A aluna de Engenharia de Produção Laura Matos está levando a sério o sentido de troca e compartilhamento do programa de intercâmbio da UFJF. Para mostrar sua experiência na Polônia, criou um canal de vídeos sobre o lugar, a universidade, o alojamento, os passeios e as descobertas no velho mundo. O relato de Laura para o Diário de Intercambista é acompanhado, portanto, desses vídeos que dão uma ótima ideia sobre o intercâmbio neste destino pouco usual. Confere aí!
Você vai pra Polônia? Tak! Jestemtutaj! (Sim, aqui estou!)
Wroclaw ou Breslávia, em português, é uma cidade simplesmente apaixonante (e confesso que eu esperava por isso na Polônia). Não é à toa que ela foi eleita recentemente um dos melhores destinos Europeus. A cidade é completamente universitária, são mais de 130 mil estudantes, e também é turística. Seus lugares são sempre muito povoados e cheios de vida, até mesmo no inverno.
Wroclaw é uma cidade com muita história, fundada no século X. A região já pertenceu à República Tcheca, à Áustria e à Alemanha e, desde 1945, faz parte da Polônia. A cidade transparece toda sua história: desde o nazismo à ditadura soviética. Um dos meus lugares preferidos, a Katedra, foi bombardeada em maio de 1945 pelo Exército Vermelho e uma de suas duas torres teve que ser reconstruída.
A Universidade de Ciência e Tecnologia de Wroclaw (Politechnika Wroclawska) é como um bairro universitário, no meio da cidade, com vários prédios, além de um deque na beira do rio e até um teleférico próprio.
O que eu achei mais sensacional da universidade é que as aulas são divididas em cinco tipos: aula expositiva (Lectures), aula de exercícios (Classes), Seminários (Seminars), Projetos (Project) e Laboratórios (Laboratories). Então, por exemplo, ao me matricular em Logística, escolhi as aulas expositivas e as aulas de exercício (que são em horários diferentes e pode até ter professores diferentes).
A universidade possui muitos estudantes de fora, então não é nada difícil de cruzar com pessoas de nacionalidades completamente diferentes. Mesmo assim, sempre se assustam quando falo que sou brasileira: “Brasil, sério? E por que a Polônia?”.
Toda primeira semana de aula existe uma palestra com orientações gerais e, dentre as atividades, uma mesa só com alunas e alunos estrangeiros para contar sua experiência na Polônia. Eu, claro, não perdi a oportunidade de representar a América Latina nessa mesa durante a abertura do Semestre de Verão. Também participei do projeto “Erasmus in Schools” em que os estudantes estrangeiros vão nas escolas para contar sobre sua cultura e seu país.
A língua
Przepraszam, niemówiępopolsku! (Desculpe, não falo polonês!)
Não tenho nem palavras para descrever o quanto essa língua é complicada! São sete casos de declinação (variação do substantivo de acordo com gênero ou numeral, por exemplo). Em seis meses de aula, aprendi apenas dois. Apesar disso, saber as palavras básicas é suficiente para você conviver de forma educada no meio polonês – em que grande parte das pessoas, principalmente em Wroclaw, fala inglês.
Registros de viagens
Durante minha estadia em Wroclaw eu também gravei alguns vídeos sobre algumas viagens organizadas pela ESN (Erasmus Student Network), que auxilia os alunos estrangeiros. Nesta aqui, fomos ao campo de concentração de Auschwitz:
Se quiser conferir mais, é só passar lá no meu canal, chama “Po, Laura!”
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