A maior honraria da UFJF foi criada em 2003 (Foto: Alexandre Dornelas)

Foi em 1960 que o então presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek, sancionou a lei nº 3858 que tornava federais as cinco faculdades já existentes na cidade de Juiz de Fora. Há 61 anos, era criada a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Para celebrar o aniversário da UFJF e aqueles que fazem parte desta história, todos os anos profissionais de destaque que passaram pela Instituição – ou que ainda estejam atuando -, professores, técnico-administrativos e funcionários terceirizados são homenageados com a Medalha JK.

Márcio Guerra: “É um reconhecimento a uma vida, a uma trajetória de muita dedicação à Universidade” (Foto: Alexandre Dornelas)

A solenidade deste ano acontece nesta quinta-feira, dia 16, às 19h, ainda em formato virtual, através do canal da UFJF no Youtube. Entre os homenageados está o professor aposentado da Faculdade de Comunicação (Facom) e ex-diretor de Imagem Institucional da UFJF, Márcio de Oliveira Guerra. Ele recorda que participou da idealização da Medalha JK, durante o segundo reitorado da professora Margarida Salomão, em 2003. O que é motivo de orgulho para a homenagem que está recebendo este ano.

“Receber a Medalha JK, especialmente como uma homenagem da Administração Superior me orgulha muito por ser um reconhecimento a uma vida, a uma trajetória de muita dedicação à Universidade. Quero agradecer a essa indicação e dizer que me sinto muito honrado de receber a medalha que leva o nome do fundador da Universidade, através da indicação da atual gestão, do professor Marcus David e da professora Girlene Alves da Silva”, destaca Guerra, que foi figura presente nas salas de aula da Facom por 34 anos.

Angela Gollner: “Receber a medalha JK é motivo de orgulho e muito me alegra” (Foto: Alexandre Dornelas)

Ex-diretora e ex-gerente de ensino e pesquisa do Hospital Universitário (HU), Angela Maria Gollner é docente na UFJF há 39 anos. Ela foi o nome indicado pelo HU a receber a Medalha JK, o que tem importância especial por conta do trabalho desenvolvido pelo Hospital durante a pandemia de Covid-19.

“Receber a medalha JK, maior honraria concedida pela UFJF, por indicação da comunidade do HU, é motivo de orgulho e muito me alegra. Ser reconhecida pelos nossos pares muito nos honra, mas quero ressaltar que o trabalho desenvolvido só foi possível porque formamos uma equipe compromissada com a missão do HU, de propiciar assistência, ensino e gestão de qualidade”, agradece a professora da Faculdade de Medicina, destacando que a pandemia apresentou muitos desafios à sua gerência de ensino e pesquisa. “Precisamos nos reinventar e procurar soluções para demandas desafiadoras e imediatistas e só com uma equipe coesa como a nossa, com o apoio das unidades acadêmicas e da administração da UFJF, foi possível responder prontamente às necessidades da população assistida pelo HU e dar continuidade às atividades de ensino de graduação e residências”, exalta Angela.

Maria Aparecida Paulino:  “Fui inclusive nome de uma das turmas do Direito. Sou muito grata à UFJF”. (Foto: Carolina de Paula)

Para além dos servidores, a Medalha JK deste ano também será concedida a uma funcionária terceirizada. Maria Aparecida Paulino da Cruz é figura querida pelos corredores da Faculdade de Direito e começou a trabalhar na UFJF no dia 1º de agosto de 1995. Vinte e cinco anos depois foi o momento de se aposentar. Mas Maria Aparecida segue recebendo muitas homenagens. “Fui inclusive nome de uma das turmas do Direito. Sou muito grata à UFJF por esses anos todos e por também ter conseguido terminar os ensinos fundamental e médio no Colégio João XXIII. Uma oportunidade dada aos funcionários terceirizados na época da reitoria Margarida Salomão. Depois, fiz o curso de Turismo no antigo Colégio Técnico Universitário (CTU), hoje Instituto Federal.” Ressalta, ainda, que, na UFJF, conseguiu seu primeiro emprego de carteira assinada.

O que Maria Aparecida, Angela Gollner e Márcio Guerra têm em comum é o fato de todos terem sido também alunos da UFJF, assim como vários outros homenageados pela Medalha JK em 2021. É o caso de Fernando Salgueiro Perobelli, aprovado no vestibular para o curso de Economia em 1988. Desde então, tanto a vida pessoal quanto a profissional estão conectadas com a UFJF. “Essa é a minha segunda casa. Ao longo de nossas vidas, passamos grande parte do tempo trabalhando, o que não é um sacrifício para mim. Tenho o privilégio de fazer o que gosto num ambiente onde tenho amigos e a certeza de estar contribuindo para formar profissionais qualificados e com espírito crítico. A UFJF me forneceu as condições necessárias para desenvolver, ampliar e consolidar as pesquisas das quais faço parte”, exalta Perobelli, que é professor da Faculdade de Economia desde 1996 e foi pró-reitor de Pós-Graduação entre 2006 e 2008.

Fernando Perobelli: “A UFJF me forneceu as condições necessárias para desenvolver, ampliar e consolidar as pesquisas das quais faço parte” (Foto: Alexandre Dornelas)

Medalha JK

A Medalha Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira foi criada pela UFJF em 2003 para homenagear ex-alunos da Instituição que se projetaram no cenário nacional, a partir dos anos 1960. Em 2016, a honraria foi estendida aos docentes, técnico-administrativos em educação e, ainda, a pessoas da comunidade que tenham prestado importantes serviços à Universidade.

A lista dos homenageados é definida a partir da indicação das unidades acadêmicas e da Administração Superior e apresentada em reunião do Conselho Superior (Consu). Tradicionalmente, a entrega da medalha acontece em data próxima ao aniversário da UFJF, 23 de dezembro, em cerimônia solene.

Assim como em 2020, diferentemente dos anos anteriores, a solenidade acontecerá de forma remota, por conta da pandemia causada pela Covid-19. Com isso, os homenageados receberam antecipadamente a medalha em suas casas, e participarão da transmissão on-line.

Confira os homenageados em 2021