Fechar menu lateral

Forum da Cultura divulga programação na 17ª Primavera dos Museus

O tema central do evento deste ano é “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”

 

É tempo de florescer. Na estação, nas ruas, nas mentes e nas ações. Tempo de refletir a sociedade miscigenada que somos, as dores enfrentadas por grupos minoritários e a luta permanente destes mesmos, a fim de se fazerem presentes e existentes. Sempre é tempo de resistência.

É com este propósito de reflexão e discussão que o Forum da Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) participa da 17ª Primavera dos Museus, uma iniciativa promovida pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que ocorre anualmente, durante o início da estação da primavera, envolvendo museus e instituições culturais em todo o Brasil. O tema central do evento deste ano é “Memórias e Democracia: pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas”.

Com foco na temática sugerida, o Forum da Cultura desenvolveu uma programação especial para o mês de setembro, visando proporcionar à população da cidade, a oportunidade de refletirmos conjuntamente sobre a construção da sociedade que queremos, precisamos e que, de fato, seja democrática para com todos.

Entre os eventos estão as novas exposições no Museu de Cultura Popular e na Galeria de Arte, uma oficina de canção popular com tema “Elis Regina contar e cantar o Brasil” e uma roda de conversa com a temática “Memória e Democracia: diáspora do movimento LGBT+, quilombolas e indígenas em manifestações juizforanas”, que ocorre no dia 21 de setembro, a partir das 18h30.

Destacamos aqui que, a roda de conversa funcionará como um momento para discussões em torno da importância da memória como construção da democracia e para a promoção da igualdade e da justiça social. Um bate-papo que contará com falas sobre a preservação das memórias das pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas e a valorização de suas lutas, realizações e identidades na cidade de Juiz de Fora.

Farão parte desta mesa redonda, Luciane Monteiro, Diretora do Museu de Arqueologia e Etnologia Americana (MAEA/UFJF); Carolina Bezerra, professora do Colégio de Aplicação João XXIII/UFJF; Maria José Franco Santana, importante liderança da Comunidade Quilombola de Colônia do Paiol, localizada no município de Bias Fortes (MG), e Mestranda em Educação/UFJF; Marcony Coutinho, representante do Movimento Negro Unificado (MNU) e Assessor Parlamentar em Juiz de Fora; Jhonny Victor, cineasta produtor do curta “Who’s this?” e Túlio Visentin, multiartista drag.

O Coral da UFJF também marca presença no evento, concedendo a todos os presentes, o privilégio de apreciar a beleza e a potência de suas vozes, em uma apresentação com eclética e repleta de canções emocionantes.

 

Inscrições

Toda a programação do Forum da Cultura na 17ª Primavera dos Museus é gratuita e aberta ao público em geral. Para se inscrever na oficina de Canção Popular basta acessar o link https://bit.ly/cancaopopFC23 e preencher o formulário on-line até o dia 17 de setembro. Para participação na roda de conversa também será necessário fazer a inscrição que poderá ser realizada até o dia 20 de setembro, através de formulário on-line disponível no link https://bit.ly/RodaConversaFC23. Os links também estão no site do Forum da Cultura e na bio do Instagram. A presença tanto na oficina de canção popular quanto na roda de conversa confere certificado.

 

Programação completa

RODA DE CONVERSA: 21 de setembro (quinta-feira), às 18h30

Memória e democracia: diáspora do movimento LGBT+, quilombolas e indígenas em manifestações juizforanas, com participação de Luciane Monteiro, Carolina Bezerra, Maria José Franco Santana, Marcony Coutinho, Jhonny Victor, Túlio Visentin e apresentação do Coral da UFJF

Inscrição: https://bit.ly/RodaConversaFC23

 

EXPOSIÇÃO: 5 a 28 de setembro, das 10h às 19h, no Museu de Cultura Popular

Histórias e mitos dos orixás

A mostra propõe uma reflexão sobre a contribuição do povo e da cultura africana na construção do Brasil e na formação do povo brasileiro, como uma forma de lembrar a importância de valorizar toda a riqueza cultural, os costumes e as tradições trazidos pelos ancestrais africanos ao Brasil.

 

EXPOSIÇÃO: 12 a 29 de setembro, das 10h às 19h, na Galeria de Arte

Acrílicas em papel, da artista Vera Lucia Correa

Com traços marcantes, delicadeza nos detalhes, uma sensibilidade tocante e a dança minuciosa dos pincéis e das espátulas, Vera Lucia traz ao público pinturas que carregam a capacidade de emocionar e fazer transportar até as paisagens representadas.

 

OFICINA: 18 de setembro (segunda-feira), das 15h às 18h30, na Sala de Vídeo

Oficina de Canção Popular: Elis Regina contar e cantar o Brasil, por Isabela Morais

Inscrição: https://bit.ly/cancaopopFC23

 

APRESENTAÇÃO: A oficina de canção popular nasce do encontro da socióloga com a cantora; das reflexões sobre a formação social do Brasil e a forma com a qual esse processo se transparece e ressoa numa de nossas maiores manifestações culturais: a canção popular.

Através de uma abordagem interdisciplinar, trabalhando com os diversos sentidos, entre teoria e prática, a oficina estabelece pontes entre os estudiosos, seja das ciências sociais seja da música, entre os curiosos e um pouco do muito desse emaranhado contraditório que é o Brasil.

OBJETIVOS: A oficina tem como objetivo estabelecer uma reflexão sobre os processos sociais, materiais e subjetivos que possibilitaram o desenvolvimento da canção popular a partir da sua inserção na indústria cultural brasileira do início do século XX e como o canto foi se modificando com o passar do tempo, refletindo e ressoando os processos político-sociais, as estruturas de sentimento de cada período. A partir daí, localizar a obra de Elis Regina, refletindo sobre suas escolhas estéticas em cada período. Uma oficina que traz reflexões teóricas, mas também apreciação estética e prática.

DESENVOLVIMENTO: Nacionalismo e canção popular | O samba como projeto de nação | Entre João, a Bossa e a MPB: Elis Regina. | Anos 70 e a transição | Falso Brilhante: Elis trabalhadora da Cultura | Transversal do Tempo: a violência estrutural do Brasil | Saudades do Brasil: Aquela Aquarela Mudou | Elis e Milton Nascimento: canções de trabalho | Prática em conjunto – pequeno coro experimental

 

Isabela Morais é cantora, compositora, produtora cultural e mestre em Ciências Sociais, com pesquisa voltada para canção popular brasileira, especificamente sobre Os Afro-Sambas de Baden e Vinicius. Em 2020 lançou seu primeiro álbum “Do Absurdo”, fruto do financiamento coletivo. Atua no cenário artístico há mais de 20 anos. Destacam-se a passagem pela banda Ummagumma The Brazilian Pink Floyd, com o qual já se apresentou em diversas capitais do país, os tributos a Vinicius de Moraes e Ary Barroso, com passagens por importantes casas de São Paulo e o projeto “De Coisas que aprendi com Elis”, seu celebrado show em homenagem à Elis Regina, que teve temporada no Rio de Janeiro, no Teatro João Caetano, além da atual turnê rodando Minas Gerais, com passagens por Juiz de Fora, Três Pontas, Belo Horizonte, Ouro Preto. Entre 2010 e 2011, participou da gravação e da turnê do álbum “E a gente sonhando”, de Milton Nascimento, junto de outros tantos músicos trespontanos.

 

VISITAS MEDIADAS: de 1º a 29 de setembro, das 10h às 19h

A equipe do casarão conduzirá grupos de visitantes pelos seus espaços expositivos abordando a história, os aspectos da arquitetura e das obras de arte.

 

Memória e Democracia

Memória é um elemento vital para a construção da democracia e para a promoção da igualdade e da justiça social. Por um lado, preservar as memórias das pessoas LGBT+, indígenas e quilombolas é fundamental para que suas lutas, realizações e identidades sejam valorizadas e respeitadas na sociedade contemporânea e os museus têm essa responsabilidade.

A Democracia verdadeira deve garantir a inclusão dessas vozes historicamente marginalizadas, permitindo que sejam protagonistas de seu próprio destino e da construção de um futuro mais justo e igualitário. Está na hora dos acervos LGBT+ saírem dos armários, do conhecimento ancestral de indígenas e quilombolas serem reconhecidos, de suas lutas serem valorizadas.

 

Endereço e outras informações:

Forum da Cultura
Rua Santo Antônio, 1112 – Centro – Juiz de Fora
www.ufjf.edu.br/forumdacultura
E-mail: forumdacultura@ufjf.br
Instagram: @forumdaculturaufjf
Telefone: (32) 2102-6306