imprensa_ufjf_semic_2014_da_vinci_v2A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) já se prepara para o 20º Seminário de Iniciação Científica (Semic), que acontece entre os dias 21 e 23 de outubro. Criado para divulgar o resultado dos trabalhos de iniciação científica desenvolvidos na instituição, com a participação de alunos da graduação e do ensino médio (Probic Jr), o Semic 2014 vai apresentar mais de 500 trabalhos e conta com aproximadamente 2.100 pessoas envolvidas nos projetos, entre pesquisadores, orientadores e colaboradores. Para a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação da UFJF, Maria Cristina Andreolli, “uma das riquezas desse seminário é provocar um ambiente de discussão e interação entre alunos e professores que vivem a pesquisa em diferentes áreas. Além disso, é um espaço onde estes jovens começam a treinar a melhor forma de apresentarem seus trabalhos para a comunidade acadêmica”. Completando, a pró-reitora adjunta de Pesquisa, Sônia Miranda, enfatiza ser essa uma oportunidade de reunir em um só lugar aquilo que é produzido dentro das faculdades. “O Seminário é um espaço que oferece visibilidade às pesquisas feitas na Universidade, revela o crescimento da instituição nos últimos anos e exerce um papel importante para que os alunos compreendam o que é uma universidade”, explica Sônia.

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Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação da UFJF, Maria Cristina Andreolli: “uma das riquezas desse seminário é provocar um ambiente de discussão e interação entre alunos e professores”. (Foto Twin Alvarenga)

O Semic oferece palestras e exposições, além de premiar trabalhos de destaque em sete áreas do conhecimento: Ciências Exatas e da Terra, Ciências Biológicas, Engenharias e Ciências da Computação, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, e Linguística, Letras e Artes. Para julgar os trabalhos acadêmicos, são convidados avaliadores externos de outras instituições de ensino superior. Segundo Sônia, essa convergência de pesquisadores, avaliadores e estudantes gera possibilidades de novas parcerias, tanto para alunos como para a própria Universidade. “O Semic tem essa conotação de inserção acadêmica, pois, quando esses trabalhos são divulgados, fazemos com que a UFJF ganhe visibilidade em outras universidades, e isso pode fomentar novas parcerias e redes de trabalho”.

No intuito de apresentar melhor este Seminário, será feita uma sequência de matérias abordando alguns detalhes de cada área do conhecimento que segmenta o evento. Para dar mais vida a essas explicações, entrevistamos alguns premiados da edição anterior, tanto alunos como orientadores, que falarão não só sobre o trabalho realizado por eles, como a transformação que promoveu na vida de cada um. Vamos começar a série pelo Probic Jr.

Probic Jr

Assim como acontece com os graduandos da Universidade, alunos do ensino médio também podem participar do Seminário, por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica Júnior (Probic Jr), concebido para estreitar a relação dos estudantes do ensino médio com a ciência. Os três prêmios ofertados para trabalhos do Probic Jr são disputados por alunos oriundos de diversas instituições conveniadas ao programa, orientados por um pesquisador da UFJF, incluindo o Colégio de Aplicação João XXIII. O concurso contempla três grandes áreas: saúde, humanas e exatas. Para Andreolli, o programa tem importância fundamental no incentivo à ciência. “Uma das metas da nossa gestão é aumentar o número de alunos no Probic Jr, pois é lá que os alunos fazem o primeiro contato com um laboratório, formam grupos de pesquisa. Esperamos que o programa sirva para despertar o olhar e o interesse desses alunos pela ciência, em diversas áreas do conhecimento”.

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Pró-reitora adjunta de Pesquisa, Sônia Miranda, enfatiza ser essa uma oportunidade de reunir em um só lugar aquilo que é produzido dentro das faculdades. (Foto: Divulgação)

Em 2013, os vencedores na área de saúde vieram do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas (Ifet Sudeste), com o trabalho “Precisamos matar todas as bactérias do mundo?”. O grupo realizou levantamentos de dados sobre os filos de bactérias existentes e sobre como os micro-organismos são abordados nos meios de comunicação e livros didáticos. Foi possível concluir que há uma grande diversidade de micro-organismos desconhecidos, mas atuantes na reciclagem de matéria orgânica, conservação e criação de alguns produtos e alimentos, e que a abordagem desses micro-organismos gera esteriótipos difíceis de serem quebrados. Para uma das estudantes envolvidas no trabalho, Maria Madelena Costa, a experiência precoce com a pesquisa é uma das maneiras de se questionar e receber respostas do mundo que vivemos. “Acredito que a importância da realização desses projetos seja, justamente, inovar o conhecimento e compartilhá-lo”.

Na área de humanas, o prêmio ficou com o trabalho “Letras Clássicas na Escola”, realizada com alunos do ensino médio da Escola Estadual Duque de Caxias. A pesquisa buscou compreender e discutir o papel da cultura clássica grega e latina para a formação escolar, observando o que a própria legislação vigente para a Escola Básica oferece para o desenvolvimento de atividades ligadas à cultura clássica. Para o professor da Faculdade de Letras (Fale) e orientador do projeto, Fábio Fortes, uma iniciação científica dessa natureza permite aos bolsistas do Probic Jr ampliarem seus horizontes culturais e científicos, trazendo-lhes benefícios de caráter formativo imensos. “A capacidade de reflexão, discussão de ideias e construção de um saber são ampliados, de forma que esses bolsistas acabam por se preparar para a vida acadêmica, ingressando na universidade com uma bagagem muito importante”.

O vencedor na área de exatas também saiu do Ifet Sudeste, com o trabalho “Acessibilidade em campos seccional-Anosov”, uma proposta de estudar o atrator de Lorenz, a partir das equações e do modelo geométrico proposto pelos matemáticos Guckenheimer e Willians. Uma das colaboradoras no projeto foi a estudante Danielle de Macedo. Atualmente, ela está no 2º período de Engenharia de Produção, mas já tem planos bem definidos para um futuro próximo. “A matemática que estudamos no projeto é muito mais aprofundada que a do ensino médio. Foi lá que defini qual área seguir. Além disso, já estou fazendo algumas matérias no Instituto de Ciências Exatas (ICE) para fazer meu mestrado em matemática”, afirma Danielle.

Na próxima matéria mostraremos experiências das áreas de Ciências Exatas e da Terra/Engenharia.

Outras informações:

Pró-reitoria de Pesquisa: 2102-3784/ 3766

Confira a página do Semic

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