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Forum da Cultura dá início à temporada de exposições com a nova mostra sobre barcos, canoas, navios, caravelas e jangadas

Nau “Padre Eterno”, produzida por Arthur Vieira Christo em homenagem às comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil, em 2000

O ano de 2024 se inicia e com ele a nova temporada de exposições temáticas no Museu de Cultura Popular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Dando partida a essa jornada, o Forum da Cultura embarca por belos mares e convida você a se juntar à nossa tripulação para conferir de perto todas as maravilhas da nova exposição “Navegar é preciso”.

Composta por mais de 30 peças, a mostra reúne as mais diversas representações de embarcações que contam parte da história de nosso povo, de nossa nação. Entre os itens em exibição estão barcos, navios, canoas, caravelas e jangadas confeccionados por diferentes artesãos. A exposição ocorre até o dia 2 de fevereiro. A entrada é gratuita e as visitações ocorrem de segunda à sexta-feira, das 10h às 19h.

O sinuoso balé entre as águas e os cascos das embarcações, é testemunha ocular de transformações marcantes em nossa civilização. Das grandes navegações realizadas pelos portugueses através de suas imponentes naus aos singelos barcos dos riachos que levaram – e ainda levam – tantas pessoas aos seus destinos, o transporte aquático desempenhou um papel fundamental na história do Brasil.

Ao visitar a exposição “Navegar é preciso”, o público terá a possibilidade de admirar itens com grande riqueza de detalhes, como é o caso da reprodução da Nau “Padre Eterno”, que mede 80 cm de comprimento e foi produzida por Arthur Vieira Christo em homenagem às comemorações dos 500 anos da descoberta do Brasil, em 2000. A obra foi cuidadosamente confeccionada com materiais como madeira, papelão especial, linho, cetim, linhas de algodão, estanho, cedro, pinho torneado, antimônio, aço e verniz. Além disso, também traz uma iluminação especial que atrai a atenção.

Resgatando o regionalismo, a mostra também leva o visitante por um passeio pelos rios do interior do país. Das águas doces vêm as miniaturas de canoas e barcos que eram utilizados pela população indígena e ribeirinha. O imponente Rio São Francisco também é relembrado através das chamadas ‘gaiolas’, barcos a vapor movidos por imensas rodas d’água e que transportavam pessoas e cargas. Além de utilitárias, essas embarcações suscitam lendas e mistérios. A narrativa da “Gaiola encantada” que perambula pelas águas do Velho Chico faz parte dos relatos de pescadores e moradores de cidades ribeirinhas do rio.

Do litoral nordestino chegam as jangadas, embarcações tão antigas quanto a própria história do Brasil. Ao longo de gerações, elas são utilizadas pelos pescadores da região para proverem o seu sustento e o de suas famílias. Na exposição é possível conferir de perto miniaturas que demonstram composição destas estruturas, suas cores e formas de beleza singular.

As obras em exibição são oriundas de diversas cidades como, por exemplo, Juiz de Fora (MG), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Recife (PE), Januária (MG), Pirapora (MG), São Francisco (MG), Três Rios (RJ), Paraty (RJ), Guaratinguetá (SP), João Pessoa (PB) e Crato (CE). No geral, são confeccionadas em materiais como tecido, madeira, linhas, ossos de peixe e conchas.

 

Museu de Cultura Popular – UFJF

Com um rico acervo de mais de 3 mil peças, o Museu de Cultura Popular é um importante espaço de preservação, resgate e valorização da arte oriunda de expressões e tradições populares.

Entre estatuárias, artefatos indígenas, brinquedos antigos, peças de crenças religiosas e outros diversos itens, das mais distintas origens, o visitante tem a oportunidade de realizar uma verdadeira viagem a outros tempos e locais, muitas vezes desconhecidos. O museu abriga objetos da cultura nacional e também de estrangeiras.

As peças, de natureza singular, aguçam a curiosidade e atuam como pontos de contato entre pessoas e culturas diferentes, propiciando dessa forma, um intercâmbio extremamente importante para sociedade.

O Museu, criado em 12 de março de 1965 – data que marcou o centenário do folclorista Lindolfo Gomes –, foi transferido para o espaço do Forum da Cultura em 1973, sendo doado à UFJF em 30 de setembro de 1987. Sua origem está no trabalho do Prof. Wilson de Lima Bastos, que criou o então chamado “Museu do Folclore”, mais tarde renomeado como “Museu de Cultura Popular”.

 

Forum da Cultura

Instalado em um casarão centenário, na rua Santo Antônio, 1112, Centro, o Forum da Cultura é o espaço cultural mais antigo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Em atividade há mais de cinco décadas, leva à comunidade diversos segmentos de manifestações artísticas, abrindo-se a artistas iniciantes e consagrados para que divulguem seus trabalhos.

 

Endereço e outras informações:

Forum da Cultura
Rua Santo Antônio, 1112 – Centro – Juiz de Fora
www.ufjf.edu.br/forumdacultura
E-mail: forumdacultura@ufjf.br
Instagram: @forumdaculturaufjf
Telefone: (32) 2102-6306