Alunos e professores da Escola Estadual Manoel Carneiro no encontro promovido pelo projeto A Ciência que Fazemos. (Foto: Renata Iarola)

A tela do seu celular é uma das primeiras coisas que grande parte das pessoas vê ao acordar e, muitas vezes, é uma das últimas coisas vista antes de dormir. Ao longo do dia, nós ainda acessamos o smartphone algumas dezenas de vezes, navegando por inúmeros aplicativos, incluindo as redes sociais. 

É justamente por meio dessa interação que obtemos grande parte das nossas informações diárias. Poucas vezes, no entanto, questionamos as informações disponibilizadas nesse meio. Para conversar a respeito da aplicação da Estatística na coleta de dados e nas diferentes áreas do conhecimento, os professores do Departamento de Estatística, Augusto Souza e Lupércio Bessegato, visitaram os alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Manuel Carneiro das Neves nesta quinta-feira, 31. O encontro faz parte do projeto de extensão “A ciência que fazemos”.

Uma profissão promissora

“O processamento de dados está para o século XXI, assim como o petróleo esteve para o século XX”, explica Souza. Com as provas de vestibular cada vez mais próximas, não é raro que as dúvidas a respeito da formação superior se tornem ainda mais latentes entre os estudantes. Sabendo disso, Souza conversou com os alunos a respeito da área de Estatística, até então, pouco conhecida entre eles, mas que como logo descobriram, está se tornando cada vez mais importante na economia mundial.

Durante a conversa, Souza explica que a estatística está em todos os lugares. “Esse fator é potencializado pelo perfil do profissional que pode atuar em diferentes áreas e nichos do mercado de trabalho; seja monitorando medicamentos, esportistas, políticas públicas ou finanças”. A flexibilidade da profissão que permeia diferentes campos do conhecimento, despertou interesse nos participantes do encontro. Os professores que também assistiram à apresentação se interessaram em aproximar o tema daqueles já trabalhados por eles em sala de aula.

Levando a pesquisa para as escolas

Informações sobre o valor dos dados gerados com interações nas redes sociais despertam a atenção dos estudantes. (Foto: Renata Iarola)

“Dados são comumente associados apenas a números ou algoritmos. É importante entender que dados podem ser também palavras, ideias ou até mesmo fotos”, explicou Bessegato. Uma das pesquisas que desenvolve dentro da Universidade está justamente relacionada à análise exploratória de dados. Para melhor dialogar com os estudantes, Bessegato contou com a participação do bolsista de iniciação científica, Calvin Rodrigues, que explicou, através de infográficos interativos, o funcionamento do projeto que desenvolvem. 

Para os estudantes, bastante familiarizados com o uso das redes sociais, não foi difícil perceber a aplicação direta da estatística no cotidiano. “Não sabia que o Instagram conseguia captar nossa voz. Achei muito interessante a explicação, sobretudo para entender como a Estatística faz uso dessas informações de dados para definir padrões de consumo”, relata o estudante Leonardo Nascimento.