Série audiovisual "LGBT+60: Corpos que Resistem" aborda diversidade sexual e de gênero (Foto: Reprodução)

Série audiovisual “LGBT+60: Corpos que Resistem” aborda diversidade sexual e de gênero (Foto: Reprodução)

A Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Diretoria de Imagem Institucional e com o Grupo de Apoio Força Trans, realiza nesta terça-feira, 29, das 18h às 22h, o “Cine-debate Dia da Visibilidade Trans”.  A atividade, gratuita e aberta à comunidade, ocorre no Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm), em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans.

Ao todo, serão exibidos três episódios da série em audiovisual “LGBT+60: Corpos que Resistem”, produzidos pela plataforma de comunicação #Colabora, com financiamento exclusivamente privado, sem fins lucrativos e sem vinculação partidária. A proposta da produção é mostrar pessoas que se dedicaram – e ainda se dedicam – ao combate à intolerância, representando a diversidade sexual e de gênero da nossa sociedade.

“A Universidade tem o papel fundamental de promover a inclusão das pessoas trans (que não se identificam com o gênero designado ao nascimento), que vêm sofrendo uma violência muito grande no país. O Brasil é um dos países onde mais se mata e se persegue a população trans. Então é responsabilidade da UFJF  discutir a realidade dessas pessoas e pensar a inserção dessa comunidade na universidade”, destaca o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira de Oliveira.

Aluno do 3º período do Bacharelado em Química da UFJF e integrante do Grupo de Apoio Força Trans, Felipe Modesto, ressalta que a oportunidade de debater a temática da transgeneridade possibilita “tirar algumas dúvidas e derrubar estereótipos que a sociedade tem e até alguns trans carregam, sobre as vivências trans, sobre ser trans”, avalia. O estudante acrescenta que, neste sentido, a iniciativa também pode contribuir para a redução das violências contra a comunidade trans.  

Sobre o Grupo de Apoio Força Trans, Modesto explica que as reuniões ocorrem semanalmente em um centro cultural, no bairro São Pedro, e estão abertas para a participação de novos integrantes da comunidade trans. “Os interessados em participar podem fazer contato pelo e-mail forcatransjf@gmail.com.  O grupo é muito importante, porque conseguimos oferecer apoio, suporte, amizade, coisas que muitas vezes as pessoas trans não conseguem em casa, com a família. Vemos muitas pessoas fragilizadas chegarem e se fortalecerem a partir da nossa convivência. Isso ‘dá um gás’, dá uma força muito grande.”

Projeto “LGBT+60: Corpos que Resistem”

Responsável por todo o processo de apuração, pesquisa, roteiro e edição da série em audiovisual “LGBT+60: Corpos que Resistem”, Yuri Fernandes é ex-aluno da Faculdade de Comunicação da UFJF. O jornalista comemora o retorno à instituição, para participação em evento que marcará o Dia Nacional da Visibilidade Trans, 29 de janeiro.

“É uma alegria enorme poder retornar tanto a Juiz de Fora quanto à UFJF, para falar de um projeto pelo qual eu tenho um grande apreço e que representou para mim a realização de um sonho. Sempre quis escutar um pouco sobre esses idosos LGBT, o que eles têm para nos ensinar, são muitas e importantes histórias. No Dia da Visibilidade Trans é uma responsabilidade ainda maior, porque sabemos que é uma comunidade ainda mais marginalizada pela sociedade, pessoas ainda mais invisíveis perante as leis, que sofrem mais preconceitos e têm expectativa de vida baixíssima. Precisamos discutir políticas para essa população.”

Saiba mais: Ex-aluno da Facom lança série sobre resistência LGBT

Outras informações: (32) 2102-3997 – Diretoria de Imagem Institucional
Grupo de Apoio Força Trans –  forcatransjf@gmail.com