A Universidade Federal de Juiz de Fora deu mais um passo no processo de internacionalização da instituição, ao se tornar um posto aplicador do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros (Celpe-Bras), o exame brasileiro oficial para certificar proficiência em português como língua estrangeira. O Exame é aplicado anualmente no Brasil e no exterior pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com apoio do Ministério da Educação e em parceria com o Ministério das Relações Exteriores. As provas são realizadas em Postos Aplicadores: Instituições de Educação Superior, representações diplomáticas, missões consulares, centros e institutos culturais, e outras instituições interessadas na promoção e difusão da Língua Portuguesa.
O processo de credenciamento da UFJF como posto aplicador se deu em um contexto de ampliação mundial do número de postos. Em reunião realizada em Brasília, no final de 2017, o INEP anunciou uma chamada para a entrada de novos postos e o processo de cadastramento se concluiu no final de dezembro de 2018. Segundo a coordenadora do curso de português para estrangeiros da Faculdade de Letras da UFJF, Denise Weiss, tornar-se um posto aplicador significa uma grande responsabilidade. “A internacionalização da UFJF é um processo longo e complexo, que abrange tanto a ida de alunos, professores e técnicos ao exterior quanto a vinda de pessoas de outros países. Termos estrangeiros na instituição possibilita aos nossos estudantes o contato cotidiano com pessoas de outros lugares, contribuindo para uma cultura de compreensão do outro. Um dos elementos chave nesse processo é a atratividade da universidade como polo de ensino da língua portuguesa para estrangeiros. O ensino de português para estrangeiros é uma tradição da casa: já são 39 anos de trabalho contínuo. A condição de posto aplicador do exame oficial de português brasileiro nos dá a chance de prestar um serviço cada vez mais importante para a comunidade estrangeira, já que o Celpe-Bras, que já era parte dos processos de aceite de candidatos aos programas nacionais de intercâmbio (PEC-G e PEC-PG), recentemente se tornou parte obrigatória do processo de naturalização – interesse de muitos refugiados que pretendem viver permanentemente no país”, afirma.
Serão duas aplicações do exame por ano e, para que a estrutura do projeto cresça, haverá treinamento de aplicadores e preparação de alunos de graduação e de pós-graduação já atuantes na área de português para estrangeiros. Segundo Denise, a Universidade Federal de Juiz de Fora, como Posto Aplicador do Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros, torna-se um polo de ensino mais completo, aumentando as ações de internacionalização e se envolvendo mais no contexto internacional do exame, através do intercâmbio de informações com outros postos aplicadores no Brasil e no exterior. A diretora de Relações Internacionais da UFJF, Bárbara Daibert, acredita que essa facilidade seja mais um atrativo para a vinda de estrangeiros para a instituição. “Para a Universidade Federal de Juiz de Fora é muito importante que isso tenha acontecido. Todo o cadastramento foi feito em parceria com o Idiomas Sem Fronteiras e representa uma conquista para nós. Antes, os alunos precisavam realizar o teste em outros postos aplicadores, para então vir para a UFJF. Hoje eles têm a oportunidade de fazer o teste aqui, o que reforça o nosso setor de Português para Estrangeiros”, conclui.