A música que embalava os salões da corte brasileira no século XVIII é a grande atração do segundo dia do 26º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, a cargo do grupo de câmara Academia dos Renascidos, que se apresenta no Teatro Pró-Música-UFJF, nesta segunda-feira, dia 2, às 20h.
Recheado de modinhas, lundus, hinos e recitativos de salão, o programa da Academia dos Renascidos explora as relações entre literatura e música, recompondo o imaginário sonoro e artístico da época. Algumas das canções a serem apresentadas nesta noite do Festival serão executadas pela primeira vez na modernidade.
A razão do ineditismo está fundada no intenso trabalho de pesquisa realizado pelo grupo. A partir do garimpo de partituras antigas no arquivo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, um longo trabalho de estudo e compreensão das peças se segue até a sua execução. Ao final, parte da história artística do país e obras que teriam se perdido no tempo são revivificadas pela Academia dos Renascidos em performances virtuosas.
O cantor Alberto Pacheco é um dos fundadores da Academia dos Renascidos (Foto: Divulgação)
Academia dos Renascidos
Formada em 2011 por Alberto Pacheco e Andrea Teixeira, a Academia dos Renascidos tem se apresentado regularmente desde então. O nome do grupo é uma homenagem à Academia Brasílica dos Renascidos, fundada em Salvador (BA), em 1759, com o objetivo de fomentar a produção literária daquela cidade.
Como afirma o pesquisador e fundador do grupo, Alberto Pacheco, “o objetivo da Academia é dar nova vida a músicas que permaneçam silenciadas nos arquivos.” Além de Pacheco (voz) e Andrea Teixeira (piano, flauta e percussão), a Academia é formada pela soprano Miriam Abad, pelo cravista Mário Trilha e pela pianista Viviane Sobral.
Confira a programação completa do 26º Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga
Outras informações: (32) 2102-3964 (Pró-reitoria de Cultura-UFJF)