Filme produzido por Kethleen Formigon estreia neste sábado, no evento Rio sem Glúten (Imagem: Visualhunt)

Você já pensou em como é a vida de alguém com restrição alimentar? O documentário “Não contém glúten”, produzido pela estudante de Rádio TV e Internet da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Kethleen Formigon, retrata a vida e a experiência de quatro celíacos. A produção realizada em uma disciplina do curso, estreia neste sábado, 1º, no “Rio sem Glúten”, no Rio de Janeiro.

O evento conta com realizadores e apoiadores no ramo de alimentos sem glúten aptos para celíacos. Após a exibição do documentário, além de outras atividades, está programada uma roda de conversa sobre a vida sem glúten, mediada por Raquel Benati, fundadora do “Rio Sem Glúten”, e Suzane Boyadjian, com participação especial da diretora do Centro Brasileiro de Apoio Nutricional (CBAN), Noadia Lobão.

Kethleen ressalta o desejo de usar o documentário como forma de conscientizar celíacos e principalmente pessoas não celíacas. “Até hoje existe muito preconceito quando você diz que não pode consumir glúten. As pessoas não entendem que doença celíaca é completamente diferente de dieta, de alergia ao trigo, de intolerância.”

Não contém glúten
Em dezembro de 2019, o documentário foi reconhecido na primeira página da terceira edição da Revista Zero Glúten e Lactose, dirigida por profissionais de comunicação e saúde. A revista é produzida em Joinville (SC) e distribuída em alguns estados do Brasil e em Portugal. 

Diagnosticada com a doença celíaca aos 2 anos de idade, Kethleen encontrou a oportunidade de produzir o documentário junto com a equipe de estudantes do  RTVI e colaboradores. “O filme inicialmente foi feito para a disciplina de direção de documentário. Era ali que tínhamos que provar o que aprendemos durante o curso. Montar o roteiro, trabalhar com o real, isso foi essencial, pois tive base para produzir.”

A estudante destaca ainda a dificuldade de encontrar informações corretas sobre o assunto. “Meu papel como produtora audiovisual – e sendo celíaca – é contribuir para a conscientização sobre o assunto e ajudar cada vez mais a levar o tema adiante para, no futuro, mais pessoas entenderem que nossa condição precisa de cuidados. A doença é grave e atinge cada celíaco de uma forma, podendo inclusive matar.”

A estreia é gratuita e acontece na Rua São Clemente, 172, loja D -, em Botafogo, no Rio de Janeiro, a partir das 14h.

Outras informações
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