Você já pensou em cursar parte da graduação em uma universidade do exterior? Diariamente, a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) recebe alunos questionando acerca do nosso programa de intercâmbio.
Foi pensando nisso, que decidimos criar um guia para os estudantes interessados em vivenciar parte da graduação em uma universidade estrangeira.
O Programa
O Programa de Intercâmbio Internacional de Graduação – PIIGRAD oferece aos graduandos da UFJF a oportunidade de cursar um ou dois semestres em instituições conveniadas no exterior. Através da iniciativa, os estudantes podem vivenciar a língua e a cultura de outro país. Além disso, o aluno aprende novos conteúdos, novas formas de pensar sua área e tem a chance de ter contato com professores e pesquisadores de referência internacional.
Todos os anos um novo edital do PII-GRAD é publicado e, através dele, são determinadas as fases do processo seletivo, os requisitos para a seleção e o número de vagas por universidade e curso.
“A oportunidade de ir para fora e passar esse estágio no exterior é um ganho de vida e curricular muito grande. A experiência do intercâmbio internacional, na graduação, representa um salto cultural na vida do estudante”, comenta a Diretora de Relações Internacionais Bárbara Simões.
Se tornando um intercambista
Para fazer parte da graduação em uma universidade do exterior, é preciso, mais do que nunca, preparação. Ser intercambista requer muito planejamento e dedicação: é necessário pesquisar sobre a instituição desejada, alcançar um bom nível de proficiência na língua estrangeira e se empenhar nas atividades extracurriculares.
Thiago Coelli, que trabalha no setor Outgoing da Diretoria de Relações Internacionais da UFJF, comenta que a concorrência é grande e, por isso, é importante que o aluno se organize com muita antecedência: “os alunos devem se planejar com, no mínimo, um ano de antecedência. Desta forma, poderão conseguir uma boa pontuação no processo assim como escolher com tranquilidade o destino em que deseja realizar intercâmbio”, destaca.
Para ingressar no Programa de Intercâmbio Internacional de Graduação (PII-GRAD), os interessados precisam passar por quatro etapas. A primeira analisa o Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) e o curriculum vitae do aluno. A segunda consiste na avaliação de um vídeo argumentativo, que deve ser seguida pela entrega da comprovação de proficiência de língua estrangeira, assim como outros documentos definidos por cada universidade. A última etapa é a aprovação, por parte das instituições estrangeiras, da candidatura dos alunos da UFJF aprovados e classificados nas três fases anteriores.
É um processo seletivo longo e demorado e, por isso, para abrir nossa série sobre o intercâmbio, iremos discutir sobre como se preparar para a primeira fase. Nela, são atribuídos 70 pontos, mais da metade de todo o processo, que vale 100 pontos.
São 40 pontos para o IRA e 30 para o currículo. Partindo da diferença entre a média de pontuação do Índice de Rendimento Acadêmico de cada curso, foi criada uma fórmula para equipará-los; então não se preocupe se o seu curso tem uma média considerada baixa. O importante é manter uma boa nota de acordo com os parâmetros da sua área.
Já os 30 pontos do currículo podem ser alcançados de várias maneiras. É indispensável que o interessado tenha em mente que um currículo não é criado danoite para o dia. É preciso dedicar horas em atividades extracurriculares, apresentações de trabalho e participações em eventos e congressos.
“Eu sempre tive interesse no intercâmbio, então, desde o início da faculdade, eu procurei me envolver em vários projetos, frequentar e publicar artigos em eventos e adquirir certificados de cursos da minha área”, relata a estudante de Jornalismo, Laura Santos, que passou um período na Flinders University, Australia. “Como eu me dediquei com antecedência para o edital, não tive muitas dificuldades nessa primeira fase, e esse é o conselho que eu daria para os interessados”, completa a aluna.
Também com destino à Flinders University, o Jornalista Hugo Queiroz, conta que desde o início da graduação buscou por atividades que acrescentassem em sua formação. Quando ficou sabendo do PII-GRAD, Hugo fez uma leitura detalhada dos editais anteriores e participou de diferentes eventos científicos com apresentação de trabalhos. Ele também atuou como bolsista de iniciação científica e como bolsista de divulgação científica da UFJF.
“É muito importante participar de atividades que a universidade oferece. Muitos estudantes acabam errando por não elaborar tudo de acordo com os critérios estabelecidos no edital. Mas essas atividades oferecidas pela UFJF, além de contarem pontos na seleção, também contribuem para a formação profissional”, indica Hugo.