Com o intuito de estreitar a relação entre os estudantes e a população, apresentando parte do trabalho realizado dentro da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e sua importância para a comunidade, será realizado, neste sábado, 25, o evento “Povo com Ciência”. A iniciativa, que ocorre das 9h às 13h, no calçadão da Rua Halfeld, é promovida pelo Diretório Acadêmico Professor Walter Machado Couto (Dacbio), do curso de Ciências Biológicas da UFJF, em parceria com o Diretório Central dos Estudantes (DCE).

O evento é uma iniciativa da Entidade Nacional de Estudantes de Biologia (Enebio), movimento que teve início nos tempos de Ditadura Militar, com a busca pelo reconhecimento do curso junto ao Ministério da Educação (MEC) e, atualmente, engloba centros e diretórios acadêmicos de Biologia por todo o país.

“O acontecimento integra o calendário de lutas das universidades e dos movimentos estudantis contra este retrocesso na Educação, com os cortes anunciados pelo Governo Federal. Os atos estão marcados para os dias 25 e 26, em todo o país. No nosso caso, contamos com quase 20 setores da Biologia que envolvem laboratórios, empresa júnior, Jardim Botânico, dentre outros”, explica o estudante de Biologia Matheus Vieira Domingues, um dos organizadores do evento.

Na programação, estão previstas aulas de Biologia ao ar livre, contendo mesas de exposições didáticas, pesquisas desenvolvidas na UFJF e em outras instituições federais, além de outras atividades.

“O pessoal vai conversar com a população, de modo acessível, sobre tudo o que fazemos dentro da Universidade e qual o impacto direto dela na sociedade. Cada laboratório ficou responsável por desenvolver sua própria didática e metodologia. Teremos mostras e exposições de animais, cartazes, aulas ao ar livre e até mesmo um cafezinho; tudo da forma mais simples possível, para que possamos nos aproximar da população, no sentido de conscientizá-la”, informa Domingues.

Ainda segundo o estudante, a conscientização da população é essencial para que ela possa refletir sobre o papel da universidade pública no desenvolvimento nacional e na diminuição das desigualdades regionais. “A própria academia é um campo de lutas e nós, pesquisadores, escolhemos lutar do lado da população. Nossos projetos são desenvolvidos a partir de demandas populares. Fazemos um embate delas no campo científico, com o objetivo de colaborar nessa luta. Este é um exemplo de impacto direto do mundo acadêmico na vida da população”, finaliza.

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