Curso acontece nesta quinta-feira, 27

O Fala Ciência, curso de comunicação pública da ciência e tecnologia, chega à sua oitava edição nesta quinta-feira, 27, e acontece inteiramente on-line. Voltado para o compartilhamento de práticas e estratégias de divulgação científica, o evento é destinado a estudantes e professores que se preocupam em comunicar a ciência para a sociedade.

O curso será transmitido das 9h às 17h pelo canal oficial da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) no Youtube. A programação é aberta para todos, sendo que os interessados em receber certificados de participação no evento devem inscrever-se pela página do evento no Sympla

O 8º Fala Ciência é composto por três mesas-redondas e, de 15h30 às 17h, disponibiliza três sessões simultâneas – no caso delas, o objetivo é aproximar os palestrantes e espectadores, cedendo espaço para uma experiência mais interativa por meio do envio de perguntas e observações durante as apresentações. Nesta matéria, você confere os detalhes e os convidados dessas sessões paralelas.

Escola Básica: lugar de divulgação científica
Nesta sessão, as escolas de ensino básico são abordadas como terrenos férteis para desmitificar a ciência, não somente junto aos alunos, como também aos professores. “Minha participação será fundamentada na experiência com ‘A ciência que fazemos’, um projeto da UFJF baseado em trabalhar a divulgação científica a partir da formação de divulgadores da ciência. Nosso objetivo principal é fazer com que os estudantes das escolas, por meio de conversas com pesquisadores e alunos já familiarizados com projetos de pesquisa, entendam como é o processo científico e, ainda, que ele é produzido por pessoas como eles”, apresenta o professor José Guilherme Lopes, um dos convidados da sessão.

Conversa entre pesquisadores e estudantes da rede pública é parte do projeto “A ciência que fazemos” (Foto: Maria Otávia Rezende)

Lopes estará acompanhado do pesquisador Luciano Mendes, secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Minas. “Pretendo discutir a escola como clássico espaço/tempo  de divulgação científica nas sociedades modernas, mas também como espaço de destruição de outras epistemologias”, antecipa Mendes. A mediação será feita pela jornalista Ana Eliza Ferreira. 

Divulgação científica ao pé do ouvido: surfando na onda do podcast
A sessão sobre a divulgação científica em podcasts, por sua vez, apresenta formas de construir e preparar programas que caiam no gosto tanto de pesquisadores quanto de ouvintes. “A maior vantagem do podcast é o potencial que o formato tem de atingir um grande número de ouvintes e conseguir, com isso, ir além da bolha de leitores que costumamos alcançar com nossos textos”, adianta o jornalista Bernardo Esteves, participante da sessão.

Ao lado dele, estará a também jornalista Bia Guimarães. “Sempre gostei de jornalismo literário, e é isso que faço hoje, só que em áudio e com foco em ciência”, resume. Ambos os convidados apresentam e roteirizam seus respectivos podcasts: Esteves representa o programa A Terra é redonda, vinculado à revista Piauí; já Guimarães, o podcast 37 graus, cuja série mais recente foi realizada em parceria com a Folha de São Paulo. A mediação da sessão fica por conta da jornalista Laís Cerqueira.

Assessoria de imprensa: agite antes de usar
Já a sessão sobre como estreitar a relação entre pesquisadores e assessorias de imprensa recebe os os jornalistas Carlos Orsi e Bruno Lara, editor-chefe da Revista Questão de Ciência e pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade de Brasília (UnB), respectivamente. 

“É importante, ao sair do problema inicial das assessorias, de levar o pesquisador a falar numa linguagem mais próxima à do público e se colocar à disposição da imprensa, estar atento para o problema que surge a seguir, e que é especialmente grave no mundo das novas mídias – o da distorção do conteúdo”, sintetiza Orsi. Bruno Lara complementa: “O principal objetivo desta mesa é sacudir as assessorias de imprensa para o que precisa ser feito para melhorar a relação com pesquisadores e enfrentar o desafio de lidar com as novas e antigas mídias.” A sessão será mediada pela jornalista Lea Medeiros.

Outras informações:
Programação e inscrições para certificado