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Forum da Cultura dá boas-vindas ao Carnaval com tradicional exposição de figurinos

Abram alas para a alegria, para as cores, o confete e os sorrisos! Chegou o Carnaval e, com ele, o cortejo de fantasias, adereços e bonecos presentes na nova exposição “No balancê”, em exibição entre os dias 7 de fevereiro e 3 de março, no Museu de Cultura Popular, instalado no Forum da Cultura da UFJF. A entrada é gratuita e as visitações ocorrem de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h. Entre os dias 12 e 16 de fevereiro, o Forum da Cultura não realizará atendimento ao público. As visitações retornam normalmente no dia 19 de fevereiro.

Sambista em papel machê da artista plástica Valéria Rosa (Juiz de Fora – MG)

A mostra transforma-se em um verdadeiro desfile, no qual diferentes períodos e culturas carnavalescas se encontram, demonstrando, dessa forma, a riqueza artística que nasce das comemorações populares.

Ao todo são mais de 39 itens em exibição, originários do Rio de Janeiro (RJ), Juiz de Fora (MG) e, inclusive, de Veneza (Itália). Cada peça possui a capacidade de levar os visitantes a uma viagem no tempo, trazendo para perto aquela intensa e singular atmosfera de uma das festas populares mais conhecidas no mundo ocidental e maior festividade do Brasil.

Entre os destaques da exposição estão as miniaturas de bonecos vestidos com fantasias que marcaram – e ainda marcam – os carnavais. Confeccionados por artesãos nacionais, utilizando diferentes materiais, eles chamam a atenção pela multiplicidade de cores vivazes e formas extravagantes.

Os visitantes terão, por exemplo, a oportunidade de admirar uma boneca caracterizada como baiana, fiel representante da alegria brasileira. Com seus grandes vestidos rodados, repletos de babados em verde e amarelo, essa figura carrega grande importância cultural em nosso país e, por esse motivo, merece e recebe diversas homenagens nas festividades deste período do ano.

 

Origem das fantasias

As fantasias garantem a leveza e o tom de brincadeira à festa. Personagens do universo infantil, como, por exemplo, super-heróis, fadas e bruxas, se encontram com figuras do universo cinematográfico; seres mitológicos dançam e pulam juntamente com palhaços de circo. É dessa mistura criativa, desse encontro – até então inimaginável – que nasce a beleza e o clima de descontração que envolvem os foliões nesta época do ano.

Esse hábito foi introduzido no Brasil no século XX, através dos bailes de fantasias e máscaras, inspirados na cultura italiana. Naquela época, os clubes italianos resgatavam o carnaval de Veneza juntando-se aos desfiles das grandes sociedades. Esses bailes se tornaram uma tradição e perduraram durante décadas, dando origem aos concursos de fantasia, em que o luxo imperava e despertava muita briga entre os concorrentes perdedores.

 

Máscara veneziana em porcelana policromada (Itália)

Uma viagem pelo Carnaval da Itália

Alguns dos personagens representados nas peças em exibição são o Pierrô e o Arlequim, popularizados pela Commedia dell’Arte italiana e eternizados através de marchinhas que cantam sobre sua história. Os figurinos fazem parte do acervo do Grupo Divulgação. Os personagens, criados no século XVI para satirizar os costumes sociais da época, conquistaram o público e passaram a fazer parte das fantasias mais requisitadas para as comemorações.

A Itália também marca presença na exposição através das icônicas máscaras venezianas. Com seus traços refinados, pinceladas de cores, brilhos, lantejoulas e penas, despertam o fascínio de quem as observa. As expressões representadas trazem o ar de mistério e a curiosidade em descobrir quem é a pessoa que se esconde por detrás dela. O Carnaval de Veneza é um dos mais antigos do mundo, com sua primeira menção na história datada de 1094. As máscaras começaram a ser utilizadas a partir do século XVII, a fim de possibilitar que as pessoas pudessem se manter anônimas, livres para aproveitarem o festejo sem se preocuparem com convenções sociais.

A exposição “No balancê” desempenha o papel de resgatar a história do Carnaval brasileiro e de outras partes do globo, permitindo às novas gerações o contato com as raízes dessa cultura e, às gerações passadas, a possibilidade de relembrar tempos tão preciosos.

 

Museu de Cultura Popular – UFJF

Com um rico acervo de mais de 3 mil peças, o Museu de Cultura Popular é um importante espaço de preservação, resgate e valorização da arte oriunda de expressões e tradições populares.

Entre estatuárias, artefatos indígenas, brinquedos antigos, peças de crenças religiosas e outros diversos itens, das mais distintas origens, o visitante tem a oportunidade de realizar uma verdadeira viagem a outros tempos e locais, muitas vezes desconhecidos. O museu abriga objetos da cultura nacional e também de estrangeiras.

As peças, de natureza singular, aguçam a curiosidade e atuam como pontos de contato entre pessoas e culturas diferentes, propiciando, dessa forma, um intercâmbio extremamente importante para a sociedade.

O Museu, criado em 12 de março de 1965 – data que marcou o centenário do folclorista Lindolfo Gomes –, foi transferido para o espaço do Forum da Cultura em 1973, sendo doado à UFJF em 30 de setembro de 1987. Sua origem está no trabalho do Prof. Wilson de Lima Bastos, que criou o então chamado “Museu do Folclore”, mais tarde renomeado como “Museu de Cultura Popular”.

 

Forum da Cultura

Instalado em um casarão centenário, na rua Santo Antônio, 1112, Centro, o Forum da Cultura é o espaço cultural mais antigo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Em atividade há mais de cinco décadas, leva à comunidade diversos segmentos de manifestações artísticas, abrindo-se a artistas iniciantes e consagrados para que divulguem seus trabalhos.

 

Endereço e outras informações:

Forum da Cultura
Rua Santo Antônio, 1112 – Centro – Juiz de Fora
www.ufjf.edu.br/forumdacultura
E-mail: forumdacultura@ufjf.br
Instagram: @forumdaculturaufjf
Telefone: (32) 2102-6306