O Forum da Cultura da UFJF recebe em sua Galeria de Arte, entre os dias 30 de abril e 10 de maio, a mostra “Quando monstros canto não”. A exposição é constituída de 15 assemblages e colagens digitalizadas. Utilizando técnicas de colagem e encaixe de materiais e objetos tridimensionais em scanner, Rodrigo Milanni esbanja técnicas dadaístas em suas representações.
Estudante do Instituto de Artes e Design da UFJF, cursando Artes Visuais (bacharelado), Rodrigo teve contato com a assemblage em uma aula do ateliê de fotografia da faculdade, e desde então tomou gosto pela técnica.
O processo de criação conta com o uso de objetos de rua, plantas, coisas que muitas vezes são consideradas lixo, mas ganham ressignificação no scanner. Para chegar ao resultado desejado, o mesmo constrói a obra em cima do aparelho, faz testes, até atingir o resultado pretendido, daí advém o caráter efêmero das obras.
O nome da mostra, definido pelo artista, vem de técnicas de escrita dadaístas, que consistiam na escolha aleatória de palavras para a construção de poemas e textos. “Quando eu pesquisei o dadaísmo vi que os artistas abriam livros e jornais aleatoriamente e formavam poesias com palavras escolhidas, busquei fazer isso abrindo quatro páginas de um livro de poesias do Castelo Branco intitulado Sintonia, e cheguei ao nome dessa mostra. A construção se encaixou de forma única, parece que desde sempre deveria ter esse nome.”
Sobre o artista
Estudante do Bacharelado em Artes Visuais do Instituto de Artes e Design da UFJF, Rodrigo enxerga em suas obras uma forte influência da colagem dadaísta, em virtude da disfunção do objeto, da desconstrução deste. “Gosto de trabalhar efemeridade, então me encaixo na arte conceitual, (caminhando em direção a algo)”.
Esta é a primeira exposição individual do artista, que já levou seus trabalhos coletivamente à Galeria Guaçuí, Casa Povera, e está com exposição agendada na “Arte em trânsito” (todos relacionados à mostra quando monstros canto não).