O espírito musical do 26º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, encerrado em novembro, permanece como inspiração para 16 obras de diferentes artistas que participam da exposição “O que vejo é música”, em cartaz na galeria Renato de Almeida do Centro Cultural Pró-Música/UFJF. A exposição se estende até 10 de janeiro, com visitação de segunda a sexta, das 9h às 18h
O conceito central da mostra é explorar a possível permuta de formas e conteúdos entre os diferentes gêneros das artes, no caso específico a música e as artes visuais. Como afirma o curador da exposição, Ricardo Cristofaro, “a relação entre a música e a visualidade pode ocorrer não mais pelos dados sensoriais que nos podem causar impressões similares ou complementares, mas pelo emprego de procedimentos criativos similares; uma forma de expressão artística pode retirar de outra o emprego de métodos, mesmo os mais particulares, para aplicá-los em seguida, de acordo com seus princípios exclusivos”.
Prova disso é diversidade de natureza dos trabalhos apresentados em O que vejo é música. A exposição abrange variados gêneros, desde a pintura nos quadros “Espaço Básico”, de Priscilla de Paula, “Sincronismo II”, de Fernanda Cruzick, e “Ensaio da banda”, de Ramón Brandão, passando pela escultura, “em Sofia”, de Maurillio Souza, e pela fotografia “em Visita”, de Letícia Bertagna.
Também integram a mostra obras de estilo mais contemporâneo, como os objetos artísticos “Paisagem é a palavra”, de Paulo Alvarez, “O canto do serrote”, de Ricardo Cristofaro, “Assemblage de objetos”, de Afonso Rodrigues, e “Toque de recolher”, de Valéria Faria. Há ainda trabalhos em audiovisual das artistas Paula Scamparini e Adriana Gomes e outros que se utilizam de variadas técnicas mistas, envolvendo desde elementos concretos até recursos digitais, nas obras de Adauto Venturi, Sandra Sato, Tonil Braz, Petrillo e Fabrício Carvalho.
A soma de diferentes fatores resulta em diversas sugestões de leituras para visitante, tanto no sentido de repensar a percepção musical, que ganha na expressão imagética, quanto na incitação à busca de qualidades sonoras nas artes visuais.
Outras informações: (32) 2102-3964 (Pró-reitoria de Cultura)