Curso acontece na quinta-feira, 27

Sempre aberto ao público interessado em como comunicar a ciência de forma mais abrangente e eficaz, o Fala Ciência chega à sua oitava edição e, pela primeira vez, transmite sua programação ao vivo por meio da internet. O curso de comunicação pública da ciência e tecnologia acontece na próxima quinta-feira, 27, e recebe uma série de convidados para discutir experiências na área de divulgação científica e estratégias voltadas para aumentar a visibilidade da ciência produzida no país. 

O evento é organizado pela Rede Mineira de Comunicação Científica (RMCC), criada em 2014 para promover a união e o fortalecimento dos profissionais divulgadores de ciência, tecnologia e inovação em Minas Gerais. Toda a programação será transmitida publicamente pelo canal oficial da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) no Youtube. Os interessados em obter a certificação de 8 horas de participação devem inscrever-se pelo Sympla

Ao todo, o curso é composto por três mesas-redondas e três sessões, estas últimas acontecendo simultaneamente na parte da tarde. Nesta matéria, você confere os detalhes e os convidados das mesas-redondas.

Divulgação científica e Covid-19: ação e pesquisa
A primeira mesa-redonda acontece às 9h30, logo após a abertura oficial do evento. O tema da conversa é a cobertura jornalística da Covid-19, e ela será protagonizada pelos jornalistas Luisa Massarani, coordenadora do Instituto Nacional de Comunicação Pública em Ciência e Tecnologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Luis Felipe Fernandes Neves, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde da Fiocruz.

“Nesse contexto de pandemia, reforça-se o papel da mídia na comunicação e na divulgação científica, no sentido de prover informações e evitar a disseminação de fake news. Com o noticiário tomado por gráficos, números, termos e conceitos científicos, também é um momento oportuno para se estudar a comunicação da saúde e da ciência”, pondera Neves. A apresentação será mediada pela jornalista Fernanda Fabrino, da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Políticas institucionais de divulgação científica
A segunda mesa-redonda começa às 11h e aborda como a divulgação científica é trabalhada em diferentes instituições públicas de pesquisa. “É ciência feita com recurso público, portanto, a sociedade deve acompanhar o desenvolvimento dessas pesquisas e entender o impacto social delas”, avalia  a jornalista Diélen Borges, representante da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

Junto a Borges, a mesa-redonda recebe as jornalistas Édina Ferreira (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Sônia de Oliveira (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais), Nayane Breder e Priscilla Fujiwara (ambas vinculadas à Fundação Ezequiel Dias). A Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais também se faz presente por meio da mediação de Marisa Cardoso. 

Por que os cientistas (mais do que nunca) precisam falar com os jornalistas
A última mesa-redonda do 8º Fala Ciência tem como convidadas as jornalistas Amanda Milléo, da Gazeta do Povo, e Sabine Righetti, da Agência Bori. “Esse é um momento em que o leitor se esquece de que na ciência não há muitas certezas, mas sempre mais dúvidas, e a fonte se esquece que o tempo da ciência é, em geral, muito mais lento do que a vida normal exige”, adianta Milléo, referindo-se à atual pandemia do coronavírus e a urgência de fontes científicas para informar o público sobre o tema.

Serão debatidos assuntos como a importância da disponibilidade dos pesquisadores para entrevistas, bem como os meios para consolidar uma relação de confiança entre cientistas e comunicadores. A jornalista Diélen Borges atua como mediadora.

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