O que Freddie Mercury, Simaria e Mc Catra têm em comum? Em um primeiro momento, você poderia pensar apenas no fato de todos serem figuras públicas. Esta constatação também foi a primeira ideia que passou pela cabeça dos alunos da Escola Municipal José Calil Ahouagi. Eles receberam a visita da pesquisadora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Isabel Leite, para o bate-papo “Uma injeção de ciência: a cura pela pesquisa”, promovido pelo projeto “A ciência que fazemos”, nesta segunda-feira, 1°.
Durante a visita, os alunos dos 6º e 7 º anos ficaram por dentro de fatos inusitados sobre as celebridades tão bem conhecidas entre os jovens estudantes. Sempre que a pesquisadora revelava a foto de uma celebridade diferente, um alvoroço se fazia presente na sala para tentar adivinhar quem era o tal famoso. O que os alunos não sabiam, porém, era que cada uma daquelas pessoas sofreu com doenças graves. Como revelou Isabel, Mercury foi diagnosticado como portador do vírus HIV; Simara teve que passar pelo tratamento de tuberculose; e Mc Catra não resistiu ao desenvolvimento do tumor no pâncreas. As principais formas de contágio, as causas e as precauções desses tipos de debilidades são os temas que comandaram o bate-papo com a pesquisadora.
À medida que a conversa fluía e o laço entre a professora acadêmica e os alunos do ensino fundamental se estreitava, os próprios estudantes sentiam-se confortáveis para iniciar a troca de ideias, levantando seus próprios questionamentos acerca das doenças que conheciam, ou que até mesmo eles ou parentes próximos já tiveram.
Ao final da apresentação, Cauã Pereira revelou que já tinha interesse pela área de saúde e que, durante a visita da pesquisadora, instruiu-se no reconhecimento de novos sintomas e prevenções. “Aprendi várias doenças que não sabia a forma de contágio”. Já a professora de biologia da E. M. José Calil Ahouagi, Letícia Stephany, ressaltou a importância da visita e da conversa direta entre a pesquisadora da UFJF e os alunos. “Além dos efeitos a longo prazo nos sonhos dos estudantes, há também o aproveitamento das falas dos pesquisadores para ilustrar momentos de aprendizado em sala de aula. É uma troca muito rica, na qual o princípio de extensão do conhecimento produzido na Universidade abrange a educação básica, e faz com que meninas e meninos tenham exemplos de profissão e paixão.”