Equipes de Urologia e Oncologia realizaram, neste sábado, 14, sete cirurgias oncológicas de cabeça e pescoço e quatro procedimentos urológicos no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O esforço marca o ápice da campanha “Ebserh em Ação”, que há dois meses vem promovendo mutirões em diferentes setores dos 45 hospitais universitários da rede. A campanha de escala nacional procurou ampliar os atendimentos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de cirurgias, exames e outros procedimentos.
Segundo Alexandre Ferreira, cirurgião oncológico e professor da Faculdade de Medicina da UFJF, envolvido nos trabalhos de sábado, o mutirão reforça o comprometimento do HU com o atendimento ao SUS. “É um esforço de todos: médicos, equipe de enfermagem, administrativa e de limpeza, num período de festas de final de ano e fora do horário normal de trabalho”, observa. “Pensando no ensino, o mutirão é para o residente mais do que um exercício de operar, é uma forma de devolver o investimento público feito na formação dele.”
Esse é o primeiro de muitos mutirões da Oncologia, ressalta o médico. “Temos uma fila grande de pacientes com câncer ou suspeita de câncer para operar na cidade, inclusive em áreas críticas, como cabeça e pescoço. O HU-UFJF é praticamente o único que faz esse tipo de cirurgia na cidade. Para a população, esse reforço de atendimento é muito importante.”
Demanda reprimida
Para o médico urologista e professor da Faculdade de Medicina da UFJF, André Avarese, também envolvido nos trabalhos do Dia E, “a importância do mutirão é tentar conter um pouco a demanda, já que o HU acaba concentrando o atendimento urológico de SUS de toda a macrorregião. Dessa forma, a fila é grande para operar. “Quando a gente faz esses mutirões, alivia a fila e diminui o tempo de espera dos pacientes.”
Outra especialidade médica essencial é a anestesia. “A equipe participou de todos os mutirões realizados ao longo desses dois meses no HU. Foram mobilizados profissionais de vários dias e plantões. Normalmente são cinco por mutirão”, explica o anestesista Malcon Lopes, presente na ação de sábado. “A equipe se mobilizou com muita boa vontade para poder atender e beneficiar a população. A gente tem uma demanda reprimida de atendimentos de saúde e tentativas desse tipo, para melhorar essa assistência com mutirões, são bem válidas.”
Além do trabalho das equipes de cirurgia que realizaram os procedimentos, há toda uma organização por trás dos mutirões. A enfermeira e chefe da Unidade de Bloco Cirúrgico e Processamento de Material Esterilizado, Camila Militão, destaca a importância do envolvimento das equipes de enfermagem para a segurança e eficiência das ações. “Desde o planejamento inicial até a execução dos procedimentos, enfermeiros, técnicos e auxiliares em enfermagem treinados e especializados se dedicam intensamente para garantir o sucesso da iniciativa. A equipe da Central de Materiais e Esterilização também teve um papel crucial, na esterilização e distribuição dos instrumentais cirúrgicos para prevenir infecções e assegurar um ambiente cirúrgico seguro”, reforça.
Mutirão de hérnia
Na última semana, na terça-feira, 10, houve mutirão para cirurgias de hérnia umbilical, epigástrica e inguinal. Foram 11 procedimentos feitos pelas equipes do Serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo, Cirurgia Geral e Trauma e Anestesia. “Com esse apoio da Ebserh, conseguimos resolver o problema de muitos pacientes que estavam aguardando na fila para operar, com dor e dificuldade de acesso ao SUS”, ressalta Héster Bevilaqua, cirurgiã geral e do aparelho digestivo que coordenou a ação.