Iniciativa integra programa de fomento ao empreendedorismo tecnológico feminino, o Adas Tech (Foto: Pixabay)

Com um workshop nesta quarta-feira, 22, e duas lives na quinta, 23, o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), dá sequência à 14ª semana de eventos on-line durante o período de isolamento social.  Desta vez, o projeto “Critt na Quarentena” trata de estratégias operacionais, cidades e empresas inteligentes. O Centro promove ainda uma palestra com o tema “Lugar de mulher é também na tecnologia”, como ação de seu novo programa de fomento ao empreendedorismo tecnológico feminino, o Adas Tech. As atividades são gratuitas e abertas ao público.

Critt Talk
O workshop “Estratégias operacionais: como otimizar processos de produção nas empresas?” acontece nesta quarta, 22, às 15h, na plataforma da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RPN). A gerente de Planejamento e Gestão do Critt, Débora Marques, recebe Lillian Cherrine, mestre em administração na área de estratégia, inovação e competitividade, especialista em finanças e coordenadora do curso de administração do Centro Universitário Universo Juiz de Fora. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo Sympla

Para Lillian o tema é relevante, tendo em vista o atual cenário de mudanças e incertezas que atinge diretamente as organizações. “Portanto é imprescindível que as empresas revejam seus processos e que os otimize. Somente com foco na melhoria da gestão de seus processos as organizações poderão aprimorar resultados, reduzir custos e recursos, reduzir tempo de execução, aumentar a qualidade de produtos e serviços, alinhar objetivos e, em especial satisfazer os clientes, inovar e atingir vantagem competitiva.” 

Critt Live
A edição do Critt live tem como tema “Smart Cities: como tornar cidades e empresas mais inteligentes?”. Débora Marques conversa desta vez com o analista do Sebrae Minas, Paulo César Veríssimo. Entre os assuntos em pauta estão o conceito de cidades inteligentes e as formas de adaptação das empresas às demandas contemporâneas. “As cidades precisam se reinventar. A tecnologia está sendo usada em larga escala pelos cidadãos. Os gestores públicos e os empreendedores devem ficar atentos a esse movimento e trabalhar para melhorar a gestão das cidades”, ressalta Veríssimo. A live acontece nesta quinta-feira, 23, às 17h, no perfil oficial do Critt no Instagram

Adas Tech
Já a live “Lugar de mulher é também na tecnologia” acontece, na quinta-feira, desta vez às 19h, no canal do Critt no Youtube, aberto ao público. A iniciativa é uma das ações de divulgação do edital do novo programa de fomento ao empreendedorismo tecnológico feminino do Critt, o Adas Tech.  

Participam da conversa três empresárias do mercado de tecnologias: a economista, comunicadora e líder do Grupo Mulheres do Brasil Vale do Silício, Cynthia Michels, a sócia fundadora da agência de mídia social E-Dialog, Gihana Fava, e a CEO na empresa de software Emiolo.com, Thelma Valverde.   

Para Cynthia, a temática da live é muito importante por unir duas das grandes protagonistas da nossa sociedade: as mulheres e a tecnologia. “Enquanto a tecnologia é uma ferramenta, a mulher tende a ser aquela que, por ter um olhar mais holístico, busca criar e usar tecnologias que respeitem a vida e promovam a harmonia do coletivo”.

Já Thelma pretende abordar o empreendedorismo feminino com base em sua história de vida. Formada em biologia pela UFJF, desde 2014 é CEO da empresa Emiolo.com, e afirma que deixar a carreira na área de origem foi uma grande virada. “Decidi empreender, e durante essa trajetória vi que minha aptidão era muito mais lidar com o intraempreendedorismo do que ser uma bióloga técnica. Tive várias dificuldades, quero mostrar também isso, que não é fácil. Mostrar o lado das dificuldades, mas também o lado da superação.” 

Gihana, por sua vez, afirma que no mundo do empreendedorismo é necessário ter resiliência. “Muitos cenários, pessoas e momentos que envolvem ter uma empresa vão estar te dizendo não. A coisa mais comum que vai acontecer quando se empreende é ouvir um não. O que é preciso é superar o primeiro não. Depois de superá-lo, todos os outros ficam mais fáceis porque você já deu seu primeiro sim”.    

De acordo com Débora Marques, mesmo mulheres sendo a maioria entre os novos empreendedores, ainda há grande restrição na área tecnológica. “Mulheres têm empreendido cada vez mais, porém em áreas típicas do universo feminino, como beleza, estética, vestuário e alimentação. Nós vemos uma necessidade de problematizar essa questão, levar as mulheres a cargos de lideranças, motivá-las e fazer entender que é possível investir no ramo tecnológico”. 

O projeto é uma iniciativa realizada em parceria com o Grupo Mulheres do Brasil, com o Sebrae e com as startups Treinar Mais, Extraclass e Somma.

Outras informações
treina.critt@ufjf.edu.br Setor de Treinamento do Critt