival de Música Antiga da UFRJ – Professor e concertista, 2012; American Recorder Society 2012 Festival – Palestrante, Portland, (EUA); The Latin American Music Center Guest Series (Indiana University – EUA) – Concertista e palestrante, 2012 e 2013; Early Music Department (Royal Conservatory The Hague – Holanda) – Palestrante, 2013; Festival Internacional de Música da UFG – Professor e concertista, Goiânia (GO), 2009, 2012 e 2013; Colóquio de Música Antiga da UFG – Coordenador, 2009, 2013 e 2015; I Mostra Internacional de Flauta Doce Aulus – Palestrante, Florianópolis (SC), 2013; I Seminário de Flauta doce da UFRJ – Palestrante e concertista, 2015.
Robson Bessa (Participação especial) – Cravo
Robson Bessa é uma importante referência no estudo e difusão do patrimônio musical e cultural brasileiro, sobretudo mineiro, e realizou inúmeros concertos como cravista, organista e continuísta nas principais cidades brasileiras, em Portugal, França, Paraguai, e Canadá. Em 2003, fundou o grupo Musica Figurata, e se dedica ao repertório renascentista e barroco europeu e suas relações com a música colonial brasileira.
É doutor em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela UFMG, com bolsa da Capes, onde estudou a importância da retórica nas cantatas de Alessandro Scarlatti e as relações entre texto e música. Graças a essa pesquisa, tem realizado palestras e conferências sobre música e literatura italiana dos séculos XVII ao XVIII. Pretende também refletir sobre a presença, importância e influência da música barroca italiana no Brasil e em Portugal, sobretudo de Alessandro e Domenico Scarlatti, dos quais já descobriu vários documentos em diversos acervos e inclusive na Biblioteca Nacional.
Realizou diversos espetáculos com a dramaturga e atriz italiana Anita Mosca, dentre eles “Eleonora, 1799” e “Abre a porta povo”. Iniciou os estudos de cravo e baixo contínuo em 1991, com Felipe Silvestre, sendo agraciado com uma bolsa para o festival “Encontros com o barroco”, na cidade do Porto. Entre 1998 e 2003, foi aluno de Ilton Wjuniski, no curso completo de cravo, baixo contínuo e música de câmara barroca, realizado na Fundação Magda Tagliaferro e patrocinado pela Vitae, da qual foi bolsista de 2000 a 2002.
Em 2003 foi um dos oito alunos de todo o mundo convidado a participar do Atelier de Musicologie et Clavecin, sob orientação do cravista Ilton Wjuniski, na Académie Musicalle de Villecroze, França. Entre 2008 e 2010, cursou o mestrado em cravo e baixo contínuo na Université de Montréal, da qual foi bolsita e afinador de cravos.
Mestre em música pela UFMG, sua dissertação foi considerada “excepcional” e revolucionária na prática de baixo contínuo na música colonial brasileira. Desde então realiza pesquisas na interpretação da Música Colonial Brasileira e suas origens. Por esse motivo, foi convidado pelo Museu da Inconfidência de Ouro Preto para dirigir projetos de concertos que evidenciassem o riquíssimo acervo desta instituição.
Mais informações:
Pró-reitoria de Cultura – (32) 2102-3964
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