Uma roda de conversa realizada na tarde da última quarta-feira, 16, abordou formas e estratégias para tornar o ambiente universitário cada vez mais inclusivo. A atividade foi promovida por um grupo de trabalho responsável por ações ligadas à temática no campus Governador Valadares, o GT Acessibilidade, e contou com palestras das professoras Katiuscia Vargas Antunes e Mylene Cristina Santiago, ambas integrantes do Núcleo de Apoio à Inclusão (NAI) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
O evento “Inclusão no ensino Superior: desafios e possibilidades” discutiu temas como arquitetura, transporte e comunicação do campus e como garantir que essas áreas sejam acessíveis a todos os membros da comunidade acadêmica.
A gerente de Graduação do campus, Andreia Queiroz, participou da roda de conversa e considerou a atividade “muito proveitosa”, pois o setor recebeu “diversas sugestões de condutas para encaminhamento dos casos dos alunos que precisam de mais ações para uma melhor inclusão”.
O resultado do evento também chamou a atenção da coordenadora do NAI. “Fizemos um trabalho de conscientização e discussão a respeito da inclusão no ensino superior, os desafios que são postos à universidade, tema que precisamos nos aproximar. Foi uma oportunidade boa ter levantado esse debate a respeito do tema. Espero que as pessoas possam multiplicar o que ouviram, o que debatemos, e que possamos fortalecer esse trabalho de inclusão no campus”, afirmou Katiuscia Vargas Antunes.
Reuniões em GV visam à integração entre atividades dos campi
Além de participarem da roda de conversa, as integrantes do NAI participaram de diversas reuniões de trabalho com coordenadores de cursos, setor de Assistência Estudantil, Graduação e com o GT Acessibilidade. O objetivo foi compartilhar ações realizadas no campus sede e promover a integração delas com o campus de Governador Valadares.
Após a série de encontros, a equipe do núcleo pontuou encaminhamentos a serem colocados em prática no campus avançado: “O GT Acessibilidade passa a ser uma parte do NAI em GV, para atuar coletivamente nessas ações de inclusão. Espero que a gente consiga efetivar esse processo de integração, e que possa estar cada vez mais perto na construção de políticas e práticas inclusivas na UFJF nos dois campi”, declarou Antunes.
E uma dessas medidas já deve ser implementada já no início de 2020, como prevê a gerente de Graduação da UFJF-GV. “É possível que nas matrículas do próximo semestre já tenhamos uma banca para receber e analisar as demandas específicas de cada estudante com necessidades especiais, com o objetivo de trabalhar melhor inclusão dos discentes desde o início do curso”, explicou Queiroz.
Na avaliação da professora do curso de Educação Física da UFJF-GV e coordenadora do GT Acessibilidade, os objetivos das atividades foram alcançados. Segundo Silvana Lopes Nogueira Lahr, entre as principais contribuições do evento está “o maior interesse, especialmente dos discentes, em questões ligadas à inclusão e acessibilidade”, com uma “provocação para que esses temas sejam mais valorizados e discutidos dentro da instituição”.