Campanha “E se as universidades públicas não existissem?” integra o trabalho sobre a missão das universidades públicas brasileiras (Foto: Reprodução/UFJF)

O que o ensino superior significa para você, sua cidade e região? Já imaginou a sua vida sem as universidades públicas? Para pensar sobre o papel transformador e a importância do ensino superior público e de qualidade, a  Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) lança a campanha “E se as universidades públicas não existissem?”. A iniciativa integra o trabalho que ocorre em todo o país, da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes), sobre a missão das universidades públicas brasileiras.

Compondo a campanha, a UFJF produziu um vídeo, que contou com a participação de várias instituições federais. O material destaca a participação fundamental das universidades públicas na democratização do acesso ao ensino superior e na realização de sonhos e transformações de vidas. Desde realizações pessoais, passando por choques de culturas e aprendizados pela troca de conhecimentos, o papel da universidade abrange diversas áreas e lugares, como saúde, turismo, lazer e educação.

Marcus David apresentou planejamento estratégico para os próximos dois anos (Foto: Alice Coêlho)

Reitor Marcus David: “A campanha unifica e integra todas as instituições federais de ensino superior do país, o que é muito representativo” (Foto: Alice Coêlho)

O reitor da UFJF, Marcus David, destaca dois traços que apontam para a importância da campanha. “Primeiro, a campanha unifica e integra todas as instituições federais de ensino superior do país, o que é muito representativo e, segundo, aborda o tema fundamental da relevância das universidades federais no desenvolvimento econômico e social das cidades onde seus campi estão instalados e seus entornos.”

Como está sendo na UFJF?

De acordo com o diretor da Imagem Institucional da UFJF, Márcio de Oliveira Guerra, o material deve dar sequência a uma série de campanhas que serão feitas em defesa da universidade pública. “Muitas pessoas não têm ideia do quanto a universidade produz e o quanto ela é importante. Nessa campanha, especificamente, estamos convidando as pessoas a refletirem sobre o impacto, caso as universidades não existissem em sua cidade e região ou se deixassem de existir.”

Doutoranda em Educação na UFJF, professora e diretora na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), Kelly da Silva, também participa da ação.  Para ela, “é importante reforçar que a transformação de vida, por meio do conhecimento, é um direito de todos.” A pedagoga conta ainda como o ingresso numa instituição pública mudou a sua vida. “Tive a oportunidade de cursar pós-graduação gratuita, conhecer outros pesquisadores, trocar experiências e aprender sobre temas diversos. É uma formação ampla e uma experiência única. O retorno é o desenvolvimento político e social da população.”

Kelly da Silva, Doutoranda em Educação na UFJF, professora e diretora na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) também participa da ação (Foto: Reprodução/UFJF)

Para ela, não há como mensurar os benefícios de uma instituição do porte da UFJF para Juiz de Fora, região e para o país inteiro. “As universidades públicas atuam não só na pesquisa, mas atingem diretamente a população ao redor. Atividades culturais de livre acesso, atendimentos gratuitos nos hospitais e clínicas e estudos sociológicos, para melhoria das condições de vida, são alguns exemplos.”

Em nível regional, a ação também conta com outras peças, como banners, que devem ser espalhados em todo o campus, com números específicos sobre o que é produzido pela UFJF, mostrando a relevância da Instituição para a cidade de Juiz de Fora. Segundo Márcio Guerra, a sugestão é para que outras instituições de ensino superior também trabalhem no âmbito local, para dar visibilidade às suas contribuições à sociedade.

A campanha é nacional!

Para a coordenadora de Comunicação Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Renata Leão, a campanha é “fundamental nesse momento de fragilidade e de incertezas, reforçando o que significa o ensino público, gratuito e de qualidade para o futuro do país”. Ela ressalta que a ação é esclarecedora, e que a UniRio, por meio do trabalho de assessoria, vai divulgar ao máximo o conteúdo produzido nas redes sociais, para pessoas de todas as idades, nível social e cultural.

“Convivo com muitos alunos que são bolsistas e cotistas, e muitos deles são os primeiros da família a entrar numa universidade, a ter uma carreira, uma profissão. Isso é transformador. Presenciei estudantes negros de Medicina, por exemplo, dizerem que não se sentiam representados ao entrar em um hospital. Atualmente, isso está mudando e não podemos perder o que conseguimos conquistar. Não podemos dar nenhum passo atrás”, reitera Renata.

Coordenadora da Assessoria de Comunicação e Imprensa da Universidade Federal do ABC (UFABC), Alessandra de Castilho, reitera que a campanha “é realizada num momento em que princípios básicos da educação pública são questionados, e dados falsos são amplamente divulgados, formando uma opinião pública equivocada sobre a educação superior”. Junto a isso, ela pensa o trabalho e os desafios que devem ser enfrentados por parte das assessorias.

“É essencial fomentar ações de comunicação que mostrem para a sociedade que a universidade pública, além de formar excelentes profissionais, também é responsável pela quase totalidade da pesquisa produzida nacionalmente e também pelo suporte às carências regionais.”

Assista ao vídeo:

Outras informações: (32) 2102-3967 – Diretoria de Imagem Institucional da UFJF