Pesquisadora do Instituto de Artes e Design (IAD/UFJF), Letícia Perani faz parte do projeto de extensão “A ciência que fazemos”. (Foto: Alexandre Dornelas)

Já imaginou ser um mago em uma terra distante lutando para salvar seu povo de uma grande ameaça? Defender a camisa do seu time na grande final do campeonato mundial? Lutar contra vilões para proteger a cidade que você ama? E tudo isso no mesmo dia? No mundo dos games é possível ter todas essas experiências e muitas outras, o limite é a imaginação. Como parte do projeto “A Ciência que Fazemos”, os alunos da Escola Estadual Sebastião Patrus de Sousa, receberam nesta segunda, 12, a professora do Instituto de Artes e Design (IAD/UFJF), Letícia Perani, que contou um pouco sobre como funcionam os bastidores da criação desses mundos.

Jogar não é só diversão

Quando Letícia explicou que “Estudos do Lúdico Digital” significava pesquisa feita sobre games, os alunos do 2º ano comemoraram. Quem esperava que a pesquisadora dissesse que para desenvolver jogos basta gostar de jogar ou ser um bom jogador, se decepcionou. Ela esclareceu que o desenvolvimento de um personagem, por exemplo, demanda conhecimento em diferentes áreas – é necessário entender anatomia, o ambiente que o personagem estará inserido, a textura das roupas etc. Além disso, mostrou que os games podem ir muito além do prazer. “Desde o começo da humanidade, o ser humano joga. Animais jogam. O jogo é instintivo. Além de ser legal, podemos aprender muito com eles”, afirmou.

Os alunos do IAD Gabrielle Lacerda e Heider Lelis acompanharam Letícia na apresentação. Integrantes do “Grupo de Estudos do Lúdico Digital” (Ciberludens) eles também dividiram suas experiências com os estudantes. “Primeiro nós desenvolvemos a parte escrita do jogo, depois a vestimenta, as habilidades e, por fim, fazemos a ilustração. Cada um faz um pouco”, esclareceu Gabrielle. Heider mostrou que tudo o que aprendem na escola pode ser importante na hora de criarmos um jogo.

Completando o encontro, Letícia propôs uma atividade: desenhar ou descrever um personagem para algum jogo que os alunos gostassem. A professora recebeu os desenhos prometendo uma surpresa pro alunos no próximo ano.

Mais integrantes para o grupo

Para o aluno Ricardo Castro, conhecer o trabalho de Letícia foi um incentivo. Ele afirmou que é fascinado por jogos e que gostou muito de saber como é o processo de criação de personagens. “Eu achei muito legal de se trazer nos colégios porque a quantidade de games é bem ampla e você vê poucas coisas influenciando as pessoas a verem o que tem por dentro disso, como funciona e como é o trabalho deles”, disse ele e completou declarando querer participar do grupo quando estiver na faculdade.