Representantes da equipe da UFJF | Internacional estiveram na última semana em Brasília – DF, participando de uma série de eventos onde se discutiu a consolidação da internacionalização nas universidades públicas brasileiras e o avanço da institucionalização do ensino de línguas estrangeiras no país . O encontro reuniu, entre os dias 23 e 27 de novembro, representantes de relações internacionais e coordenadores do Idiomas Sem Fronteiras (IsF) de instituições federais e contou com a presença do Ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Promovido pela Secretaria de Educação Superior (SeSu) do Ministério da Educação (MEC), a série de debates teve início no VI Encontro de Trabalho dos Coordenadores do IsF, seguida do 1º Encontro Internacional Diálogos Brasil – União Européia e encerrada com um workshop entre equipes de internacionais, onde houve a apresentação de iniciativas promissoras no setor. O trabalho submetido pela UFJF ficou entre os 10 melhores.
Por uma universidade poliglota
Uma das tônicas dos debates foi a cooperação entre os escritórios internacionais e os núcleos do IsF para a criação de uma cultura internacional dentro das universidades por meio do oferecimento de cursos presenciais e proficiência em língua estrangeira. Questões como multilinguismo e experiências na implantação de pós-graduação trilíngue foram pauta. Na UFJF, o IsF é vinculado diretamente à Diretoria de Relações internacionais, em acordo com as diretrizes estabelecidas pelas políticas internacionais do MEC.
“Idiomas estrangeiros ganham hoje muito mais incentivos na comunidade universitária fortalecidos pelo Idiomas sem Fronteiras. Apesar desta ação ter nascido com o Ciência sem Fronteiras, ela já ganhou força própria e vai beneficiar todos os programas de internacionalização. São programas essenciais para o processo de internacionalização”, explica Rossana Melo, diretora de Relações Internacionais da UFJF.
Para Rossana, o caminho para a integração definitiva das instituições brasileiras no panorama internacional está atrelado a este modelo de internacionalização e ensino de línguas, que são resposta ao envolvimento das nações estrangeiras em prol de maior interação com o Brasil.
“Já foram realizadas mais de 1 milhão de aplicações do TOEFL pelo IsF no Brasil. Não é uma ideia que está sendo implementada, é um programa que já existe com ações muito concretas. Estão vindo verbas do MEC para desenvolvimento dessas atividades. Uma das ações são aplicações de testes de proficiência, promoção de cursos, ações de divulgação e suporte aos alunos no ensino de línguas, incluindo o espanhol, o italiano, o francês e, futuramente, até o alemão e o japonês”, comenta Rossana.
O Programa de Intercâmbio Internacional de Graduação (PIIGRAD) também será beneficiado pelas ações do IsF. Novas modalidades de proficiência podem tornar alunos aptos a vagas do edital.
Novas proficiências na UFJF para 2016 e capacitação da rede pública
A UFJF é centro aplicador do exame TOEFL, de proficiência em língua inglesa, além de oferecer cursos presenciais de línguas gratuitamente. No entanto, segundo a coordenadora do núcleo, Nícea Helena de Almeida Nogueira, novos projetos surgidos dos debates em Brasília serão implementados em 2016. Um deles é aplicação de uma nova proficiência: o IELTS, certificado análogo ao TOEFL, mas de origem britânica.
Outra iniciativa será uma parceria com a rede pública de ensino básico, com a criação de um programa voltado à capacitação de professores ,que receberão cursos de língua estrangeira e exames de proficiência gratuitos. “Entraremos em contato com as secretarias municipal e estadual para apresentar o programa e firmar a parceria, sem custo algum para a secretaria. Ofereceremos exames e cursos presenciais, assim como oferecemos para a comunidade. E em contrapartida, a rede vai ceder professores para participarem dos cursos. UFJF participa do projeto piloto”, revela Nícea.
“O Idiomas sem Fronteiras está proporcionando a valorização das línguas estrangeiras dentro da universidade. Nós não oferecemos os cursos e as provas só para quem vai para o intercâmbio, nós vamos além. Ele começou para dar apoio ao CsF, mas ultrapassou essa função e hoje trabalha no processo de internacionalização, conscientizando alunos professores e servidores da importância do multilinguismo”.