Estudantes, professores e técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) serão ouvidos a partir desta quinta-feira, 28, sobre suas condições de acesso digital. O diagnóstico será feito preferencialmente por meio de formulário no Siga e tem como objetivo conhecer o perfil da comunidade acadêmica para, eventualmente, subsidiar ações futuras próximas e posteriores ao fim da pandemia da Covid-19.

Uma das preocupações na aplicação do formulário é justamente torná-lo acessível ao máximo de participantes possível, incluindo aqueles com acesso restrito à internet, computador, dispositivos móveis ou outras tecnologias da tecnologia da informação e comunicação. Por isso, além do Siga, outros meios de coleta de dados serão possíveis por telefone ou mesmo correio. 

“A nossa Central de Atendimento está elaborando uma estratégia de chegar até os alunos, principalmente aqueles que têm características de pertencerem aos grupos mais vulneráveis, além daqueles cujos endereços remetem a locais muito interioranos”, explica a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Mônica Ribeiro de Oliveira. Profissionais da Central de Atendimento atuarão de forma remota, para entrar em contato com o público pelo telefone.

O formulário foi elaborado em conjunto pelas pró-reitorias com embasamento técnico e metodológico de professores de Estatística da instituição. Levantamentos semelhantes têm sido feitos por diversas outras universidades do país como a das universidades federais da Bahia, de Pelotas, do Espírito Santo e da Paraíba. A UFJF teve contato com algumas delas, aprimorando e adaptando as ferramentas utilizadas para a realidade da instituição.

O formulário traz questões divididas em quatro blocos. O primeiro dedica-se aos dados de identificação dos respondentes, a critério dos mesmos. “Ressalta-se que esse é um instrumento de política institucional e que os dados não serão divulgados de forma identificada”, explica Mônica Oliveira. Nesse bloco já ocorre uma diferenciação entre os segmentos, ou seja, se o respondente é discente, docente ou técnico-administrativo em educação. O segundo conjunto de perguntas refere-se à saúde dos respondentes no contexto da pandemia. O terceiro bloco inclui o acesso a equipamentos e recursos digitais, e o último trata de questões de ordem socioeconômicas. “Do cruzamento desse amplo conjunto de questões é que pretendemos acessar ao perfil de nossos três segmentos”, conclui a pró-reitora.

A participação da comunidade no diagnóstico não implica em adoção de atividades a distância. O intuito é conferir embasamento a decisões estratégicas de enfrentamento pedagógico e administrativo a serem tomadas pelas instâncias universitárias, tanto os Conselhos Setoriais, quanto o Conselho Superior (Consu). O reitor Marcus David chamou atenção para o desafio da educação superior no contexto da pandemia e de restrição das atividades presenciais, sendo  necessário o debate a partir do diagnóstico. 

O formulário permitirá várias possibilidades de leituras e cruzamentos de dados para que se obtenha um perfil da comunidade acadêmica. “Poderão ser realizados estudos sobre distribuições de frequências e gráficos para percentuais de estudantes com e sem acesso à internet e relacioná-los aos dados sobre as condições socioeconômicas, por exemplo. Poderá ser avaliado o interesse do docente em ter algum tipo de formação continuada para atuar com tecnologias digitais, bem como a opinião dos mesmos sobre a adoção das atividades remotas como possibilidade de substituição momentânea às atividades presenciais”, citou a pró-reitora Mônica Oliveira.

Desde já a Central de Atendimento está responsável por tirar dúvidas da comunidade acadêmica pelo e-mail faleconosco@ufjf.edu.br ou pelo Whatsapp (32) 2102-3911. O número também funciona para ligações.