Administração Superior apresentou ações estratégicas para os próximos anos (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)
Entre os principais desafios encontrados pela Administração Superior da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) está a sistematização de um projeto de integração do Colégio de Aplicação João XXIII à instituição. Esse foi um dos temas da visita feita pelo reitor e equipe à unidade nesta terça-feira, 25. O assunto é caro ao reitorado, por esse motivo a integração do colégio com a UFJF é uma das ações estratégicas para os próximos anos.
A estratégia mostra-se válida diante do relato de professores que participaram da reunião. O reconhecimento do Colégio de Aplicação João XXIII como espaço de demonstração, experimentação e estágio para os alunos de licenciatura da Universidade foi colocado em pauta.
“Este é um desafio que está colocado e queremos cumprir junto com o colégio. Todas as pró-reitorias e diretorias percebem que já existem ações que integram o João XXIII à Universidade, mas o caminho daqui para frente é sistematizar a integração. Retomar a história do colégio como importante formador dos professores que passam pelas nossas licenciaturas. Desejamos juntar pró-reitores, diretores e professores do Colégio de Aplicação para buscar a sistematização das ações”, defendeu o reitor Marcus David.
Infraestrutura
A necessidade da execução de obras de infraestrutura no João XXIII também foi levada para a visita. Marcus David esclareceu a situação legal de um empenho no valor R$ 10 milhões, fruto de reserva orçamentária vinculada a uma obra licitada em 2013 e não finalizada por problemas técnicos de projeto, que poderia ser usado para a execução de grandes obras de construção e reforma da unidade. “Embora a Advocacia Geral da União tenha dado parecer favorável ao uso do empenho, o órgão voltou atrás e vetou o uso recentemente. Estamos em contato com o Ministério da Educação para que o recurso possa ser liberado para a execução da obra, mas caso não seja possível, faremos obras de dimensões menores, para enfrentamento de problemas pontuais, com os recursos que dispusermos. As prioridades serão discutidas e votadas no Conselho Superior”, explicou.
Permanência e pessoal
Outra preocupação apontada na visita foi a necessidade de se garantir que alunos de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade possam ter condições de permanência na escola, principalmente estudantes dos anos iniciais. O pró-reitor de Assistência Estudantil, Marcos Freitas, informou que a pró-reitoria tem estado em constante contato com a direção do colégio para estudar meios de permitir que ações de assistência praticadas na Universidade sejam estendidas aos estudantes do João XXIII.
A possibilidade de contratação de auxiliares de disciplina terceirizados também foi debatida. A criação de um termo de referência para licitação de terceirizada para esse fim depende de esforço coletivo para que as atribuições do cargo não sejam coincidentes a algum outro cargo existente na carreira. “A Comissão de Dimensionamento que atualmente estuda a força da trabalho na Universidade vai nos dar um importante espelho de qual é a situação atual. O Colégio de Aplicação deverá contribuir para a elaboração de um termo para essa contratação, apontando outras instituições que utilizam uma figura parecida, para que possamos criar o cargo sem impedimento legal, já que não é possível terceirizar cargos que já existam na carreira da Universidade”, explicou a vice-reitora Girlene Alves da Silva.
Planejamento
O pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças, Eduardo Salomão Condé, apresentou as ações realizadas pela Administração Superior no intuito de fazer um equacionamento orçamentário e financeiro nos dois primeiros anos de reitorado. Também mostrou a proposta de planejamento para a Universidade, garantindo que cada política tem base em objetivos estratégicos e que para cada proposta há vinculação de recurso alocado para realização.
Girlene apresentou as principais propostas nas áreas de Graduação, Pós-graduação, Extensão, Ações Afirmativas e Assistência Estudantil, convidando os membros do colégio a participar do planejamento. “Queremos fazer de fato a implementação dessas políticas de forma colegiada, analisando e afinando as necessidades de cada unidade. Nesse sentido, apresentamos o conjunto de ações e chamamos a comunidade para o debate, no esforço coletivo de otimizarmos todos os nossos recursos.”