Para Rafaella Prata Rabello, a metodologia científica na área de Comunicação é pouco desenvolvida e as pesquisas acabam deslizando por campos de conhecimento existentes há mais tempo (Foto: Gustavo Tempone/UFJF)

Estudantes, professores e profissionais da área tiveram, nesta segunda-feira, 10, a oportunidade de discutir o tema “Des(construindo) a metodologia de pesquisa em Comunicação”, ministrado pela professora substituta da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Rafaella Prata Rabello. Segundo a pesquisadora, a ideia principal da palestra é quebrar paradigmas e conceitos científicos em relação à metodologia de pesquisa. 

“Sempre há uma corrente teórica X em detrimento da corrente Y para mostrar mais poder intelectual ou que sabe mais sobre determinado autor.” A crítica da palestrante baseia-se na teoria de que a Comunicação apresenta-se como um campo do conhecimento acadêmico com uma metodologia pouco desenvolvida, se comparada a outras áreas. “Muitas das vezes o orientador não consegue trabalhar a fundo com o aluno, que se sente perdido. Ficam deslizando por campos de conhecimento que já existem há mais tempo, como História, Economia e Direito”, argumenta.

Rafaella afirma que o contato direto com os estudantes é o melhor caminho para a mudança almejada pelos pesquisadores de vanguarda. “A partir do momento em que a gente desconstruir esses conceitos com os estudantes, abrindo novas perspectivas, eles terão a chance de fazer escolhas melhores que as nossas”, ressalta. 

A iniciativa, que contou com o apoio do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCom) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), teve transmissão ao vivo, pelo Instagram, realizada pelo grupo de pesquisa Comunicação, Cidade e Memória (Comcime), coordenado pela também professora da Facom, Christina Musse.

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