Nesta quinta-feira, 16, professores, gestores, profissionais e estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) reuniram-se na Faculdade de Farmácia da UFJF para a solenidade de inauguração dos laboratórios de Desenvolvimento Magistral e Microbiologia e do Laboratório Multiusuário de Bioprodutos e Bioprocessos (CentralBio). A cerimônia contou com as presenças do reitor da Universidade, Marcus David, e da vice-reitora, Girlene Alves.

A reinauguração do CentralBio foi marcada pela aquisição de equipamentos de alta complexidade, um avanço para a pesquisa científica na universidade, já que são aptos a executar um conjunto de procedimentos que implicam em alta tecnologia e elevado custo. Conforme a técnica em Farmácia Lorena Riani, o laboratório multiusuário “garante aos discentes da graduação e da pós-graduação o acesso a equipamentos tanto da área analítica quanto da biológica, que, em laboratórios mais individualizados, poderia não ser viável”.

Autoridades acadêmicas descerram a placa durante a inauguração dos novos laboratórios (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

Em sua fala, o reitor recordou a escassez de investimentos na educação nos últimos anos: “De 2016 a 2022, recebemos, em valores nominais, o equivalente a 70% do orçamento somente do ano de 2015. É imprescindível registrar o empenho de nossa Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa por trabalhar conjuntamente com nosso Conselho Setorial de Pós-Graduação e Pesquisa e a Pró-Reitoria de Infraestrutura e Gestão, ao priorizar investimentos em laboratórios multiusuários, possibilitando assim que o maior número de pesquisadores e pesquisadoras tivesse acesso aos meios necessários para a condução de seus trabalhos”.

Para o professor Guilherme Tavares, da Faculdade de Farmácia da UFJF, a conquista dos laboratórios simboliza a chance de proporcionar um aprendizado mais integral aos alunos, um efeito direto na sociedade e a perspectiva de novas descobertas científicas.

Adicionalmente, ele evidencia a capacidade extensionista do laboratório de Desenvolvimento Magistral, do qual é coordenador: “Nossa ideia inicial é a prestação de serviços de controle de qualidade de medicamentos manipulados para o Sistema Único de Saúde (SUS). Dessa forma, no laboratório, efetuaremos desde os estudos de pré-formulação e estabilidade — ocasião na qual avaliamos quais são as condições mais propícias para a composição do medicamento — até a entrega do produto final. Atualmente, desenvolvemos múltiplos projetos, como, por exemplo, a formulação de medicamentos inalatórios para o tratamento da Covid-19”.