“Não contém glúten” leva o mesmo nome de documentário lançado no RJ por Kethleen Formigon e reúne vídeos, podcasts e textos em diferentes plataformas (Imagem: Pixabay)

Imagina crescer acreditando que a comida faz mal para você? Foi assim que a estudante de Rádio, TV e Internet, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Kethleen Formigon, começou a se sentir, após ser diagnosticada, ainda na infância, com a doença celíaca. A falta de informação fez com que a estudante criasse o primeiro projeto multiplataforma do país sobre a doença. O “Não contém Glúten” leva  o mesmo nome da produção lançada no Rio de Janeiro no início deste ano.

O projeto visa informar e dar voz à comunidade celíaca, além de conscientizar a sociedade sobre a condição, através de vídeos, podcast e textos publicados quinzenalmente nas plataformas Youtube, Spotify, site e Instagram.  

Relacionada à ingestão de glúten – proteína presente em cereais como trigo e cevada -, a doença atinge cerca de 1% da população mundial. De acordo com Ketheleen os conteúdos são pensados através das dúvidas que surgem sobre o assunto. “Eu faço parte de grupos no Facebook, interajo com o Instagram do projeto e transformo as dúvidas das pessoas em conteúdo. Para produzir, peço indicação, pesquiso e entro em contato com um profissional da saúde e com pessoas que trabalham com a doença. Sempre baseada na necessidade da comunidade celíaca e com o apoio de pessoas que entendem do assunto”, explica.

Não contém glúten
Kethleen produziu  o primeiro documentário do Brasil sobre a doença celíaca, nomeado Não Contém Glúten. Após ver a repercussão do curta-metragem, a produtora de conteúdo percebeu a necessidade de ampliar o trabalho. Foi assim, carregando o mesmo nome do documentário, que o projeto “Não Contém Glúten” passou por um intenso processo de expansão, a fim de produzir e levar informação pelos diferentes meios de comunicação.

Diagnosticada com a doença celíaca aos 2 anos de idade, Kethleen encontrou a oportunidade de produzir o filme na disciplina de direção de documentário, junto com a equipe de estudantes do  RTVI e colaboradores. “Eu tive a ajuda de colegas de trabalho desde o início. Sem eles, o projeto não estaria no ar. Me sinto muito feliz pelo trabalho que começou nos muros da Faculdade e conseguiu se estender para fora dela. O objetivo do projeto é ajudar outras pessoas e conscientizar a sociedade. É interessante abordar um tema pouco conhecido em formatos diferentes”, destaca.

O projeto
Feito totalmente online, o projeto “Não Contém Glúten” pode ser acessado pelo computador, tablet ou smartphone. A multiplataforma conta com entrevistas, podcast e quadros como “Relato de Celíaco” e “Celíacos que fazem a diferença”; um espaço voltado para o público enviar seus depoimentos e histórias, além de dar voz a pessoas que trabalham com o tema há anos sobre a condição no Brasil.

Kethleen reforça a necessidade de levar informação correta para as pessoas celíacas. “Temos que conscientizar a sociedade que não é frescura retirar o glúten da dieta. Para isso, é importante a colaboração das pessoas, seja com a divulgação, compartilhando e seguindo nossas redes sociais, ou através de patrocínio e parceria. Para produzir informação de qualidade e confiança, é necessário manter uma equipe e o site. Tudo isso gera gastos; então qualquer doação e patrocínio é bem-vinda.

Para se tornar um parceiro ou participar do projeto, basta enviar e-mail para o endereço: naocontemglutendoc@gmail.com 

Outras informações
@naocontemglutendoc 

naocontemglutendoc@gmail.com