Em comemoração ao Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, neste sábado, 6 de abril, a Faculdade de Farmácia, por meio da parceria entre a Farmácia Universitária e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), realizará uma ação educativa em saúde no PAM Marechal, localizado na rua Marechal Deodoro, 496, no centro de Juiz de Fora. A iniciativa acontece entre 8h e 12h.

Ao todo, serão docentes, discentes e residentes dos programas da área de Farmácia da UFJF que participam do evento para orientar a população acerca da importância do uso consciente de fármacos e dos riscos da automedicação. Além disso, também serão oferecidos serviços gratuitamente, como aferição da pressão arterial e da glicemia capilar.

O diretor da Faculdade de Farmácia, Marcelo Silvério, salientou a programação planejada para o dia. “A ação será realizada com abordagem da população presente no evento, com prestação de informações sobre a importância dos cuidados com o uso de medicamentos, especialmente no que se refere ao uso correto, seguindo as orientações da prescrição e das orientações dos profissionais.” Silvério também enfatizou a importância do armazenamento correto dos medicamentos em casa e a necessidade de descartar corretamente os produtos vencidos ou não utilizados, a fim de proteger o meio ambiente.

Intoxicações medicamentosas: entenda a importância da educação para o uso racional de medicamentos

O diretor Marcelo Silvério, referindo-se a dados do Conselho Federal de Farmácia (CFF), alertou sobre os perigos da intoxicação medicamentosa, um problema de saúde grave que ocorre quando um medicamento é administrado em doses acima das recomendadas. Segundo o CFF, entre 2012 e 2021, mais de 1,2 milhão de casos de intoxicação foram registrados no Brasil, dos quais mais de 596.000 foram causados por medicamentos.

A maior incidência de intoxicação foi registrada na região Sudeste, com 49% dos casos, seguida da região Sul, com 21,80%, e Nordeste, com 18,71%. Erros na administração de medicamentos foram responsáveis por 1,83% das ocorrências.

“A busca por medicamentos se desenvolve em um momento de fragilidade do ser humano, pois ela ocorre em um momento de doença e, por isso, sempre há esperança de que há uma forma ‘milagrosa’ de resolver o problema”, pondera Silvério. Segundo ele, é fundamental esclarecer à população que os medicamentos que curam também são os que podem causar males, como efeitos adversos, intoxicações e resistência aos medicamentos.

“O processo de educação em saúde e, neste caso, sobre o uso racional de medicamentos, deve ser um processo contínuo”, concluiu Silvério. Para ele, é imprescindível que os remédios sejam utilizados apenas sob orientação de profissionais de saúde habilitados para minimizar os riscos associados ao seu uso.