Andrew L. Lawrence (University of Edinburgh, UK), Diogo S. Lüdtke ( UFRGS, Brazil), Giovanni W. Amarante (UFJF, Brazil) and Stephen P. Thomas (University of Edinburgh, UK). (Fonte: boletim.sbq.org.br)

O professor do Departamento de Química da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Giovanni Amarante foi reconhecido como um dos 4 melhores pesquisadores com até 40 anos de idade no campo da síntese orgânica entre brasileiros e britânicos. O prêmio Young Investigator Distinction foi entregue no Brazilian Meeting on Organic Synthesis, um dos eventos mais importantes que envolve a Sociedade Brasileira de Química em parceria com a Royal Society of Chemistry, sociedade científica do Reino Unido.

A organização avaliou critérios como originalidade da linha de pesquisa e o nível da produção científica dos candidatos considerando projetos e os resultados obtidos desde o início da carreira, além de artigos publicados e os esforços voltados para a formação de alunos. Amarante iniciou a docência na Universidade em 2010 e concentra suas pesquisas no desenvolvimento de metodologias no campo da química orgânica. “Quando se tem um produto no mercado, seja ele um remédio ou um isopor, ele foi produzido em etapas. Cada uma dessas etapas é pressupõe uma metodologia dentro da química orgânica”, explica. Um fármaco no mercado, por exemplo, composto em sua maioria por moléculas complexas é obtido através de diversas etapas de síntese, que necessitam ser otimizadas para um melhor rendimento.

Um dos exemplos desses estudos está no artigo recentemente publicado no The Journal of Organic Chemistry (JOC). O trabalho desenvolvido pelo grupo de pesquisa em metodologias sintéticas (GPMS), liderado pelo pesquisador, conseguiu obter um produto sofisticado por meio de um material simples. No processo em questão, através do uso da luz, em uma técnica de baixo custo, foi possível obter uma molécula complexa de alto valor e rendimento.

Para o pesquisador a premiação é uma realização profissional, e deve ser compartilhada com aqueles que o orientaram durante a carreira. “É uma sensação de reconhecimento de quem veste a camisa da instituição no dia a dia, mas também de todos os meus mentores que tiveram parcela nesse prêmio. Serve para mostrar que, mesmo diante das adversidades, é possível fazer uma pesquisa de excelência”, conclui.