Apesar do nome técnico soar desconhecido, os recursos energéticos distribuídos (RED) já são uma tecnologia familiar no cotidiano. Dos sistemas residenciais de energia solar fotovoltaica até os geradores à diesel para estabelecimentos comerciais, os REDs têm mudado a forma como os brasileiros consomem energia. Para discutir o tema, a Faculdade de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe, na sexta-feira, 8, representantes dos principais órgãos do setor elétrico do país. Eles participam do ciclo de palestras “Perspectivas e desafios da utilização de recursos energéticos distribuídos”. 

Recursos energéticos distribuídos, os REDs, já fazem parte de nosso cotidiano, abrangendo de sistemas residenciais de energia solar fotovoltaica a geradores à diesel para estabelecimentos comerciais (Foto: Bruno Glatsch/Pixabay)

A programação tem início às 8h, no Auditório 1 do Edíficio Itamar Franco. O evento é aberto à comunidade e gratuito. No entanto, pede-se a doação de um quilo de alimento não perecível. As inscrições podem ser feitas on-line através do formulário, estando sujeitas à lotação do auditório. 

Além de membros da Petrobrás e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a programação ainda traz alunos egressos da UFJF que, atualmente, ocupam cargos representativos no setor nacional, como o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Rodrigo Limp, e o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral. “É uma oportunidade interessante para os estudantes, pois oferece contato com profissionais do setor e com um assunto contemporâneo e extremamente atual”, avalia Janaína Gonçalves de Oliveira, professora do Departamento de Energia Elétrica e uma das organizadoras do evento. 

Para Janaína, o tema é de grande relevância por representar uma mudança significativa de paradigma no papel do consumidor e na forma como a energia é gerada e distribuída no país. “De uma perspectiva técnica, é uma ótima oportunidade dialogar com profissionais que estão inseridos na regulação e no planejamento do sistema. A pesquisa científica é inerente a esse processo de transformação que o sistema elétrico está sofrendo. Mesmo que um pesquisador da área não trabalhe diretamente com os recursos energéticos distribuídos, ele vai ser afetado por essa mudança.” 

A iniciativa também é organizada pelos professores do Departamento de Energia Elétrica, André Marcato e João Passos, em parceria com o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e a empresa Deode Inovação e Eficiência.