Descrição original, feita por alunas da E. E. Sebastião Patrus de Sousa, e o desenho finalizado pela estudante Gabrielle Lacerda (Foto: Divulgação/Gabrielle Lacerda)

 

O universo dos games é vasto, mas o que muitos têm em comum é a criação de personagens. Com eles, os jogos ganham vida e permitem a imersão dos jogadores em um ambiente completamente novo. Para isso, ao criar um personagem é importante se atentar a seus atributos, características e acessórios. Pensando nisso, a pesquisadora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Letícia Perani, lançou um desafio para alunos do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio: desenhar personagens como se eles integrassem este vasto universo.

Desafio faz parte do projeto “A ciência que fazemos” (Imagem: Ramiro Liquer)

A inspiração dos alunos, por sua vez, também serviu de estímulo para membros do projeto de extensão “Design e Cultura dos Jogos Online”. Guiados pelos desenhos originais dos alunos, os estudantes da Universidade redesenharam os personagens – e, agora, o resultado dessa interação está exposta no Orquidário do Jardim Botânico da UFJF. Intitulada “A ciência que fazemos”, uma vez que os desafios de Letícia Perani são propostos por meio do projeto de extensão homônimo, a exposição segue até dia 16 de dezembro.

Serão expostos desenhos de alunos das Escolas Estaduais Sebastião Patrus de Sousa, Delfim Moreira, Clorindo Burnier e do Colégio Nossa Senhora do Carmo. Os dois desenhos serão colocados lado a lado, permitindo que o público veja o processo de criação, levando em conta o contexto de produção de personagens e acessórios para games.

A criatividade como opção
Realizado em conjunto com a Coordenação de Divulgação Científica da Diretoria de Imagem Institucional da UFJF, o projeto “A ciência que fazemos” é uma iniciativa que leva pesquisadores da UFJF até escolas, de forma a desmistificar o trabalho feito por pesquisadores e despertar interesse dos alunos para os mais diversos ramos da ciência. Em outubro de 2018, o projeto foi exposto no Centro de Ciências. “Ano passado recebemos muitos visitantes. Acreditamos que esse ano vamos ter uma boa média de visitação também. É algo que nos anima muito, pensar que o público de Juiz de Fora pode ver um pouquinho do nosso trabalho no IAD e da criatividade dos alunos das escolas pelas quais nós passamos”, avalia Letícia Perani.

A personagem Princesa Helena, representada acima, foi inspirada na avó de uma aluna do E. E. Delfim Moreira (Imagem: Naiara Castro)

Segundo a pesquisadora, levar esse trabalho para os alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio é muito importante. “Esta é a fase em que os jovens estão começando a pensar sobre seu futuro, então, eles poderem ver que a área criativa também pode ser uma opção viável é algo que nos interessa bastante”, revela. Além disso, destaca que as visitas são uma chance dos alunos expressarem a criatividade e descobrirem novos interesses.

Letícia aponta que o projeto também é essencial para os alunos do IAD. “Muitos deles vêm de escolas públicas, então eles sabem das dificuldades. Eles se sentem muito gratos em poder ir às escolas e passar um pouco do que eles estão aprendendo na faculdade.”

Exposição “A ciência que fazemos”
Data: 18 de outubro a 16 de dezembro
Funcionamento: Terça a sexta-feira: 8h às 17h / Domingo: 9h às 17h
Local: Orquidário do Jardim Botânico da UFJF
Entrada gratuita até 16h