A ciência nunca esteve tão acessível à comunidade e ao público escolar de Juiz de Fora. Parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e da programação da 5ª Jornada de Divulgação Científica, organizada pelo Centro de Ciências da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o projeto Ciência na Praça veio unir o conhecimento científico ao cotidiano das pessoas que transitarem pelas praças Antônio Carlos e Cívica da UFJF entre esta terça, 18, e domingo, 23 de outubro.
De 8h às 18h, a Exposição de Ciência e Tecnologia ultrapassa o conhecimento teórico da física, química e biologia e propõe atividades mais dinâmicas. “A ideia é que as pessoas possam interagir com os equipamentos, participar e conhecer a ciência de uma outra forma, que não aquela sisuda, mas de uma maneira divertida”, comenta o diretor do Centro de Ciências, Elói Teixeira.
Na manhã desta terça, algumas escolas já estiveram presentes para visitar as exposições. Dentre outras atividades, alunos e professores puderam se deparar com uma réplica do sistema digestor que simula a textura dos órgãos e equipamentos da física que explicam os modelos de energia eólica, além de também participar de um experimento químico ao produzirem amoebas – massinhas pegajosas que fazem muito sucesso entre as crianças.
“Para a faixa etária dos nosso alunos, isso é muito importante, pois eles estão exercitando o que eles vêem nos livros e os professores explicam na sala de aula”, comenta a professora da Escola Estadual Duarte de Abreu, Berenice Trogo. Seu aluno do terceiro ano, João Victor Pires, de 17 anos, destaca a importância da prática para o desenvolvimento do estudo teórico. “Desde criança, sempre gostei muito de física, química e ciências em geral. Esse evento é bom porque você tem como estudar melhor e enriquecer o conhecimento”. Além de visitarem as exposições, os alunos das escolas presentes também têm a oportunidade de participar do ciclo de palestras na Escola Normal.
Ciência alimentando o Brasil
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia tem como tema central a alimentação, trazendo a importância de se conhecer o que, de fato, as pessoas estão consumindo em seu cotidiano, e quais as consequências dessa alimentação para o presente e o futuro. No Ciência na Praça, apresentações foram montadas com o objetivo de expor para os participantes detalhes que às vezes passam despercebidos, como a ação de bebidas alcoólicas no organismo, a relevância da agricultura familiar e a importância de se entender a concentração de amido em alimentos consumidos diariamente pelos brasileiros, principalmente por se tratar de um carboidrato constituído de glicose.
Em uma das exposições, uma equipe do curso de Farmácia do campus avançado da UFJF, em Governador Valadares, esteve apresenta as quantidades de açúcar, sódio e gordura que são encontradas em larga escala em alguns alimentos amplamente consumidos pela população. Na mesa, estavam em destaque os refrigerantes, os lanches de fast food e os alimentos congelados comprados em supermercados.
“Viemos mostrar a quantidade de referência, que é o que o Ministério da Saúde indica para consumo diário e a quantidade que vem nesses alimentos”, explica o estudante de Farmácia Lucas Mendes. Dentre os alimentos mais prejudiciais, Lucas destaca o refrigerante, que em uma garrafa de dois litros contém o total de 240 gramas de açúcar.
Além disso, a equipe também trouxe folhetos para ajudar os consumidores a entenderem melhor as informações expostas nos rótulos de produtos e os riscos que podem acompanhar a ingestão de determinados alimentos, como diabetes, hipertensão e alergias.
Entre os dias 18 e 20 de outubro, a Exposição de Ciência e Tecnologia acontece na praça Antônio Carlos, enquanto o Ciclo de Palestras será no Auditório do Instituto Estadual de Educação, localizado na Av. Getúlio Vargas. Nos dias 22 e 23, a exposição continua na Praça Cívica da UFJF.