Segundo OMS, AVC é a doença que mais incapacita e a segunda enfermidade que mais mata no mundo (Imagem: Pixabay)

Com o objetivo de levar informação para pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), o projeto de extensão “AVC: Mudando paradigmas para mudar vidas”, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), inicia neste mês um grupo de apoio on-line e gratuito. A iniciativa visa retomar o projeto e as orientações a pacientes e pessoas interessadas no tema, atendendo às recomendações de distanciamento social, devido à pandemia do novo coronavírus. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC, resultado da pressão alta, e conhecido popularmente como derrame, é a doença que mais incapacita e a segunda enfermidade que mais mata no planeta. Vinculado ao Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina (Famed) da UFJF, o grupo de apoio remoto tem como objetivo levar informação sobre a doença, de forma multiprofissional, com a participação de profissionais das áreas de Educação Física, Fisioterapia, Nutrição e Fonoaudiologia, entre outros. 

O coordenador do projeto e professor da Famed,  Leopoldo Antônio Pires ressalta a importância de desconstruir o preconceito sobre o AVC e suas consequências. “É importante destacar que o AVC é uma doença prevenível em mais de 90% dos casos e, quando acontece, é tratável, contendo uma resolutividade alta dependendo do tipo de hospital e sua unidade de AVC. Esse setor é composto de multiprofissionais treinados, que ajudam na recuperação do paciente”, explica. 

A data de 29 de outubro marca o Dia Mundial do AVC, com a finalidade de conscientizar a população sobre a importância de prevenir a doença. O tema deste ano é atividade física, com enfoque principalmente na dança. Durante o mês, serão disponibilizados no site do projeto materiais informativos para a população. 

De acordo com o estudante de Medicina e um dos bolsistas do projeto, Marcelo Brandão Jacob, os encontros inicialmente aconteciam no ambulatório do Hospital Universitário (HU-UFJF). “Nós íamos ao ambulatório e fazíamos uma ‘sala de espera’, como acontece em outros serviços e na atenção primária. Assim era feita uma exposição ao paciente como se fosse uma aula, através de materiais e apresentação de temas relacionados ao AVC.”

Para Jacob, a maior dificuldade durante a suspensão das atividades foi encontrar um método que funcionasse.  “Nosso maior desafio foi encontrar um método de ação que realmente ajudasse a vida das pessoas; então realizamos algumas atividades, como a confecção de novos materiais de biossegurança para a divulgação, e pensamos em ideias para estarmos juntos, mesmo com a distância”.

As reuniões acontecerão mensalmente através da plataforma Google Meet. E os interessados em participar devem enviar e-mail para marcelo.b.j.17@gmail.com. Durante o período de atividades on-line, serão abordados temas como reabilitação, exercícios físicos, orientação sobre tabagismo, uso de álcool e alimentação. 

Outras informações
marcelo.b.j.17@gmail.com