Atualizada às 11h58 de 8/12/2021

A Diretoria de Avaliação Institucional (Diavi) apresentou relatórios de dados coletados com estudantes e docentes de graduação e pós-graduação sobre questões referentes aos dois primeiros semestres do Ensino Remoto Emergencial (ERE) nos campi sede (Juiz de Fora) e avançado (Governador Valadares) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Três tipos de documentos foram elaborados para cada público participante da pesquisa: os primeiros relatórios com informações referentes ao primeiro período em Ensino Remoto Emergencial (ERE) – semestre 2020.1; em seguida, avaliações do ERE aplicadas após o semestre 2020.3, incluindo respostas discursivas ao questionário; por fim, apresentação comparativa dos gráficos relacionados às duas avaliações sobre o ERE já aplicadas (2020.1 e 2020.3).

Um dos públicos-alvo do primeiro relatório preliminar foi o corpo docente dos campi sede e avançado, tanto dos cursos de graduação quanto pós-graduação. O nível de adesão, em ambas as etapas de avaliação, foi de 35% e 40% respectivamente, com um total de 1.315 acessos distribuídos entre os períodos avaliados. As ferramentas digitais utilizadas para as aulas síncronas e assíncronas; e as dificuldades que envolvem o ERE; foram alguns dos itens que compuseram as questões de múltipla escolha e discursivas respondidas pelos docentes de graduação e pós-graduação.

A diretora de Avaliação Institucional da Universidade, Michèle Cristina Resende Farage, afirma que o prazo foi muito curto entre a aprovação da Portaria Federal nº 544/2020, de 16 de junho de 2020, que dispôs a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais, por conta da pandemia de Covid-19, e a Resolução nº 33/2020, de 14 de agosto, que autorizou o início do ERE na UFJF, em setembro do ano passado. Isso fez com que a Universidade tivesse que se adaptar rapidamente ao novo formato de aulas implementado. “Para os docentes, foi montado um site do ERE para que pudessem tirar dúvidas sobre as plataformas a serem utilizadas, o Google Sala de Aula e o Moodle. Fizemos também uma série de lives tratando de temas diversos e montamos uma equipe de bolsistas que puderam atender ao chamado dos professores e alunos diariamente das 8h às 20h.”. Michèle salienta, ainda, que, no início do ERE, dúvidas e problemas técnicos eram muito frequentes, mas como pode ser verificado nos dois relatórios da Diavi, os docentes foram se adaptando ao formato remoto.

De acordo com os relatórios da Diavi, na segunda avaliação, relativa ao semestre 2020.3, foi possível detectar as práticas pedagógicas e suportes mais utilizados, elencar as dificuldades, efetuar comparações entre os períodos e revelar expectativas com a manutenção do modelo no semestre seguinte, devido à continuidade da suspensão das atividades acadêmicas presenciais na UFJF. Entre as maiores queixas dos professores está a pouca participação dos alunos durante as aulas, o que pode ser explicado por dados dos outros relatórios apresentados pela Diavi. Estudantes de cursos presenciais também responderam questionários

Desafios

Dos 59 cursos de graduação do campus Juiz de Fora e dez do de Governador Valadares, cerca de 12.500 acessos foram realizados por graduandos, respondendo às questões propostas. Conforme o relatório, confirmados por Michèle, o nível de adesão dos discentes foi baixo, entre 28% na primeira etapa, e 22% na segunda. Apesar de a maioria desses alunos não ter enfrentado dificuldades de acesso às plataformas digitais, os dados dos relatórios apontam que a adaptação da rotina ao ambiente virtual; as dificuldades de concentração nas exposições teóricas; a pouca interatividade com colegas e professores  foram os grandes desafios do ERE.

“Nós percebemos a compreensão da necessidade do ERE que, como o próprio nome diz, é emergencial. Em momento algum, há a intenção de substituir o ensino presencial pelo remoto. Os recursos digitais podem apenas contribuir para a melhoria da qualidade do ensino quando as aulas retornarem por completo”, ressalta Michèle, que também é professora e ministra disciplina para graduandos do segundo ano da Faculdade de Engenharia. Ela aponta, ainda, que a Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e Educação Inclusiva (Proae) tentou solucionar as dificuldades de acesso e conexão enfrentadas pelos graduandos, por meio da bolsa de Auxílio Inclusão Digital, assunto também abordado nos relatórios.

De acordo com os pós-graduandos, foram menores as dificuldades enfrentadas no ERE. Para a professora Michèle Farage, os motivos são variados. “O público da graduação é muito mais amplo. Podemos supor, sobre a pós-graduação, que seus estudantes são mais maduros. Para além disso, existe uma facilidade maior de acesso por conta das turmas serem menores, sendo os problemas resolvidos de forma mais rápida pelos professores”, destaca Michèle. Tais reflexões a respeito do ERE na pós-graduação podem ser evidenciadas pelo índice de mais de 90% em ambos os semestres analisados, de alunos que responderam positivamente à questão de que dispuseram de equipamentos e acesso necessários para cursar as disciplinas remotamente, bem como pela presença da maioria (de 66% a 73%) em até 100% das atividades síncronas.

Confira os relatórios 

Outras informações: (32) 2102-3915 (Diavi)

secretaria.avaliacao@ufjf.edu.br