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UFJF faz gol de placa com sua equipe de intérpretes das delegações olímpicas.

No Congresso Internacional de Ciências do Esporte, a UFJF  marcou um belo ponto com o envolvimento nas Olimpíadas 2016.  Alunos, técnicos administrativos em Educação e professores compuseram voluntariamente  uma equipe de intérpretes, processo conduzido pela Diretoria de Relações Internacionais.

 

Nestes dias, 3 e 4 de agosto, das 14 às 19 horas, os anfiteatros da Engenharia recebem atletas, treinadores e técnicos das delegações hóspedes da instituição para palestras que abordam vários temas do esporte, como os relatos de experiências, organização e preparação olímpica, otimização de pista e preparação da equipe no campo olímpico, preparação mental,  dentre outros.

 

A realização desse congresso internacional foi um dos grandes pontos marcados pela UFJF ao buscar resultados relevantes a partir da presença das delegações estrangeiras no campus de Juiz de Fora.  Conforme ressaltou o diretor da Faefid, professor Maurício Bara. “Esta é uma oportunidade única. Se fôssemos trazer todos estes atletas e técnicos, seria praticamente impossível realizar este congresso, também por questões econômicas. E o nível das discussões que teremos aqui  é algo de extremo valor para toda a comunidade acadêmica”.

 

A Diretoria de Relações Internacionais também identificou a existência de um rico conhecimento transversal e está atuando nas atividades que envolvem tradutores e intérpretes no congresso, além de ter providenciado attachés que têm acompanhado as delegações olímpicas 24 horas por dia. Para a diretora, professora Bárbara Daibert, “o envolvimento dos alunos da UFJF, que estão trabalhando voluntariamente, revela profissionalismo e muita competência. A oportunidade que estamos tendo, não apenas com este congresso, mas com a vinda das delegações olímpicas para Juiz de Fora, é um enorme ganho acadêmico para todos nós”.

 

Os estudantes, animados com a experiência, mostram-se conscientes da importância, para eles e para a instituição, do trabalho que estão realizando, conforme analisa Luiza Dias, estudante do Curso de Comunicação social. “Ter meu país sediando os Jogos Olímpicos é algo que eu provavelmente não verei outra vez. Então, quando surgiu a oportunidade de trabalhar voluntariamente com a tradução do Congresso Internacional de Ciências do Esporte, eu não podia recusar. Acho que, além de praticar o inglês, conhecer vários atletas e profissionais da área, a experiência de ouvir palestras, relatos dele, é um momento único na história do país. Esse trabalho voluntário está sendo de extrema importância para o eu crescimento pessoal e profissional, e os resultados são todos positivos”.

 

As traduções das palestras acontecem do inglês para o português. A atuação dos alunos da UFJF neste congresso é uma parte do trabalho que eles estão desempenhando em função das Olimpíadas. O Idiomas sem Fronteiras, programa da Diretoria de Relações Internacionais, selecionou quase 200 alunos que estão atuando no apoio às delegações. Esses alunos são os attachés, palavra francesa que tem o sentido de estar ligado, conectado.  Maurício Bara mostrou-se confiante com todos os esforços investidos. “Quando pensamos na importância de ter pessoas auxiliando no dia-a-dia dos atletas, consideramos que a melhor solução seriam os nossos próprios alunos. Foi quando procurei a DRI e tivemos uma receptividade absolutamente positiva. Quando  a diretoria abriu o edital, foram mais de duzentos alunos inscritos, de quase todas as áreas. Neste momento, eu tive a certeza que todo o nosso trabalho estava dando certo, que era atingir o aluno, fazer isso para o aluno”.

 

A coordenadora do Idiomas sem Fronteiras, professora Carolina Magaldi, satisfeita com o resultado, explica sobre o processo de tradução que os alunos estão podendo vivenciar.  “O que aconteceu hoje foi tanto um processo de tradução verbal do que estava sendo dito, assim como uma mediação do conhecimento. O tradutor é uma ponte entre duas culturas. Neste evento, tivemos, também, a cultura esportiva. E este processo é fundamental para a área de tradução. Desde a década de 70, a tradução é vista como um processo histórico-cultural, a forma de ver o mundo que vem junto. E hoje, todos eles trouxeram um elemento cultural, e isso foi retransmitido pelos tradutores, foi um processo muito interessante. Para o Idiomas sem Fronteiras, está sendo uma experiência inenarrável”. E acrescenta à sua fala o entusiasmo pelos resultados alcançados. “O presidente do congresso me disse que houve um aspecto muito mais dialogado no evento pela descontração trazida pelos tradutores. A competência de todos foi muito elogiada.”

 

Outro aspecto que muito contribui para o placar positivo da UFJF é colher a possibilidade de uma construção institucional, como afirma Magaldi. “Para a organização, nós não estamos aqui prestando um serviço, estamos trabalhando juntos, em uma parceria. E isso é muito importante para a construção do conhecimento aqui na universidade. Os attachés e os tradutores são alunos de áreas distintas que estão se reunindo para atuar como voluntários. Estas áreas estão se encontrando de uma maneira única”.

 

As delegações olímpicas agradecem a hospitalidade e a UFJF agradece a rica oportunidade que a comunidade acadêmica está colhendo. Segundo Bara, a equipe de tradução do Congresso Internacional “matou no peito e muito bem. Neste primeiro dia, o sucesso foi total. O esporte não é só educação física, pelo contrário, ele exige o conhecimento de várias áreas, também”.

 

No espírito olímpico, a grande vitória é a união entre os homens. Deste modo, para Bárbara Daibert, a DRI cumpre seu papel “por proporcionar este trânsito e facilitar estas aproximações internacionais entre as pessoas, entre as línguas e entre as culturas, de forma institucional em uma universidade pública e de qualidade”. No final, todos ganham.

foto DRI

Gustavo Weiss, Hugo Rocha (setor Incomig/DRI), Andressa Soares, Bianca Ruback, Luiza Dias, Bárbara Daibert (diretora DRI), Lucas Medeiros, Larissa Kelmer, Carolina Magaldi (coordenadora ISF).