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“Negritude” celebra o mês da Consciência Negra

Oxalá, confeccionado em metal, artista Beto, origem Bahia (Foto: Franciane Lúcia)

Oxalá, confeccionado em metal, artista Beto, origem Bahia (Foto: Franciane Lúcia)

Encontra-se em cartaz no Museu de Cultura Popular, do Forum da Cultura da UFJF, a exposição “Negritude”. A mostra, que homenageia o mês da Consciência Negra, reúne objetos e representações religiosas que fazem parte da construção da identidade negra e também da cultura brasileira. A mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 14 às 18h, até o dia 29 de novembro. A entrada é franca.

 

Raízes da resistência

A cultura negra é um forte elemento na construção da identidade brasileira. Esta influência está presente na dança, culinária, religião, entre outras inúmeras contribuições. Se no passado a escravidão trouxe tanto sofrimento para os negros e uma vergonhosa página para história do nosso Brasil, hoje há uma busca pela valorização desta herança cultural trazida pelos africanos.

 

Na mostra “Negritude”, o público poderá conferir algumas representações de divindades que fazem parte dos cultos de matriz africana. Do Candomblé, religião oriunda da África, temos os Orixás que são deuses africanos que correspondem às forças da natureza. Iansã, Ogum, Oxóssi e Xangô estão representados em peças de cerâmica e metal, confeccionadas por artesãos de Pernambuco e da Bahia. Representando a Umbanda, religião genuinamente brasileira que agrega elementos de outras religiões, temos as Pretas e os Pretos-Velhos. Essas entidades incorporam os espíritos de negros africanos, e são admirados pela sabedoria e simplicidade dos conselhos e ensinamentos, além de possuírem os conhecimentos de ervas e plantas utilizadas nos rituais.

 

A exposição, que reúne 62 peças em diversos formatos e materiais, apresenta ainda imagens de santos negros que fazem parte do devocional católico, como por exemplo, São Benedito, Santo protetor dos negros, e Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil. Também estão expostas miniaturas de mulheres negras exercendo funções do dia a dia, e homens dançando o Jongo, dança de origem africana que une versos ritmados e movimentos de roda, ao som de tambores. O Jongo é um dos ritmos que deu origem ao samba.

 

Forum da Cultura

Endereço: Rua Santo Antônio, 1112 – Centro – Juiz de Fora/MG

Evento: “Negritude”

Dias: até 29 de novembro, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h

Telefone: (32) 3215-3850

Entrada: Franca