Oficina Máscaras e Carnaval abriu a programação de atividades no Colégio de Aplicação João XXIII (Foto: Arquivo João XXIII)
Começou nessa segunda-feira, 25, o CarnaJoão, projeto do Colégio de Aplicação João XXIII, que leva o Carnaval para dentro da escola e busca resgatar a história, as representações e o lúdico da cultura brasileira para os alunos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio e EJA. Por meio de oficinas, discussões e atividades, os alunos entendem os aspectos sociológicos, artísticos e simbólicos da maior festa do Brasil.
O evento teve início com a oficina “Máscaras e Carnaval”, ministrada pela professora de Artes do Colégio, Nati Borba. O objetivo foi traçar um panorama sobre a ancestralidade das máscaras na humanidade, além de sua presença nos rituais espirituais e simbolismos na festa de Carnaval. Em um segundo momento, os alunos confeccionaram máscaras para uso próprio e para o grande Baile de do CarnaJoão.
Segundo a professora de Artes é fundamental que a escola recorde os principais significados de uma das celebrações mais tradicionais do Brasil: “Muitas vezes as pessoas ficam restritas a somente o estilo de carnaval dos dias atuais e não fazem uma reflexão dele como festa tradicional e cultural. Por isso é importante fazer esse resgate, conhecer um pouco mais da história e também divertir os alunos”, diz.
As atividades têm continuidade durante a semana, com oficinas que discutem a dimensão da sociabilidade e cultura brasileira. Na terça, os alunos trabalham as diversas culturas no samba, na oficina “As influências africanas, portuguesas, italianas e francesas na festa das carnes brasileiras”. A diversão também é garantida com pinturas faciais, serpentinas, aula de dança e lanche.
Nessa quarta, a oficina “Corpos em disputa no carnaval: corpo preto, rueiro, que se quis europeu, objetificado” traz um momento reflexivo sobre uso e objetificação dos corpos. Além disso, a decadência e o ressurgimento do carnaval de rua serão trabalhados com humor na oficina “The zueira never ends: o renascimento do carnaval de rua e o gênio da avacalhação”.
Na quinta-feira, na parte da manhã, a dança invade a escola com a apresentação dos alunos do Ensino Médio. À tarde, a oficina “Circularidade cultural e festas populares: uma análise histórica do carnaval” proporciona discussões sobre as múltiplas dimensões que compõem a festa de carnaval.
O evento encerra com o “Baile de Carnaval”, na quinta, às 17 horas, com direito a representações, rituais da festa, histórias, práticas do samba, frevo, marchinhas, máscaras e concurso de fantasias para fechar a noite.