O Museu de Cultura Popular dedica o mês de fevereiro ao culto de Iemanjá, entidade celebrada no dia 2 pelas religiões afro-brasileiras. A exposição tem lugar no Forum da Cultura e busca mostrar, além de representações icônicas da Rainha do Mar, objetos de culto, como barcos e cestas de oferendas. Faz parte do devocionário popular a oferta de presentes, em busca de proteção e prosperidade.
A mostra assinala a importância de seu culto na cultura brasileira, devoção esta, que se dá pelo sincretismo religioso, onde Iemanjá corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes e Nossa Senhora da Conceição. A mostra possui uma ambientação cenográfica que inclui barcos e jangadas elaborados por artesãos nordestinos. O público poderá conhecer, além da narrativa sobre a entidade orações dos rituais de ofertório de prendas a serem oferecidas no mar.
As visitas podem ser feitas até 28 de fevereiro, de segunda a sexta, das 14 às 18 horas, com entrada franca.
Um pouco de história…
Janaína, Rainha do Mar, Marabô, Inaê, Iara, Sereia, Princesa de Aiocá, Ísis, Mãe-d’água, Maria. Estas são apenas algumas das denominações recebidas por Iemanjá, a deusa do mar, dependendo de cada região. Ela é um dos orixás de origem africana mais conhecidos e louvados no Brasil, em especial, nas culturas, baiana e carioca. Adorada em Salvador e aclamada no Rio de Janeiro, principalmente no ano novo, o mar é a ponte entre ela e seus devotos.
Ela é a senhora dos oceanos, mãe de todos os orixás e deusa da fertilidade. Sua formosura incomparável exerce fascínio nos homens por ser o estereótipo da beleza feminina, com seus longos cabelos negros, feições delicadas, corpo escultural e muito vaidosa.
Possui domínio e controle sobre os mares e protege quem neles navega. Respeitada pelos pescadores e dona do destino de todos aqueles que se aventuram no mar, também recebe os títulos de “Afrodite Brasileira” e ‘deusa do amor’, sendo considerada a padroeira dos apaixonados.
Também é conhecida por Yemanjá, Iyemanjá, Yemaya, Yemoja ou Iemoja. O nome Iemanjá é derivado da expressão Iorubá, que quer dizer “mãe cujos filhos são como peixes”. Representada nas cores branco, prata, azul-celeste e verde-água no candomblé e azul e branco pelos adeptos da umbanda, ela é bastante comemorada nos diversos terreiros de distintas crenças afro-brasileiras.