UFJF já vacinou 35 mil pessoas enquanto parceira do município de Juiz de Fora na imunização contra Covid

Desde março de 2020, a chegada do Sars-Cov-2 vem assolando o mundo e este sábado, 19 de junho de 2021, marca um triste registro da epidemia no Brasil. São 500 mil vidas perdidas, sendo a média dos seis primeiros meses deste ano consideravelmente superior ao número total de 194.976 mortes acumuladas no ano anterior. 

Apesar do sentimento de impotência diante de mais de meio milhão de brasileiros mortos, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) continua na luta para contribuir no combate à pandemia. Assim como as demais instituições federais de ensino superior do país, a UFJF é parte essencial das comunidades onde seus campi, sede e avançado de Governador Valadares, estão inseridos. 

Para o reitor, Marcus Vinicius David, mais uma vez, a Universidade manifesta sua total solidariedade aos familiares e amigos daqueles que perderam seus entes queridos. Entretanto, em um momento de tamanha dificuldade, destaca a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no país, pois mesmo com todas as dificuldades, conseguiu acolher a população e, de alguma forma, reduzir o sofrimento.

É um momento de muita dor para todos nós, mas registrar a importância do SUS e das universidades públicas é fundamental para reconhecer a importância da ciência, como forma de enfrentarmos tamanha calamidade

“Também temos que destacar que em nenhum momento, durante toda essa tragédia, as universidades públicas se furtaram a contribuir de forma decisiva no enfrentamento dessa pandemia. É um momento de muita dor para todos nós, mas registrar a importância do SUS e das universidades públicas é fundamental para reconhecer a importância da ciência, como forma de enfrentarmos tamanha calamidade”, reitera o reitor.

Se por um lado, a pandemia impôs a necessidade do isolamento social, por outro, empurrou a Universidade ainda mais para perto da comunidade, atendendo às novas demandas sociais. Neste especial, a equipe de jornalismo da UFJF reuniu alguns dos esforços da instituição durante o ano abaixo listados, e trouxe nas demais publicações uma dimensão política para os acontecimentos que, infelizmente, fizeram o Brasil chegar até aqui. 

35 mil vacinados

Entre ações desempenhadas pela Universidade, o projeto extensionista “Juntos contra a Covid-19”, em parceria com a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), aplicou mais de 35 mil vacinas em juiz-foranos. Segundo o coordenador da iniciativa, Thiago César Nascimento, participar da ação de vacinação contra a Covid-19 em cooperação junto à Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, vai muito além do ato de imunizar.

“No cenário de uma pandemia, que essa geração não havia vivenciado, em termos de aprendizado é uma verdadeira sala de aula aberta. É uma ação que possibilita à universidade se colocar como agente de ensino, pesquisa e extensão”, reitera Nascimento.

Na atividade de vacinação, não só os métodos e protocolos de saúde são colocados em prática, na formação dos estudantes também entram aspectos como liderança, importância do trabalho multiprofissional e espírito de equipe. “Assim, a universidade pública exerce seu papel de agente transformador da sociedade”, observa o professor do curso de Enfermagem.

UFJF junto à comunidade

Para a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, a vacinação tem sido um momento muito importante para a UFJF, tanto para apoiar as políticas públicas como para a formação dos estudantes.  A Universidade se viu como parte de uma rede de colaboração e, por meio dos projetos extensionistas, pôde contribuir para atender as necessidades da população.

Foram produzidos 5.553 litros de álcool em gel 70º, 43.250 protetores faciais (faceshield), e 9.500 máscaras “Também cito que mais 28 mil diagnósticos moleculares de identificação da Covid-19, o exame RT-PCR, foram realizados nos laboratórios da Instituição, atendendo ao Sistema Único de Saúde (SUS) dos municípios das regionais de saúde de Juiz de Fora, Leopoldina e Ubá por meio da extensão universitária”, comentou a pró-reitora.

Ainda na área da extensão, das 548 iniciativas realizadas durante o último ano englobando as mais diversas áreas, 102 ações foram direcionadas especificamente ao combate a Covid-19, sendo 83 no campus Juiz de Fora e outras 19 em Governador Valadares. O projetos abarcam várias frentes de atuação e vão desde o suporte psicológico a profissionais de saúde a oficinas de análise de notícias para evitar a disseminação de fake news. 

A Universidade foi muito produtiva em melhorar as condições de saúde da comunidade e, ao mesmo tempo, seja pelo atendimento presencial ou remoto, cumprir sua função social

“Trabalhamos na prevenção, no cuidado e no acompanhamento da população que está sujeita a contaminação pelo vírus. A Universidade foi muito produtiva em melhorar as condições de saúde da comunidade e, ao mesmo tempo, seja pelo atendimento presencial ou remoto, cumprir a função social da instituição e formar os nossos estudantes para atuar nessas situações de extrema emergência sanitária”, finaliza a pró-reitora.

Informação científica ao alcance de todos

Desenvolvida e alimentada por pesquisadores da UFJF, a plataforma JF Salvando Todos publica números e gráficos atualizados sobre a pandemia do novo coronavírus. Além de organizar e disponibilizar o conteúdo, o grupo também reúne, periodicamente, informações de destaque – como os dados de letalidade e de transmissão da Covid-19 – e explica, de forma simplificada e acessível, o que os números representam para Juiz de Fora e região. Até o momento já foram lançadas pelo grupo 29 edições dos boletins informativos.

A plataforma JF Salvando Vidas também conta com uma área virtual dedicada às notas técnicas realizadas pelo Grupo de Modelagem Epidemiológica da UFJF, uma iniciativa motivada pela parceria entre a UFJF e a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Os documentos sistematizam dados de fontes oficiais sobre a pandemia, especificamente os referentes a Juiz de Fora, para efetuar a modelagem e a construção dos cenários possíveis frente aos efeitos da pandemia na cidade. Dessa forma, os pesquisadores auxiliam diretamente nos planos de contingenciamento de leitos, profissionais e equipamentos de saúde.

Pesquisas ativas em todas as áreas do conhecimento

Ainda no campo da ciência, a UFJF contribui com 876 trabalhos de pesquisa, sendo que, entre eles, 106 são direcionados apenas ao combate a Covid-19. Com 3.300 estudantes de mestrado e doutorado, além dos alunos envolvidos em projetos de iniciação científica, a produção científica da Universidade não parou e pode dar respostas claras às novas demandas surgidas com a pandemia.

“Fomos guiados por dois objetivos: no primeiro, manter ativas nossas atividades de Pós-graduação e Pesquisa, nos cercando de toda cautela, cuidados com a biossegurança e com suporte de tecnologias; no segundo, procuramos orientar uma boa parte de nossas pesquisas para o combate à Covid-19, nas diferentes dimensões da doença”, resumiu a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação Mônica Ribeiro.

Há pesquisas em todas as áreas do conhecimento como estudos sobre o impacto da pandemia sobre a saúde mental da população e até produção de vacinas e equipamentos hospitalares. “Desta forma, conseguimos junto às demais instituições públicas do país, contribuir efetivamente para a amenização de seus impactos sobre a sociedade brasileira”, finaliza.

Esforço para formar estudantes da saúde

Apenas no período correspondente ao primeiro ano da pandemia, a UFJF foi responsável em colocar mais de 1.700 profissionais qualificados no mercado de trabalho. Apesar das dificuldades com a suspensão das atividades presenciais, a Universidade tem conseguido se adaptar, por meio do ensino remoto emergencial e, mais recentemente, da liberação das atividades práticas.

“Gostaria de destacar, principalmente, o esforço que a Universidade tem feito, dentro do que a legislação permite, para a colação do grau dos estudantes de saúde. Eles já estão liberados a fazer os estágios presenciais, concluir os cursos e trabalhar no combate a pandemia, dentro de suas áreas específicas, seja na prevenção ou nos cuidados do contágio do vírus”, aponta o pró-reitor de Graduação, Cassiano Caon Amorim.

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