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Há pouco mais de cem dias à frente da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a gestão “Reconstruir a UFJF”, encabeçada pelo reitor Marcus David e pela vice-reitora Girlene Silva faz um balanço positivo dos primeiros meses de reitorado, válido até abril de 2020. Lideranças do mandato destacam, para a comunidade acadêmica, as principais frentes de trabalho, distribuídas dentre os vários setores universitários, desenvolvidas até o momento, e falam sobre as expectativas para o futuro. Esta é a primeira de uma série de cinco reportagens que irão ao ar no Portal da UFJF a partir desta segunda-feira, 25, até sexta, 29 de julho. 

Um dos primeiros atos de gestão do reitorado ocorreu no dia 13 de maio, quando, há pouco mais de um mês no cargo, Marcus David e equipe reuniram a comunidade acadêmica no anfiteatro da engenharia, para a apresentação de um diagnóstico sobre a situação financeira e das obras na instituição. “Qualquer início de trabalho deve ser precedido de um diagnóstico situacional; mas, no caso da UFJF, isso era muito mais importante. Vivíamos uma crise financeira e orçamentária muito grave, com obras paralisadas e projetos interrompidos. Então, era fundamental, ao tomar posse, conseguirmos conhecer a situação, elaborar um bom diagnóstico e, fundamentalmente, dar transparência a estes dados. O princípio nosso é de conduzir uma gestão com muita transparência e que garanta espaço para participação”, afirma o reitor.

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Segundo gestores, expectativa é que novo modelo de orçamentação possa vigorar já no primeiro semestre de 2017 (Foto: Alexandre Dornelas)

De acordo com Marcus David, a expectativa é que o novo modelo de orçamentação, discutido com as unidades acadêmicas e administrativas a partir dos números apresentados, possa vigorar já no primeiro semestre de 2017. “Hoje nós conseguimos ter uma visão muito melhor sobre qual é a realidade da situação orçamentária e financeira da Universidade, debatemos isso profundamente no Conselho Superior e já conseguimos elaborar algumas estratégias para o ano de 2016. Agora temos uma expectativa muito grande para o ano que vem”.

“Foi um momento muito importante porque, ali, reafirmávamos à comunidade o nosso compromisso em mostrar, de fato, o que a Universidade tinha de recurso financeiro e material. Apresentamos nossas dificuldades e nossas expectativas para chegarmos ao que poderíamos fazer com as obras, com recursos de custeio, encaminhamentos na perspectiva acadêmica, de pesquisa e infraestrutura”, acrescenta a vice-reitora da UFJF, Girlene Silva.

Próximos passos para a gestão universitária
Outra iniciativa que pretende dar visibilidade à complexidade de dados que envolve a Universidade é o Portal da Transparência, que atualmente encontra-se em fase de construção, e é gerenciado pela Pró-reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças. Segundo o pró-reitor, Eduardo Condé, a ideia é compilar o máximo de informações possíveis, e torná-las públicas através de um canal que possa ser acessível a qualquer interessado. “Este é um processo que não é tão rápido quanto gostaríamos, porque existe um modelo que atende às demandas do Tribunal de Contas da União, que nós precisamos contemplá-lo. Mas queremos ir além das demandas do TCU, no sentido de tornar público um número de informações o quanto maior possível”.

Ainda segundo Condé, o intercâmbio entre unidades acadêmicas e administrativas tem sido fundamental para o levantamento dos dados. Para o pró-reitor, estas discussões favorecem um maior conhecimento a respeito das prioridades de cada instituição que compõe o corpo universitário. “A ideia é que nós tenhamos um meio para fazermos a distribuição dos recursos da universidade, tanto para as unidades acadêmicas, quanto para as administrativas – que têm perspectivas de investimentos em direções não necessariamente consoantes – de forma que se apresente uma matriz que consiga distribuí-los de uma maneira que possa atender aos interesses administrativos e acadêmicos. Não se consegue mostrar à Universidade o que está acontecendo porque ainda não se tem clareza sobre a distribuição dos recursos”, pondera.

Marcus David completa: “Os primeiros trabalhos de decisão participativa junto ao Conselho Superior e aos fóruns de diretores para discutirmos a realocação dos recursos da Universidade é um ponto de muita importância”.